quinta-feira, 22 de agosto de 2019


 Um passeio pela cidade da Póvoa de Varzim.



 A Póvoa de Varzim é uma daquelas terras que me faz recordar os meus tempos de juventude, quase me apetece dizer que até me considero um bocadinho Poveiro.

 Porque apesar de já ter andado a trabalhar por muitas terras, tanto no País como no estrangeiro, posso dizer sem qualquer margem de dúvida, que o número de dias que já passei na cidade da Póvoa, desde o primeiro dia em que fui para lá trabalhar no ano de 1974 até hoje, ultrapassa de longe qualquer outro local onde já tenha estado.

 Para começar esta minha publicação sobre a Póvoa de Varzim, não vou recuar até 1514 que foi o ano em que a Póvoa passou a ser a Vila da Póvoa de Varzim, não vou recuar tanto no tempo, vou só recuar até ao ano de 1973, que foi o ano em que comecei a ouvir falar da Póvoa de Varzim.

 Já foi no ano de 1973, mas ainda me lembro perfeitamente de quando a Vila da Póvoa de Varzim foi elevada a Cidade, nessa altura já trabalhava como Oficial no Sector de Montagem de Elevadores da Efacec, até me lembro que na altura andava a montar 2 Elevadores num prédio na Avenida Fernão de Magalhães, no Porto.

 Lembro-me bem porque durante todo o tempo que trabalhei no Sector de Montagem de Elevadores, um acessório que eu nunca dispensava era um rádio, mal chegava à instalação onde estivesse a trabalhar a primeira coisa que fazia, ainda antes de vestir o fato de trabalho, era ligar o rádio.

 E na emissora que ouvia na altura estava sempre a passar uma música em homenagem à elevação da Póvoa de Varzim a Cidade, essa música nunca me saiu da cabeça, ela dizia "quem é da Póvoa é do Mar".

 Ponho abaixo um atalho para essa música de que eu gosto muito.

https://www.youtube.com/watch?v=9bmAC8oIni4

 Nessa altura no ano de 1973 quando ouvia essa música em homenagem à elevação da Póvoa de Varzim a cidade, não imaginava que uns meses mais tarde em 1974, iria para lá trabalhar durante um longo período de tempo. 

 Por isso digo que a minha ligação com a Cidade da Póvoa já vem desde esse já longínquo ano de 1974, de quando fui trabalhar na montagem dos elevadores do Hotel Vermar, que actualmente é o Axis Hotel Vermar.  



 Foi para este Hotel Vermar, que actualmente é o Axis Vermar Hotel para onde fui trabalhar no ano de 1974, este hotel foi inaugurado no ano de 1975.

 Comecei a trabalhar no sector de Montagem de Elevadores da Efacec no ano de 1971, e a sede era no 5º andar na Rua de Sá da Bandeira, nº 706 no Porto.

 Mas para a Efacec no ano de 1974 a Póvoa de Varzim era tão distante do Porto, que quem fosse para lá trabalhar tinha direito a receber subsídio de deslocação, e tinha que ficar lá hospedado.

 Mas eu resolvi não ficar hospedado na Póvoa e optei por vir a casa todos os dias, mas tive que prometer que iria cumprir escrupulosamente o horário de entrada e saída no hotel, e claro que como recebia subsídio de deslocação todas as despesas que tivesse com transportes, pequenos-almoços, almoços, ou outros eram por minha conta.

 Na altura o horário no Sector de Montagem de Elevadores da Efacec, era das 8h30 às 18h15, e tinha-mos uma 1 hora para almoço.  



 Aqui estou eu em 2019, mesmo na frente do Hotel Vermar para onde fui trabalhar no ano de 1974. 

 Em 1974 tinha eu 18 anos, e só para não ficar hospedado na Póvoa, comecei a fazer uma viagem diária de ida e volta, entre Valongo e a Póvoa de Varzim, isto dito assim até parece uma coisa fácil.

 Mas fazer esta viagem diária entre Valongo e a Póvoa de fácil não tinha nada, porque para cumprir o horário de entrar às 8h30 e depois sair às 18h15 do Hotel Vermar, que fica no extremo norte da Póvoa, já mesmo na entrada de Aver-o-Mar era bastante complicado.

 E assim durante muitos Meses passei a ter que me levantar às 5h00 da manhã, tomava o pequeno-almoço à pressa, e tinha que ir a correr apanhar o autocarro que saía de Valongo para o Porto às 5h45.

 Depois saía desse autocarro na paragem da Capela das Almas no Porto às 6h30, e tinha que ir novamente a correr até à estação dos caminhos-de-ferro na Trindade, onde apanhava o comboio das 6h45 que chegava à Póvoa de Varzim às 7h45.

 E agora como me recordei dessa já desaparecida estação dos caminhos-de-ferro da Trindade, vou fazer aqui uma interrupção para pôr algumas antigas fotografias para ficarem como recordação.



 Era aqui nesta antiga Estação da CP na Trindade, no Porto, que apanhava o Comboio das 6h45 para a Póvoa de Varzim.





 A antiga Estação dos caminhos-de-ferro da Trindade, no Porto.

 Nas imagens acima vemos que a fachada da antiga Estação da Trindade, não era nada de grandioso não tinha a beleza nem o esplendor da Estação de São Bento, nem sequer o da Estação de Campanhã, mas quem passava e via só a fachada não imaginava a grandeza que esta tinha no seu interior, por isso vou pôr a seguir algumas imagens onde podemos ver a grandiosidade que a antiga Estação da Trindade tinha no seu interior.

 O interior da antiga Estação da Trindade era enorme, ocupava um quarteirão inteiro que ficava compreendido entre as Ruas de Gonçalo Cristóvão, a Rua de Camões, e depois os Edifícios principais e a entrada da Estação ficavam lá no fundo na Rua do Alferes Malheiro, junto à Ordem da Trindade.  



 O interior da antiga Estação dos caminhos-de-Ferro da Trindade no Porto.



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 E termino com esta vista aérea da antiga estação da Trindade.

 A velhinha estação dos Caminhos de Ferro da Trindade já não existe, mas no seu lugar nasceu uma nova Estação da Trindade mas que agora faz parte do Metro do Porto, e por enquanto ainda é a Estação mais importante de toda a rede do Metro do Porto.



 No lugar da antiga Estação da CP na Trindade, nasceu esta nova Estação da Trindade, que faz parte do Metro do Porto.

 Segundo a Metro do Porto a Estação da Trindade destaca-se sempre de todas as outras, sendo sistematicamente a Estação que acolhe maior número de passageiros, cerca de 12 Milhões de passageiros por ano. 

 Conheço relativamente bem as Estações do Metro do Porto por causa dos elevadores, e das escadas rolantes que são da Schindler, esta Estação do Metro na Trindade tem dois níveis, no nível da superfície circula o Metro que faz o trajecto desde Gondomar, passa por Rio Tinto, Contumil, Campanhã, Heroísmo, 24 de Agosto, Bolhão, e chega finalmente aqui à Estação da Trindade, depois de sair daqui segue pelo túnel da Lapa, na direcção da Maia, Matosinhos, e vai até à Póvoa de Varzim.

 Depois no piso Subterrâneo da Estação da Trindade, existe outra Linha de Metro que vem do lado de Vila Nova de Gaia, vem desde a Estação de Santo Ovídeo, percorre toda a Avenida da República a Céu aberto, depois passa no tabuleiro superior da Ponte de Dom Luíz I, a seguir entra num túnel e a partir daí segue sempre subterrâneo.

 Passa pela estação de São Bento, pela estação dos Aliados, depois passa aqui na Estação da Trindade no piso subterrâneo, e continua sempre subterrâneo pela estação de Faria Guimarães, depois estação do Marquês, depois segue-se a estação dos Combatentes e a de Salgueiros.

 Depois a partir da estação do Pólo Universitário o Metro começa a circular à superfície, e esta linha por enquanto termina na frente do Hospital de São João, mas o Metro do Porto brevemente vai ser ampliado.

 Agora depois desta interrupção onde falei da já desaparecida estação dos caminhos-de-ferro da Trindade no Porto, que deu lugar à nova Estação do Metro do Porto, vou voltar à minha narrativa inicial que é sobre a Cidade Póvoa de Varzim.

 E como dizia antes da interrupção no ano de 1974 quando fui trabalhar para a Póvoa de Varzim na montagem dos elevadores do Hotel Vermar, ia no comboio que saía da estação da Trindade às 6h45 e chegava à estação da Póvoa de Varzim às 7h45 da manhã.



 A antiga estação de caminhos-de-ferro da Póvoa de Varzim actualmente é uma estação da rede do Metro do Porto.

 As composições do Metro que saem daqui da estação da Póvoa de Varzim, continuam na mesma a fazer a ligação desde a Póvoa até à estação da Trindade no centro do Porto, e fazem mais ou menos o mesmo percurso que fazia o antigo comboio, e também tem mais ou menos as mesmas Estações. 

 Como já disse atrás o meu comboio chegava aqui à estação da Póvoa de Varzim às 7h45, mas a minha viagem não terminava por aqui, porque depois ainda tinha que fazer a pé o caminho desde aqui até ao Hotel Vermar.

 Saía da estação e seguia pela rua principal, en13, em direcção a Norte, passava pela Praça do Almada onde são os Paços do Concelho, continuava até junto do Mercado aí virava à esquerda e seguia pela Rua Mouzinho de Albuquerque, até à Av. dos Banhos.

 Lembro-me que parava num café que ficava quase no fim da Rua para tomar café, e para comprar pão para o almoço, porque como o hotel era muito longe não dava para vir almoçar à Póvoa.   



 O Hotel Vermar, tem 7 elevadores, 4 elevadores são de clientes, 2 tem 15 pisos, e 2 tem 16 pisos, depois tem um monta-cargas com 16 pisos, e 2 pequenos monta-cargas com 15 pisos, que fazem o serviço de pequenos almoços, e todos os pedidos feitos para os quartos.

 Mas continuando com o caminho que fazia a pé desde a estação da Póvoa até ao Hotel Vermar, depois de tomar café e de comprar pão para o almoço, saía da Rua Mouzinho de Albuquerque e chegava à estrada marginal junto ao Diana Bar.

 Aqui virava à direita e seguia pela Avenida dos Banhos, e a partir daqui era sempre em frente até chegar ao Hotel, do Diana Bar até ao Hotel Vermar são cerca de 2 Km, sempre pela marginal.



 Era por aqui pela Avenida dos Banhos que eu ia até ao Hotel Vermar, que fica mesmo no extremo norte da Póvoa mesmo a chegar a Aver-o-Mar. 

 O percurso que eu tinha que fazer a pé desde a estação da Póvoa, até ao Hotel Vermar até nem era nada de mais, são mais ou menos 3 Km, cerca de 30 minutos a pé, o mais grave era em dias de invernia, e por azar apanhei mesmo a altura de Inverno, aquilo por ali é uma ventania que até mete medo.

 E na altura, 1974, a estrada marginal terminava no Estádio do Varzim, e a partir daí o caminho era em terra misturada com areia da praia, era tudo cheio de poças de água, em dias de invernia chegava ao hotel todo encharcado, o que me valia era que tinha que mudar de roupa para trabalhar, vestia a farda da Efacec, e durante o dia dava tempo para a roupa secar.



 Em 1974, quando andei a trabalhar na Montagem dos Elevadores do Hotel Vermar a estrada marginal terminava aqui no estádio do Varzim, desde aqui do estádio até ao Hotel não existia mais nenhum edifício.



 Em 1974 ainda não existia esta estrada desde o estádio do Varzim, até aqui ao Hotel Vermar.

 Quando fui trabalhar para o Hotel Vermar, a sua construção interior ainda estava bastante atrasada, tanto na parte dos elevadores, como em todas as outras artes, como na parte eléctrica, na parte de pichelaria, no aquecimento central, etc.

 Andei a trabalhar no Hotel até à sua inauguração que aconteceu em meados do ano de 1975.

 A inauguração do hotel foi feitas em duas fases, numa primeira fase foi inaugurado até ao 4º andar, que tinha uma ala lateral, isso obrigou-me a alterar os elevadores para que ficassem a funcionar só entre o piso -1, que dava acesso à piscina, e o 4º andar.

 Só mais tarde quando a torre do hotel ficou completamente concluída, é que os elevadores foram postos a funcionar até ao último piso que é o 14º andar, que na altura era uma Sala de Conferências.



 Numa primeira fase o Hotel Vermar foi inaugurado até ao 4º andar, que tem uma ala lateral, que sai para a esquerda como se pode ver nesta fotografia.

 Depois da inauguração só voltei a ter contacto com o Hotel Vermar alguns anos mais tarde, quando fui transferido para o Sector de Assistência Técnica de Elevadores da Efacec, conforme contarei mais à frente. 



 Acho que actualmente o Axis Hotel Vermar, ainda é o maior e o melhor hotel que existe na Cidade da Póvoa de Varzim.

 Quando a montagem dos elevadores do Hotel Vermar ficou concluída e o hotel foi inaugurado, pensei que iria voltar a trabalhar para a zona do grande Porto, para não ter que continuar a levantar-me às 5h00 da manhã, e a chegar a casa às 10 da noite.

 Mas tive azar, porque ainda continuei a trabalhar na Póvoa de Varzim por mais uns meses, quando o Sr. Anacleto que era o meu encarregado na altura me foi buscar ao hotel com a sua carrinha Renault 4L, para levar a ferramenta para outra obra, disse-me que eu ainda ia continuar a trabalhar na Póvoa de Varzim, tinha que ir fazer a conclusão de 8 elevadores num edifício do Quintas & Quintas, na Praça Luís de Camões.



 Foi para este edifício do Quintas & Quintas, na Praça Luís de Camões, para onde fui trabalhar depois que saí do Hotel Vermar.

 Neste edifício do Quintas & Quintas, como tinha 8 elevadores devo ter andado lá a trabalhar mais ou menos 16 semanas, se considerar 2 semanas por elevador que era a minha média.

 Quando andei a trabalhar neste edifício em meados de 1975, a fábrica de Cabos de Aço do Quintas & Quintas ainda era aqui mesmo no Centro da Cidade na Rua Gomes de Amorim, na en13.

 E posso dizer que a fábrica do Quintas & Quintas se manteve neste local durante muitos anos, porque alguns anos mais tarde quando já trabalhava no Sector de Manutenção de Elevadores, todos os meses ia lá fazer manutenção a um elevador que existia na zona dos escritórios.    



 Era aqui neste enorme lote de terreno na en13, que ficava a antiga fábrica de cabos de aço do Quintas & Quintas.

 Lembro-me bem desta fábrica do Quintas & Quintas, e dos escritórios porque ia lá todos os meses fazer manutenção no elevador que existia nos escritórios, ainda procurei para ver se encontrava alguma fotografia antiga da fábrica, mas não encontrei nada.

 Mas andar durante 16 semanas a trabalhar nos elevadores deste edifício do Quintas & Quintas, já foi bastante mais agradável do que andar a trabalhar no Hotel Vermar.

 Porque como este edifício é no centro da cidade, já tinha muitos restaurantes onde podia almoçar, comecei a ir almoçar quase todos os dias ao restaurante do Zé das Letras, que era mesmo ao lado, e também já podia ir até um café depois de almoço.   



 Era aqui no restaurante do Zé das Letras que comecei a almoçar, quando andei a trabalhar no edifício do Quintas & Quintas.



 Apesar de gostar muito das sobremesas do Zé das Letras, ainda hoje continuo a dizer que a sobremesa de que gosto mais é da Rabanada Poveira.

 Outro dos aspectos de eu dizer que era mesmo mais agradável andar a trabalhar neste edifício do Quintas & Quintas, para além de já poder ir almoçar a um restaurante, era que da estação dos caminhos-de-ferro da Póvoa, até à Praça Luís de Camões era muito mais perto.

 Saía da estação e era sempre em frente pela en13, era cerca de 1 Km demorava pouco mais de 10 minutos, algumas vezes comecei a fazer a viagem na camioneta da Linhares.

 Mas normalmente só fazia a viagem do Porto para a Póvoa de camioneta, e depois fazia a viagem de regresso da Póvoa para o Porto de comboio, porque a viagem de camioneta demorava o dobro do tempo.

 Havia sempre muito trânsito na estrada da Póvoa para o Porto, só para passar Vila do Conde era um suplicio, e o comboio pelo menos não tinha nenhum engarrafamento, era uma viagem muito mais agradável.



 Em 1975, quando comecei a viajar do Porto para a Póvoa de Varzim nas camionetas da Linhares, a camioneta parava aqui nesta garagem com portas verdes que se vê à esquerda.

 A garagem da Linhares era na Praça do Almada, mesmo em frente à Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, actualmente este edifício está em obras, está a ser adaptado para outros fins.

 Andei durante várias semanas a fazer a conclusão dos elevadores do edifício do Quintas & Quintas.

 Ainda me lembro que foram o Sr. Cruz e o Sr. Tavares quem foram fazer a vistoria nos elevadores, e no fim do dia vim com eles para o Porto, viemos no Ford Escort do Sr. João Tavares.

 Depois que conclui a montagem dos elevadores do Quintas & Quintas, na Póvoa de Varzim, ainda continuei a trabalhar no Sector de Montagem de Elevadores durante mais algum tempo, andei em muitas outras instalações com elevadores da Efacec, no Porto, e em muitas outras terras fora do Porto.

 Em algumas das terras onde andei a trabalhar tinha mesmo que ficar lá hospedado durante muitos meses, como aconteceu em Lamego, em Braga, em Mirandela, no Complexo Agro Industrial do Cachão, em Vale de Cambra, em Viana do Castelo, em Guimarães, em Santa Maria da Feira, etc.

 Ainda me lembro do último dia que trabalhei no Sector de Montagem de Elevadores da Efacec.

 Foi no Edifício da Inatel em Santa Maria da Feira.

 Esse Edifício da Inatel fica mesmo por detrás do Castelo de Santa Maria da Feira, na altura quando o edifício foi construído era para ser o Hospital de Santa Maria Feira, mas depois resolveram fazer um hospital de raiz mesmo no centro da cidade, e o Edifício foi cedido à Inatel. 





 Quando terminei de fazer a conclusão dos elevadores deste edifício da Inatel em Santa Maria da Feira, aconteceu a primeira das muitas mudanças que me foram acontecendo durante os 43 anos que trabalhei, sempre no ramo dos Elevadores.

 E esta primeira mudança que aconteceu na minha vida aconteceu, porque a montagem de elevadores da Efacec parou, porque pouco depois do 25 de Abril como a construção civil parou em Portugal, a Efacec deixou de vender Elevadores directamente ao cliente final, e manteve só com a Fábrica de Elevadores e o Sector de Manutenção.

 E assim por causa do 25 de Abril, na segunda metade da década de 1970, fui transferido para o Sector de Manutenção de Elevadores, da Efacec.

 Comecei então a trabalhar no Sector de Manutenção de Elevadores, que tinha os seus escritórios na Rua de Sá da Bandeira no Porto.

 Andei durante alguns meses a fazer manutenção em elevadores na área do Grande Porto, mas pouco tempo depois tive a segunda mudança na minha vida.

 Continuei na mesma a trabalhar no Sector de Manutenção de Elevadores da Efacec, mas comecei a fazer uma rota que na altura se chamava a Rota da Província.

 Essa Rota da Província onde comecei a trabalhar começava em Vila do Conde, depois seguia pela Póvoa de Varzim, Ofir, Esposende, Barcelos, Guimarães, Vizela, Braga, Famalicão, Santo Tirso, e claro que também fazia manutenção em todos os elevadores à volta destas cidades.

 Com este texto todo sobre a Rota da Província, o que queria dizer é que comecei novamente a ir mensalmente à Cidade da Póvoa de Varzim.

 Na altura a Efacec tinha bastantes elevadores na sua carteira de manutenção na zona da Póvoa de Varzim, normalmente passava 4 a 5 dias por mês na Póvoa.

 Quando comecei a fazer manutenção na Póvoa de Varzim o Edifício Nova Póvoa ainda estava em construção, nessa altura a Efacec montou lá um Elevador para ficar a funcionar de forma provisória como monta-cargas de obras.

 Foi num dia que fui chamado para ir resolver uma avaria nesse elevador monta-cargas de obras no Edifício Nova Póvoa, que vivi o que deve ter sido o dia mais trágico da minha vida, do qual por mais anos que viva nunca me vou conseguir esquecer.





 Quando o Edifício Nova Póvoa foi construído, na década de 1970 ainda não existia nenhum Edifício à sua volta.




 Este Edifício Nova Póvoa tem 31 Pisos, os elevadores vão do piso -1, RC, até ao 28º andar, a casa-de-máquinas dos elevadores e o escritório do condomínio ficam no 29º andar, na altura próximo deste edifício só existia o Hotel Vermar.  



 Como podemos ver nesta fotografia o Edifício Nova Póvoa actualmente está completamente rodeado de outros edifícios, o edifício que aparece no lado direito é o Hotel Vermar que já existia na altura da sua construção. 

 Mais tarde ainda durante o tempo em que eu fazia manutenção na Póvoa, monta-mos os 4 elevadores definitivos neste Edifício Nova Póvoa, esses Elevadores já eram muito evoluídos para a época, tinham uma velocidade nominal de 2 metros por segundo, e tinham um sistema de accionamento em Corrente Continua, Ward Leonard.

 Na fase final da posta em marcha desses 4 elevadores de Corrente Continua, deixei de fazer manutenção e acompanhei essa posta em marcha para ficar familiarizado com esses comandos, que eram bastantes complexos para a época.

 E como esses elevadores iam entrar na minha rota de manutenção tinha que ficar a conhece-los muito bem, para poder resolver qualquer avaria que viesse a acontecer, e vieram a acontecer muitas avarias.  



 A entrada do Edifício Nova Póvoa. 

 Durante o tempo que trabalhei no Sector de Manutenção de Elevadores a fazer a Rota da Província, aconteceram-me muitos episódios, alguns engraçados e outros nem por isso.

 Gostei muito de um dia ter acompanhado uma prova do Rali de Portugal que teve uma chegada e partida da Póvoa de Varzim, muitos pilotos ficaram alojados no Hotel Vermar, gostei muito de andar a ver os carros no parque fechado, ainda tenho uma camisola como recordação desse Rali.

 Também acompanhei um torneio de Ténis que aconteceu no Hotel Vermar, em que participou o John McEnroe, mas a situação mais caricata que me aconteceu foi quando fui destacado para fazer um piquete de uma semana, por causa de um Congresso Internacional de Cardiologia que decorreu no Hotel Vermar.

 Vou contar esta situação da semana de Piquete que fiz no Hotel Vermar, porque este Piquete teve umas características muito especiais, acho que até posso dizer que para mim foi assim mais ou menos como uma semana de reclusão.



  Essa semana de Piquete foi assim: tive que passar uma semana inteira sem sair do Hotel Vermar, entrei de Serviço de Piquete num Domingo à noite porque o congresso começava logo na segunda-feira de manhã, depois tive que estar de piquete durante toda a semana seguinte, de segunda-feira a domingo, e só saí do hotel 8 dias depois na segunda-feira de manhã.

 Nesses 8 dias de Piquete fiquei alojado no Hotel, fiz todas as refeições, pequeno almoço, almoço e jantar na cantina do Hotel, não podia pôr um pé fora do Hotel, e tinha que estar sempre com atenção não fosse acontecer alguma avaria nos elevadores que prendesse algum dos congressistas, tinha que estar sempre mais ou menos próximo da Casa de Máquinas dos Elevadores.

 Foi um daqueles episódios marcantes do qual me vou recordar durante toda a vida, tive que assistir a todo o congresso, mas no final quem fez o encerramento do congresso foi o então Presidente da República, o General Ramalho Eanes, que tive o prazer de cumprimentar e já compensou a semana.

 Continuei ainda durante muitos meses a fazer manutenção nos elevadores nessa Rota da Província, onde tinha que ir mensalmente à Póvoa.

 Mas quando já estava perfeitamente adaptado a essa Rota da Província, porque de início, nos primeiros meses a adaptação não foi nada fácil, era uma rota muito cansativa porque por exemplo:

 --Estava a trabalhar em Guimarães, em Braga, em Vizela, ou noutra cidade qualquer, e todos os dias a meio da manhã, e a meio da tarde tinha que ligar para o escritório, porque na altura ainda não haviam telemóveis, e mandavam-me ir com urgência ver uma avaria por exemplo à Póvoa, a Esposende, a Barcelos, ou a outra sitio qualquer.

 E não me adiantava nada argumentar a dizer que estava muito longe, e que ia demorar muito tempo, porque tinha obrigatóriamente que ir.

 Na altura o Sector de Manutenção de Elevadores da Efacec só tinha 2 carrinhas Renault 4L, e a outra carrinha ainda estava mais longe, porque fazia a Rota de Manutenção para o sul do Rio Douro, Santa Maria da Feira, São João da Madeira, São Paio de Oleiros, Oliveira de Azeméis, Vale de Cambra, etc. 

 E quando já estava perfeitamente adaptado, e até já gostava de fazer essa Rota de Manutenção da Província, acontece uma nova alteração na minha vida, a terceira.

 Fiquei na mesma no Ramo dos Elevadores, mas desta vez fui transferido do Sector de Manutenção, que era na Rua de Sá da Bandeira no Porto, para a Sala de Estudos da Divisão de Elevadores da Efacec, na Fábrica da Arroteia na Maia. 



 As Instalações Fabris da Efacec na Arroteia, junto à Via-Norte na Maia, onde ficava o Divisão dos Elevadores.

 Mas apesar de ter ido trabalhar para a Sala de Estudos da Fábrica de Elevadores da Efacec, não perdi a ligação com a Póvoa de Varzim, continuei a ir lá em trabalho.

 Na Sala de Estudos para onde fui trabalhar para além de desenvolvimento, também fazia-mos todo o apoio de assistência Pós-Venda, avarias e posta em marcha dos elevadores mais complexos.

 Portanto continuei a ir muitas vezes à Póvoa, umas vezes solicitado pelo nosso Sector de Manutenção, outras pela Grupnor, fui muitas vezes resolver avarias ao Edifício Nova Póvoa, também acompanhei a Modernização dos 4 Elevadores de clientes do Hotel Vermar, que passaram a Quadruplex, enfim continuei a ser solicitado muitas vezes para prestar assistência na Póvoa.

 Alguns anos mais tarde quando a Efacec Elevadores foi absorvida pela Schindler Elevadores, tive mais uma mudança na minha vida, desta vez a quarta.

 Desta vez passei para encarregado no Sector de Montagem de Elevadores, então ainda comecei a ser mais solicitado para ir prestar assistência no exterior.

 A partir desta altura para além de ter que ir resolver problemas em elevadores já em manutenção, também comecei a fazer a posta em marcha nos elevadores novos, e claro como montava-mos muitos elevadores na Póvoa continuei a ir lá muitas vezes em serviço.

 Comecei a ter que resolver problemas em elevadores antigos da Efacec, e em elevadores novos da Schindler.

 A última vez que fui solicitado para ir à Póvoa resolver um problema, foi no ano de 2014, foi pouco antes de ter sido amavelmente convidado a deixar de trabalhar, fui com o Filipe Oliveira, que na altura fazia manutenção na Zona da Póvoa.

 Ainda me lembro que fomos trocar os Contactores ks e kd, nos Comandos QAS, num elevador do edifício do Quintas & Quintas, e a seguir ainda fomos ao Hotel Costa Verde, que fica na Avenida Vasco da Gama, onde tínhamos montado 2 novos Elevadores Schindler 3300.  



 O Hotel Costa Verde, na Avenida Vasco da Gama na Póvoa de Varzim, foi o último edifício onde fui resolver uma avaria ao serviço da Schindler Elevadores. 

 Mas depois que deixei de trabalhar em elevadores em Dezembro de 2014, não deixei de visitar a cidade da Póvoa, nem de ir almoçar ao Restaurante do Zé das Letras.

 Já mais recentemente o meu filho mais velho casou e foi morar para a Póvoa de Varzim, e por coincidência, foi morar para um edifício que está equipado com Elevadores da minha antiga empresa a Schindler.

 Entretanto o tempo passou e já sou avô, já tenho duas netas naturais da Póvoa de Varzim, o que ainda me faz gostar mais da Cidade, e claro que vou lá muito mais vezes.

 Por tudo isto que contei sobre a minha ligação à Cidade da Póvoa de Varzim que tem mais de 45 anos, resolvi destinar um dia para ir até à Póvoa dar uma volta com o objectivo de passear, e ao mesmo tempo ir tirando fotografias a todos os lugares que me fizessem lembrar do tempo em que fui para lá trabalhar no ano de 1974.

 E assim fiz, num belo dia de Sol de 2019 resolvemos fazer um passeio pela Póvoa de Varzim, e lá fomos percorrer todos os lugares que eu já conheço desde 1974, e mais alguns que entretanto fui conhecendo. 



 Foi este o percurso que fizemos pela Cidade da Póvoa de Varzim, ao longo de todo o percurso fui tirando fotografias a tudo o que achei de mais relevante, este percurso tem mais ou menos 8 Km.



 Parei o carro num dos parques de estacionamento da Estrada Marginal logo na entrada da Póvoa. 

 Começamos a caminhar na direcção da Póvoa, e logo à frente chegamos à Igreja da Lapa.



 A Igreja da Lapa, fica na estrada marginal, se viermos do lado de Vila do Conde para a Póvoa, é impossível passar-mos por ela sem a vermos. 



 A Igreja da Lapa, que como se pode ver está prestes a fazer 250 anos de existência. 



 A Igreja da Lapa, data de 1772. 



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 A Igreja da Lapa está em obras de restauro, no lado direito ao fundo podemos ver um senhor a trabalhar no restauro em cima de um andaime.



 A abobada da Igreja da Lapa já está completamente restaurada, e como podemos ver está um trabalho excelente.

 Mesmo na frente da Igreja da Lapa existe um restaurante que não podia passar por ele sem o fotografar, é o Restaurante 31 de Janeiro, porque ele vai ficar para sempre na minha memória, já o conhecia do tempo em ainda trabalhava na Efacec, porque já tinha ido lá almoçar algumas vezes.

 Mas como recentemente as Bodas de Baptismo das minhas Netas, foram realizadas neste restaurante, não podia passar por ele sem o fotografar.



 E cá estou eu na frente do Restaurante 31 de Janeiro onde se realizaram as Bodas dos Baptizados das minhas Netas.



 Restaurante 31 de Janeiro, a boda do baptizado da minha primeira neta, a Francisca.



 A ementa deste restaurante Restaurante 31 de Janeiro é muito à base de peixe e de mariscos.



 Restaurante 31 de Janeiro.



 Restaurante 31 de Janeiro, 2015 a boda de Baptismo da minha neta Francisca.



 Restaurante 31 de Janeiro, 2019 a boda de Baptismo da minha neta Carlota.



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 Restaurante 31 de Janeiro.



 Restaurante 31 de Janeiro, a parte que eu valorizo mais é sempre a parte das sobremesas, ponho aqui só uma pequena amostra, e claro não podiam faltar as famosas Rabanadas Poveiras.



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 Sobremesas no Restaurante 31 de Janeiro.



 Saímos da beira do Restaurante 31 de Janeiro  e da Igreja da Lapa, e continuamos a caminhar na direcção da Póvoa sempre pela marginal junto ao Mar.



 Junto ao Mar, na Zona da Fortaleza está montada uma roda gigante, mas nós já não temos idade para dar uma volta.



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 Mesmo por trás da roda gigante fica a Fortaleza da Póvoa de Varzim.



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 O Monumento em homenagem ás Mulheres do Mar.



 Quando eu ainda  trabalhava na Efacec nos anos 70, lembro-me que o Mercado de Peixe ficava aqui nesta Praça.



 Na década de 1970, o mercado Mercado de Peixe da Póvoa ficava nesta Praça.



 Depois de muito procurar encontrei esta antiga fotografia do tempo em que a Lota de Peixe ainda era aqui junto à Fortaleza, lá atrás conseguimos ver os Torreões da Fortaleza.

 Lembro-me bem do mercado ser nesta praça, porque passava por aqui quase todos os dias e via o mercado sempre cheio de gente, mas nesse tempo o mercado já era bastante mais moderno do que o desta fotografia, até acho que as bancas nessa altura já estavam cobertas com toldes. 



 Ala Arriba, painel em azulejos onde podemos ver a enseada onde antigamente encostavam os barcos de pesca, que depois eram puxados manualmente para a praia, para serem descarregados e o peixe ser então levado para a Lota que era do outro lado da Rua.

 Este painel em azulejos onde se vêem os pescadores com enorme esforço a puxarem um barco para a praia é tão bonito, que não resisto a colocá-lo em tamanho real, mas em duas partes. 



 Ala Arribaa metade esquerda do painel de azulejos, lá ao fundo, do outro lado da enseada vemos a Igreja da lapa.



 Ala Arriba, e agora a metade direita do painel.



 Conversa do Fieiro, outro painel em azulejos onde  vemos um grupo de pescadores ainda no barco a conversarem, lá muito ao fundo do outro lado da enseada também conseguimos ver a Igreja da lapa.



 A Espera, outro painel em azulejos onde vemos uma familiar de um pescador a rezar enquanto espera pela chegada dos barcos, nesta fotografia lá ao fundo do outro lado da enseada também conseguimos ver a Igreja da Lapa.



 Porto de Pesca em 1960, outro painel em azulejos onde podemos ver a como era a enseada onde antigamente encostavam os barcos, lá ao fundo do outro lado da enseada também conseguimos ver a Igreja da lapa.



 Era nesta Enseada que antigamente encostavam os barcos de pesca que aparecem nos painéis de azulejos, e tal como nos painéis nesta fotografia lá ao fundo podemos ver a Igreja da Lapa. 



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 Numa revista de promoção da Cidade da Póvoa de Varzim, tem estas 3 bonitas fotografias nocturnas da praça onde antigamente era a Lota de Peixe, no lado direito ainda conseguimos ver um bocadinho da fortaleza.



 2ª fotografia da revista de promoção da Cidade da Póvoa de Varzim.



 3ª fotografia da revista de promoção da Cidade da Póvoa de Varzim.



 Agora estamos mesmo na praça onde antigamente era a Lota de Peixe, vemos a Fabrica de Conservas "A Poveira".



 A Fabrica de Conservas "A Poveira".



 Ainda na praça onde antigamente era a Lota de Peixe da Póvoa, no lado direito vemos um bocadinho da Fortaleza.



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 A frente da Fortaleza da Póvoa de Varzim.



 Junto a um dos Torreões da Fortaleza da Póvoa de Varzim.



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 Ainda junto à Fortaleza da Póvoa de Varzim.



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 Continuamos a caminhar e chegamos ao Passeio Alegre onde agora existe um parque de estacionamento subterrâneo, nesta zona existem muitos cafés com esplanadas, e até tem um palco fixo para espectáculos.



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 Ainda no Passeio Alegre, junto à Estátua do Cego do Maio, mesmo por trás da Estátua vemos o Grande Hotel da Póvoa.

 Este Monumento do Cego do Maio é uma homenagem das gentes da Póvoa de Varzim a um Herói nascido no Século XIX, que sempre que via alguém em perigo não hesitava em ir com a sua embarcação em seu auxilio, e ao longo da sua vida de pescador terá realizado muitas dezenas de salvamentos em pleno Mar. 



 Junto à Estátua do Cego do Maio.



 Saímos do Passeio Alegre, e seguindo o mapa estabelecido continuamos a caminhar, agora pela Rua da Junqueira.



 A Rua da Junqueira é uma rua pedonal dedicada ao comércio, é uma rua muito movimentada e tem sempre muitos turistas, quando passamos por aqui acabamos por comprar sempre alguma coisa.



 Na Rua da Junqueira.



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 A loja da Cavalinho na Rua da Junqueira.



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 Aqui na Rua da Junqueira, existe a Ourivesaria M. A. Gomes & Gomes, que deve ser a ourivesaria mais bonita e mais antiga da Póvoa. 



 A Ourivesaria M. A. Gomes & Gomes, na Rua da Junqueira



 Saímos da Rua da Junqueira, continuamos a caminhar e chegamos à Praça do Almada onde fica o Edifício dos Paços do Concelho. 



 Na Praça do Almada existe este bonito Coreto. 



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 Ainda na Praça do Almada. 



 Nfrente do Edifício dos Paços do Concelho da Póvoa de Varzim, na Praça do Almada. 





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 No painel de azulejos com imagens antigas da Póvoa, mostra como era a Praça do Almada no ano de 1900, nessa altura a Praça ainda era fechada. 



 Outra fotografia do painel de azulejos com imagens antigas da Póvoa, onde vemos como era a Praça do Almada no ano de 1900. 



 O Hall de entrada do edifício dos Paços do Concelho da Póvoa de Varzim



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 Ainda na Praça do Almada. 



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 Na Praça do Almada, todo entaipado e com andaimes, vemos o antigo edifício da Garagem da Linhares, que está a sofrer obras e vai ser o futuro Centro de Atendimento Municipal.



 Entretanto já passei novamente pela Praça do Almada, e as obras no edifício da antiga Garagem da Linhares já estão concluídas, vai ser aqui o futuro Centro de Atendimento Municipal.



 Saímos da Praça do Almada e continuamos a nossa caminhada agora pela en13, andamos um bocado e chegamos logo a estes dois bonitos torreões, que ladeiam o antigo Mercado David Alves.



 Actualmente no torreão da esquerda funciona o Posto de Turismo, e no torreão da direita que é simétrico a este, está instalado um Café. 



 O antigo Mercado David Alves, também está representado no painel de azulejos.



 Uma fotografia do Rotary Club da Póvoa de Varzim, do antigo Mercado David Alves.



 Outra fotografia do antigo Mercado David Alves.



 Continuamos a caminhar pela en13, e logo à frente chegamos ao Mercado Municipal da Póvoa de Varzim.



 Chegamos ao Mercado Municipal da Póvoa de Varzim.

 Como estava com um bocado de pressa as fotografias do interior do Mercado que vou pôr a seguir não são minhas, mas na próxima vez que entrar no mercado vou tirar umas fotografias para as substituir, quem costuma ir muitas vezes às compras a este mercado é o meu filho mais velho que mora na Póvoa. 



 Interior do Mercado Municipal da Póvoa de Varzim. 



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 Logo à frente do Mercado chegamos  ao cruzamento da en13 com a Avenida Mouzinho de Albuquerque, quando vinha de comboio em 1974 virava aqui à esquerda e depois seguia pela Avenida dos Banhos até ao Hotel Vermar.

 Mas hoje vamos continuar pela en13, vamos almoçar ao Zé das Letras, e depois vamos passar pelo Edifício Nova Póvoa, e pelo Hotel Vermar.   



 Continuamos a caminhar pela en13, andamos um bocado e chegamos à Basílica do Sagrado Coração de Jesus.



 Na frente da Basílica do Sagrado Coração de Jesus.



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 Logo à frente da Basílica do Sagrado Coração de Jesus, fica o Restaurante do Zé das Letras, onde fomos almoçar.



 Desta vez não tinham as celebres Rabanadas da Póvoa, mas pronto acabei por comer um pratinho de Aletria, de que também gosto muito.



 Saímos do Zé das Letras e continuamos a caminhar pela en13, e chegamos à Praça Luís de Camões, onde está o Edifício do Quintas & Quintas onde andei a trabalhar em 1975.



 Continuamos a caminhar pela en13, e logo à frente chegamos à rotunda que dá acesso à Avenida Vasco da Gama, por onde vamos continuar a nossa caminhada.



 Era aqui na Avenida Vasco da Gama que a Efacec tinha mais Elevadores na sua carteira de Manutenção, todos estes edifícios da construtora do Sr. Manuel Agonia tinham Elevadores da Efacec.



 A Clipóvoa, que também pertencia ao Sr. Manuel Agonia, também foi equipada com Elevadores da Efacec, também andei lá a trabalhar com o pessoal do Pinto & Cruz a fazer a posta em marcha dos Elevadores.



 Continuamos a caminhar agora pela Avenida Vasco da Gama, e aqui nesta rotunda vamos virar à direita para Avenida Repatriamento dos Poveiros, a caminho do Edifício Nova Póvoa e do Hotel Vermar.



 Junto a esta rotunda na Avenida Vasco da Gama fica o Hotel Costa Verde, que foi o último edifício onde trabalhei no ano de 2014 ainda como funcionário da Schindler.



 Junto ao Monumento em Homenagem ao Povo da Póvoa de Varzim, na Avenida Vasco da Gama.



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 Saímos da Avenida Vasco da Gama, e vamos agora caminhar pela Avenida Repatriamento dos Poveiros, a caminho do Edifício Nova Póvoa e do Hotel Vermar.



 Agora estou na Avenida Repatriamento dos Poveiros, a caminho do Edifício Nova Póvoa.



 Como podemos ver actualmente Edifício Nova Póvoa está completamente rodeado por outros edifícios, mas como poderemos ver a seguir na década de 1970 quando foi construído não existia nada à sua volta.



 Como podemos ver nesta antiga fotografia da década de 1970, da altura da construção do Edifício Nova Póvoa não existia nada à sua volta.



 Outra antiga fotografia da década de 1970, da altura da construção do Edifício Nova Póvoa.



 Fotografia onde vemos que actualmente o edifício Nova Póvoa, está completamente cercado por outros edifícios.



 E finalmente aqui estou eu na frente do Hotel Vermar, onde andei a trabalhar na montagem dos elevadores no ano de 1974.



 Ainda na frente do Hotel Vermar.



 Continuando a caminhar passa-mos o Hotel Vermar e chegamos à estrada marginal, este hotel chegou a ter uma passagem directa para a praia, e tinha mesmo um bocado de praia privativo para os seus clientes.



 O Hotel Vermar visto da estrada marginal.



 O Edifício Nova Póvoa, também visto da estrada marginal.



 Continuamos a caminhar e chegamos a esta parte nova da marginal da Póvoa, e temos esta Pérgula, que tem uns magníficos bancos para descansar.



 Ainda nesta parte nova da marginal da Póvoa, no interior da Pérgula.



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 Vamos continuar a caminhar por esta parte nova da marginal da Póvoa, até à Avenida dos Banhos.



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 E agora chegamos à Avenida dos Banhos, que está sempre cheio de gente e ainda por cima estamos no Verão.



 Na Avenida dos Banhos.



 A Avenida dos Banhos tem muitos cafés de praia com esplanadas.



 Ainda na Avenida dos Banhos.



 A Avenida dos Banhos também está representada no painel de azulejos, e como podemos ver noutros tempos esta praia era servida por um meio de transporte, que era uma carruagem puxada por cavalos a circular nuns carris de ferro. 

 Foi ao ver os painéis de azulejos com imagens de como era a Póvoa de Varzim noutros tempos, que fiquei a saber que na Póvoa já existiu um meio de transporte que circulava em carris de ferro, que é anterior aos chamados carros eléctricos que actualmente ainda circulam pelas ruas do Porto e de Lisboa, e de muitas outras cidades da Europa.

 Esse antigo meio de transporte com uma carruagem puxada por cavalos, pelo que se vê no mural de azulejos, noutros tempos percorria muitas das ruas da Póvoa, a seguir vou por as fotografias do mural com as ruas por onde esse meio de transporte passava. 



 Segundo o painel em azulejos as carruagens puxadas por cavalos que circulavam em carris de ferro, passavam pela Praça do Almada em 1900.



 A Praça do Almada em 1900.



 Segundo o painel de azulejos as carruagens puxadas por cavalos que circulavam em carris de ferro, também passavam pela Mercado Municipal em 1920. 



 Segundo o painel de azulejos as carruagens puxadas por cavalos que circulavam em carris de ferro, também passavam pela Avenida Mouzinho de Albuquerque em 1920.



 Segundo o painel de azulejos as carruagens puxadas por cavalos que circulavam em carris de ferro, noutros tempos também passavam pelo Largo de São Roque.



 Segundo o painel de azulejos as carruagens puxadas por cavalos que circulavam em carris de ferro, noutros tempos também passavam pela Rua Almirante Reis.

 Depois desta pequena interrupção por causa desta antiga rede de transportes em carris de ferro, que existiu na Póvoa de Varzim, vamos continuar a nossa caminhada.

 E depois de termos dado esta grande volta, agora estamos a chegar novamente à zona do Passeio Alegre.



 Chegamos novamente à zona do Passeio Alegre, já vemos o Grande Hotel da Póvoa.



 Mesmo no fim da Avenida dos Banhos passamos pelo famoso Café Guarda Sol.

 Durante o tempo em que fazia manutenção na Póvoa de Varzim almoçava aqui muitas vezes, do que gostava mais era da Francesinha, aliás à algum tempo atrás um canal televisivo considerou a Francesinha do Café Guarda Sol entre as "top 5" a nível Nacional.

  E como este café já faz parte da história da Póvoa de Varzim pelo menos desde o inicio do Século XX, vou colocar a seguir algumas antigas fotografias do Café Guarda Sol.  



 No início do Século XX, mesmo em cima da praia no local onde actualmente existe o Café Guarda Sol, no Verão era montada uma tenda gigante com o formato de um Guarda Sol, que funcionava como café de apoio aos veraneantes.



 No painel de azulejos também está representado com era esse Guarda Sol Gigante, no ano de 1920.



 Anos mais tarde em 1937, no local onde era montada a tenda gigante com o formato de um Guarda Sol, foi edificado um novo "Café Guarda Sol", já com aspecto de mais definitivo para servir de apoio aos veraneantes.



 No ano de 1985, no mesmo local em cima da praia foi edificado agora de forma definitiva uma nova estrutura para funcionar como café e restaurante, cuja arquitectura talvez em memória da enorme tenda primitiva também tinha o formato de um Guarda Sol Gigante.



 Posteriormente o Café Guarda Sol, sofreu obras de melhoramento, mas no seu centro como suporte do tecto continua a existir uma coluna central em forma de um Guarda Sol Gigante.



 Ainda na Avenida dos Banhos logo à frente do café Guarda Sol, passamos pelo também famoso Café Diana Bar.



 Agora vou fazer aqui um pequeno desvio, vou sair do Passeio Alegre e vou à Avenida Mouzinho da Silveira fazer uma visita à Igreja Paroquial de São José de Ribamar.



 Já gostava muito desta Igreja Paroquial de São José de Ribamar, pelas suas cores, pela arquitectura e pelo seu bonito interior, mas ainda passei a gostar mais porque recentemente o baptizado da minha neta mais nova foi aqui realizado.



 A Igreja Paroquial de São José de Ribamar.



 No interior da Igreja Paroquial de São José de Ribamar.



 O enorme vitral da Igreja Paroquial de São José de Ribamar por onde entra a luz natural, e os tectos que são revestidos a madeira com umas ondulações para além de serem muito modernos, são muito bonitos.



 No interior da Igreja Paroquial de São José de Ribamar.



 A Pia Baptismal da Igreja Paroquial de São José de Ribamar, onde foi baptizada a minha neta mais nova que é natural da Póvoa de Varzim.



 O baptizado da minha neta mais nova foi aqui nesta Igreja Paroquial de São José de Ribamar.



 E agora depois deste pequeno desvio para ver a Igreja, voltamos para o trajecto inicial, e já estamos de novo no Passeio alegre, onde hoje está a decorrer a feira do livro.



 No Passeio Alegre.



 Na colecção de postais antigos da Póvoa de Varzim, encontrei esta antiga fotografia da Zona do Passeio Alegre.

 Nesta antiga fotografia acima, podemos ver mesmo em cima da praia o Café Diana Bar e o Café Guarda Sol, nesta altura o centro da praça era todo ajardinado, e no topo norte da praça ainda não existia o monstruoso edifício da Sopete.



 Outra antiga fotografia da Zona do Passeio Alegre, onde também podemos ver mesmo em cima da praia o Café Diana Bar e o Café Guarda Sol, nesta altura o centro da praça era ajardinado, e no meio da praça existia um lago com jactos de água.



 Outra antiga fotografia da Zona do Passeio Alegre, onde vemos o Grande Hotel da Póvoa, e à direita o Monumento em Homenagem ao Cego do Maio, o centro da praça ainda era todo ajardinado.



 No mural de azulejos também está representado como era o Passeio Alegre em 1950.



 Agora estamos novamente na Zona do Passeio Alegre, na frente do Monumento em Homenagem ao Cego do Maio, ao fundo temos o Grande Hotel da Póvoa.



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 Também na colecção de postais antigos da Póvoa de Varzim, encontrei esta antiga fotografia da Zona do Passeio Alegre, nesta altura já existia o Monumento em Homenagem ao Cego do Maio.

 Continuamos esta nossa grande caminhada pela Cidade da Póvoa de Varzim, e agora vamos sempre pela marginal, vamos caminhar sempre com o Mar à vista.

 Logo à frente do Passeio Alegre, passamos pelo Casino da Póvoa, e chegamos à rua que dá acesso à nova Lota da Póvoa, e ao Porto de Pesca, e encontramos o Mural de Azulejos onde estão as imagens de como era a Póvoa de Varzim noutros tempos.



 E cá estou eu já na rua que dá acesso ao Porto de Pesca e à Nova Lota, mesmo na frente do Mural de Azulejos.



 Mesmo na frente do Mural de Azulejos.



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 Neste Mural de Azulejos vemos a evolução do nome da Póvoa de Varzim ao longo dos tempos.



 Ainda no Mural de Azulejos.



 Agora estamos a passar pelo Casino da Póvoa.



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 Continuamos a caminhar e agora passamos numa zona pedonal com bancos para descansar, e que está toda ladeada com árvores como eu gosto.



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 Nesta zona pedonal existe esta fonte com jactos de água, e hoje está aqui a acontecer uma exposição.



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 Continuamos a caminhar pela marginal da Póvoa em direcção a Sul, e passamos mesmo em frente ao Porto de Pesca e à Nova Lota.



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 Estou mesmo em frente ao Porto de Pesca e à Nova Lota, era aqui nesta enseada que antigamente os Barcos eram puxados para a praia para descarregavam o peixe, que depois ia para a Lota que era do outro lado da rua.



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 E continuo a caminhar pela estrada marginal do Póvoa em direcção a Sul, vamos sempre ao lado do Mar.



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 E continuamos a caminhar pela estrada marginal da Póvoa em direcção a Sul, vamos sempre ao lado do Mar, e agora já se começam a ver alguns veraneantes nas praias de Vila do Conde.



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 Já se começam a ver muito mais veraneantes nas praias de Vila do Conde. 



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 E agora vamos  descansar um bocado, porque dar esta volta que embora tendo só 8 Km se tornou muito cansativa, porque tinha-mos que estar sempre a parar para tirar fotografias, por isso vamos sentar-nos um bocado a apanhar esta brisa marítima do final da tarde.



 E prontus, vamos abalar de volta até casa, até porque  já está a ficar um bocado escuro. 

 E só para terminar, continuo a dizer que a sobremesa da Póvoa de Varzim de que gosto mais é sem qualquer duvida a Rabanada Poveira.

 Fernando Almeida & Natividade Sousa