sexta-feira, 6 de abril de 2018

 Uma agradável Coincidência, que me fez recordar o tempo em que trabalhava na Fábrica de Elevadores da Efacec, na Arroteia. 



 Vou então contar como é que me aconteceu essa agradável coincidência.

 Ando há meses a fazer uma pesquisa sobre uma pedreira de Ardósias, tenho essa pesquisa bastante adiantada, mas gostava de ter mais informações sobre as datas e os registos, tentei arranjar informações nos Registos Comerciais de Valongo e do Porto, mas tive azar, não encontrei nada.

 Depois fui procurar no Arquivo Distrital no Porto, que fica junto à cadeia da Relação, mas lá só existem registos a partir do ano de 1961, todos os registos anteriores estão arquivados nas catacumbas dos registos centrais.

 Depois lembrei-me que em tempos existia em Valongo o Acervo Mineiro, e o Sindicato dos Mineiros.



 Era no primeiro andar deste edifício que estavam instalados o Acervo Mineiro, e o Sindicato dos Mineiros de Valongo.

 Mas essas instalações já estão fechadas há muitos anos, andei a fazer umas perguntas, e disseram-me que talvez encontrasse alguma documentação sobre as minas, no Museu e Arquivo Histórico de Valongo.  



 O Museu e Arquivo Histórico de Valongo, está instalado neste edifício à direita, que era desde há 180 a sede dos Paços do Concelho, na Rua de São Mamede.

 Resolvi então ir ao Museu para ver se encontrava alguma documentação sobre as ditas Minas de Ardósia de Valongo.

 Cheguei ao Museu e falei com a menina que estava na recepção, perguntei-lhe se o espólio do Acervo Mineiro de Valongo estaria arquivado no Museu, ela não sabia, mas prontificou-se a chamar a Dra. Paula, responsável pelo Museu que talvez ela me esclarecesse sobre o assunto.



 A placa informativa que está na entrada do Museu e Arquivo Histórico do Município de Valongo.

 ......Continuando com a história da coincidência no Museu, espero um bocado até que chega à minha beira a Dra. Paula, perguntei-lhe se a dita documentação do Acervo Mineiro estaria arquivada no Museu, mas ela informou-me que o Museu não alberga objectos, todos os documentos estão à guarda do Arquivo Municipal, mas que a responsável do Arquivo não se encontrava ao serviço.

 ......Continuamos a falar sobre as Minas, quando ela vai buscar algumas fotografias que tinham sido entregues à pouco tempo ao Museu, quando vi as fotos disse-lhe que era exactamente dessa pedreira que eu estava a falar, essa pedreira era do meu avô, e quando ele faleceu em 1934, foi comprada pelo meu tio Manuel da Costa, que era quem aparecia nas fotografias que me estava a mostrar.

 ......Ainda estávamos a conversar quando aparece um técnico da empresa de Elevadores Schmitt Sohn, e diz à Dra. Paula que o Elevador já estava pronto, ela perguntou-lhe se ele tinha conseguido eliminar o ruído que o Elevador estava a fazer, ele diz-lhe que sim.

 ......Como era um técnico da Schmitt Elevadores, e como eu ainda tenho o bichinho dos Elevadores, perguntei-lhe se ele dominava bem o comando MC10, ele diz-me que sim, e perguntou-me se eu trabalhava em Elevadores.

 ......Eu disse-lhe que tinha trabalhado toda a vida em Elevadores, que tinha começado a trabalhar em 1971 no sector de montagem de Elevadores da Efacec.

 ......Acabei o dialogo com o técnico da Schmitt, e ele lá foi à vida dele, continuei com a Dra. Paula que ouviu o meu diálogo com o técnico da Schmitt Elevadores.

 Depois do técnico da Schmitt Elevadores ir embora, diz-me a Dra. Paula:

 ......O meu Pai também trabalhou na Divisão de Elevadores da Efacec, se calhar você conheceu-o?

 Eu fiquei logo cheio de curiosidade, pois acho que conheço toda a gente da antiga Divisão de Elevadores da Efacec, e perguntei-lhe:

 ......Como é que o seu pai se chama? 

 ......O meu pai é o Manuel Jorge dos Santos Machado, de Ermesinde. 

 ......Quando eu lhe pergunto se é filha do Sr. Jorge Machado, que trabalhou na sala de estudos da Divisão de Elevadores da Efacec, e ela me diz que sim, até fiquei emocionado, não resisti, pedi para lhe dar um abraço.

 Na Efacec o pai da Dra. Paula era conhecido por Sr. Jorge Machado, por isso não associei logo o nome.



 Fotografia do início dos anos 70 da primitiva Sala de Estudos da Divisão de Elevadores.

 Nesta fotografia reconheço o Júlio Resende o Valdemiro, o Sr. Jorge Machado, e o Sr. Arlindo Ribeiro que na altura devia ser o chefe da sala.

 Nesta altura a Sala de Estudos ainda era no Edifício da Aparelhagem Eléctrica, AE, funcionava em conjunto com os Estudos Gerais. 

 Continuando com a história da coincidência no Museu, continuei o diálogo com a filha do Sr. Jorge Machado, a Dra. Paula e disse-lhe:

 ......Olhe eu nunca a tinha visto, mas é como se a conhece-se desde sempre, eu conversava muito com o seu pai, sei que você é formada em história, sei que na sua viagem de núpcias foi ao Egipto e foi ver as pirâmides de Gizé, o seu pai sempre teve o desejo de que você trabalhasse na Câmara de Valongo e você conseguiu.

 ......A Dr. Paula diz-me que efectivamente foi o pai, quem viu o pedido de uma museóloga para a Câmara de Valongo, e que depois a avisou, ele sabia que ela não queria continuar a dar aulas por mais tempo, já lá andava há 15 anos e já tinha feito pós-graduação em museologia.

 ......Ele sabia que ela gostaria de mudar de profissão, para a área que desde criança a apaixonava, que era trabalhar num Museu, e não tinha que ser em Valongo, o local era indiferente, desde que fosse num Museu.

 ......Já no ano 2000 tinha tido a hipótese de ir trabalhar para os Museus de Gaia, mas tinha recusado, porque no dia em que foi fazer a entrevista demorou 3 horas para lá chegar.

 ......Candidatou-se então para o Museu de Valongo, e acabou por ser ela a escolhida para o cargo, tendo no espaço de 1 ano aberto não 1, mas 3 Museus!      

 Continuamos a conversar e eu disse-lhe, nos finais dos anos 70, fui trabalhar para a mesma sala de Estudos dos Elevadores onde trabalhava o seu pai, nessa altura o chefe da sala já não era o Sr. Arlindo Ribeiro, que a Dra. Paula conhece, quando fui para lá o chefe já era o Eng. Mário Ribeiro.

 ......Pouco tempo depois de ter ido trabalhar para a Sala de Estudos, o Eng. José António saiu da Sala de Estudos e foi trabalhar em conjunto com o Sr. Alberto Moreira, para a sala de projectos de montagem de Elevadores, nessa altura eu mudei para o lugar do Zé António, e a minha secretária e o meu estirador eram mesmo na frente ao lugar onde estava o seu Pai.



 Outra fotografia do inicio dos anos 70 da Sala de Estudos da Divisão de Elevadores, nesta fotografia reconheço o Júlio Resende, o Valdemiro, o Alberto Duarte e o Sr. Jorge Machado à esquerda, esta sala de estudos estava toda equipada com estiradores de desenho da Molin. 

 Continuando com a história da coincidência no Museu, continuei o meu diálogo com a filha do Sr. Jorge Machado, a Dra. Paula e disse-lhe:

 ......O seu Pai só trabalhava em projectos mecânicos relacionados com Elevadores, e eu só tratava da parte eléctrica dos Elevadores, mas dava-me muito bem com ele.
 ......Lembro-me que que o carro dele era um Renault 12, que gostava muito de passar férias fora do País, mas antes de partir de férias fazia sempre uma revisão geral ao carro, até desmontava os faróis e os farolins, para lubrificar as cocas, para não ganharem ferrugem.



 Outra fotografia também dos inícios dos anos 70, com todo o pessoal da Divisão de Elevadores.

 Reconheço a maioria dos presentes nesta fotografia, mesmo no meio da fotografia ao fundo aparece o Sr. Jorge Neves que nesta altura já devia ser o Chefe da Divisão, o Sr. Jorge Machado é o primeiro da esquerda que está sentado. 

 Continuando com a história da coincidência no Museu, continuei o diálogo com a filha do Sr. Jorge Machado, a Dra. Paula:

 ......Sabe, lembro-me de que pelo menos uma vez, fui com o seu pai e o Eng. Caldeira, fazer uma formação a Lisboa, era sobre Elevadores com Centrais Hidráulicas da Beringer.

 ......Passamos uma semana no edifício Sede da Caixa Geral de Depósitos em Lisboa, ainda tenho guardado o canivete Suíço da Beringer, que foi dado a todos os participantes nessa formação, o seu pai também ainda deve ter o dele.

 Foi neste edifício sede da Caixa Geral de Depósitos que estivemos a ter formação da Beringer, para mim este é o edifício mais bonito de Lisboa.

 Continuei o diálogo com a filha do Sr. Jorge Machado:

 ......Essa formação na CGD em Lisboa, foi dada por um Eng. Alemão, e como sabe o seu pai falava fluentemente Alemão e era o nosso tradutor.

 ......Quando o Eng. Andrade Ferreira, sucedeu ao Sr. Jorge Neves na direcção da Efacec Elevadores, teve uma secretária que tal como o seu pai também falava várias línguas, entre elas o Alemão, e era um gosto vê-los a falar Alemão. 

 Continuamos a conversar, quando demos por ela os funcionários já tinham fechado as portas do Museu, tinham ido almoçar e já estavam a regressar quando nos despedimos.

 Ficou combinado eu voltar ao Museu, para ver se encontro os tais arquivos do Acervo Mineiro ou das Minas de Ardósia de Valongo. 



 Fotografia da Sala de Estudos da Divisão de Elevadores da Efacec, nos finais de 1970, nesta altura eu já trabalhava nesta sala, era o mais novo da sala.

 E agora vou contar um bocadinho de como foram os meus primeiros anos, depois que fui transferido do sector de assistência técnica que era na rua de Sá da Bandeira, no Porto, para a Sala de Estudos da Divisão de Elevadores na Arroteia.  

 Na fotografia acima estamos à volta do meu estirador da Molin, a começar da esquerda, estou eu, depois à direita ao fundo está o Eng. José António que na altura usava barba, depois está o Fernando Duarte, depois o Francisco Parracho também de barba, depois está o Eng. Filipe Mello, depois o chefe da sala o Eng. Mário Ribeiro, e mais à direita está o Eng Caldeira da Silva.

 Nesta fotografia não aparecem 3 pessoas que na altura também trabalhavam na Sala de Estudos, são a Maria Arminda, o Sr. Mário Delgadinho, e o Sr. Jorge Machado, o estirador do Sr. Machado é o que está levantado por trás de nós junto à janela, se calhar foi ele quem tirou a fotografia.







 Eram estes os estiradores Molin da nossa sala de Estudos da Divisão de Elevadores da Efacec, ainda tenho guardadas duas réguas da Molin com os 4 furos de fixação. 





 As máquinas dos Estiradores da Molin. 





 Ainda tenho guardadas como recordação estas duas réguas dos Estiradores da Molin.










 Quando fui trabalhar para a Sala de Estudos dos Elevadores todos os planos eram desenhados no estirador, os desenhos eram feitos em papel vegetal, para depois ser possível tirar cópias, porque na altura ainda não existiam fotocopiadoras.



 Os planos eram primeiro desenhados a lápis, depois é que todos os traços, cotas, simbologia e legendas, eram passados por cima com canetas de tinta permanente, nanquim, para isso eram utilizadas umas canetas próprias da Molin, que tal como as lapiseiras de minas, também existiam de todas as espessuras de 0,05 a 2,0 m/m.

 Nesse tempo ainda não se utilizavam computadores, ainda não tinha sido inventado o desenho assistido por computador, e o Auto-Cad, e o Ecad, ainda estavam longe.   




 Fui transferido do sector da assistência técnica dos elevadores, que era na Rua de Sá da Bandeira no Porto, nos finais de 1970, para a sala de estudos da Divisão de Elevadores na fábrica da Arroteia.

 Nessa altura passei da categoria de oficial para técnico fabril, fui subindo até que ao fim de alguns anos atingi em o topo da categoria que era técnico fabril mais de 6 anos.

 Atingindo a categoria de técnico fabril mais de 6 anos, as promoções deixavam de ser automáticas pelo número de anos, a parti daí só existia subida de categoria por mérito.

 Em 1988 achei que já era altura de passar para a categoria de projectista, fiz um pedido para ser reclassificado, reuni numa pasta algumas dezenas de planos de placas de circuitos impressos, pcb's, de planos de várias instalação eléctrica de elevadores, com Comandos QAS, com Comandos QCN, Comandos QS, Comandos QCP, etc...

 Até reuni planos de armários para capsular quadros, conclusão juntei uma enorme quantidade de planos, tudo para mostrar quando fosse avaliado.

 Mas quando mostrei a pasta com aquela quantidade de documentos ao Eng. Mário Ribeiro, que era o meu chefe ele chamou-me à realidade.





 Alguns dos Circuitos Impressos, pcb's, que foram projectados e desenhados por mim.

 O Eng. Mário Ribeiro chamou-me à realidade, e disse-me que todos os planos que eu tinha reunido na pasta até tinham sido desenhados por mim, e até tinham a minha assinatura na legenda, mas que não eram projectos meus, eram projectos de outros, que tinham sido adaptados, e redesenhados por mim para outras instalações.

 Disse-me que para a minha avaliação só poderia apresentar projectos mesmo meus, tudo o resto não iria contar, quando ele me disse aquilo fiquei um bocado apreensivo por ter pedido para ser avaliado.



 Na década de 1970 e 1980 os circuitos impressos, pcb's, eram feitos utilizando estas decalco-manias, ainda hoje tenho uma pasta cheia delas do tempo em que trabalhava na Sala de Estudos.

 Mas depois o Eng. Mário Ribeiro auxiliou-me a fazer a escolha de projectos mesmo meus, aí fiquei com uma pasta de documentação para a avaliação muito mais reduzida, mas eram tudo de coisas projectadas e desenvolvidas por mim, tinha vários Circuitos Impressos, pcb's, tinha projectos da parte eléctrica de várias instalações, e tinha como projecto principal o Comando QCP Hidráulico.

 Este Comando QCP Hidráulico contemplava todo o tipo de opções que os Elevadores pudessem ter, estava previsto para funcionar com Elevadores de patim móvel, e com portas semí-automáticas no patamar, portas pb2.

 Mas também estava previsto para funcionar em elevadores com portas automáticas, tanto na cabina como no patamar, também estava previsto para funcionar com centrais hidráulicas de arranque directo, e com arranque estrela-triângulo, e também podia funcionar só com uma central hidráulica, ou com central dupla.

 Enfim acho que esse Comando QCP Hidráulico dos anos 80, cobria a grande maioria das opções que os Elevadores pudessem ter. 

 Ainda hoje tenho em meu poder uma pasta com todos os planos do Comando QCP Hidráulico, mas antes deste Comando já tinha desenvolvido um outro Comando Hidráulico do tipo QAS, que era com relés de 3 inversores e contactores, mas já lhe tinha introduzido muitas modernices dos anos 80, actualmente ainda existem alguns destes primitivos Comandos QAS Hidráulicos em funcionamento, como na cantina da Efacec na Maia.

 Na pasta que fiz para a minha avaliação, também juntei todos os planos deste Comandos QAS Hidraúlico, juntei também planos de algumas coisas avulso de que agora não me lembro, mas mesmo assim estava um bocado apreensivo com a avaliação.



 Alguns dos muitos planos que fazem parte do Comando QCP Hidráulico, que acho deve ter contribuído muito para a minha reclassificação como projectista.

 Quem me veio fazer a avaliação foi um engenheiro do ID, Investigação e Desenvolvimento, estiveram presentes na avaliação o meu chefe directo o Eng. Mário Ribeiro, e o Chefe da Divisão de Elevadores o Sr. Jorge Neves.

 O avaliador viu toda a documentação que apresentei, fez-me algumas perguntas rápidas, levou com ele a pasta que eu tinha preparado com a documentação para analisar, e disse que posteriormente daria a resposta ao pedido.

 Passados poucos dias recebi a resposta, o pedido foi deferido, tenho pena mas já procurei e não encontro o documento do deferimento do meu pedido, para ser reclassificado como projectista com a assinatura do Eng. que me fez a avaliação.

 Quando mais tarde frequentei o curso de electrónica básica, e de electrónica de potência, esse eng. que me fez a avaliação ministrava uma das disciplina.



 Um Comando QCP Hidráulico, ainda existem muitos em funcionamento, por exemplo no pavilhão multiusos de Matosinhos ainda existem 4.

 Como se pode ver nos recibos de vencimento da Efacec que pus acima, passei a projectista no mês de Abril de 1988, tive um aumento de vencimento mensal de 6130 Escudos, mas mais do que o aumento de vencimento a passagem a projectista encheu-me de orgulho.

 Mas posso dizer que a minha reclassificação para projectista suscitou muita inveja, não dos meus colegas da sala de estudos, mas de alguns colegas de outras salas, que começavam a gozar comigo, por exemplo ao atravessar uma sala cheguei a ouvir várias vezes o comentário, isto agora qualquer merda passa a projectista, o que quase me fazia vir as lágrimas aos olhos.

 Mas se alguém se sentisse mal com a categoria que tinha, e pretendesse ser reclassificado, só tinha que preencher o documento com o pedido de reclassificação como eu tinha feito e esperar pela resposta. 

 Fiquei muito agradecido ao Eng. Mário Ribeiro, por me ter auxiliado quando me chamou à razão, e entendi que fazer um desenho de um projecto feito por outra pessoa, não nos torna projectistas.





 Tomando por exemplo esta placa de emergência, posso dizer que tudo o que está com ela relacionado, desenhar o circuito impresso, pcb, que ainda foi feito com decalco-manias, fazer todos os planos da implantação de materiais, fazer o esquema eléctrico, e o plano h, com a listagem de todos os materiais, foram feitos por mim.

 Depois ainda fui eu quem fabriquei todas as placas, e também fui eu quem fiz a posta em marcha de todas as instalações, onde essa placa foi utilizada.

 Mas apesar de ter feito tudo o que estava relacionado com esta placa de emergência, não a podia apresentar como um projecto meu, porque na realidade quem a projectou foi o Francisco Parracho.

 Pouco tempo depois apareceu o programa de desenho de circuitos impressos, pcb's, chamado smart-work-pcb, que já dava para desenhar os circuitos impressos no computador.

 Mais tarde apareceu o programa ecad, e foi com ele que o Belmiro Madeira e o Eng. Teixeira Dias, fizeram os "pcb" das placas para os comandos "cpu" e para os comandos Multi-Mic


 Alguns dos circuitos impressos "pcb's" onde já utilizei o programa de desenho assistido por computador, chamado smart-work-pcb.

 Mais tarde em Fevereiro de 1990, já o Eng. Andrade Ferreira tinha sucedido ao Sr. Jorge Neves como director da Efacec Elevadores S.A., fui reclassificado para a categoria de Técnico Industrial, que era a categoria máxima que poderia atingir, a partir daí começava a Engenharia.

 Nessa altura tive um aumento de 11 contos, mas para além do aumento de vencimento a categoria de Técnico Industrial deu-me direito a um passe que me autorizava a meter o carro no parque interior, que ficava atrás do edifício da Robótica.

 E assim já não tinha que deixar o carro no parque "c", que era do outro lado da linha do comboio de Leixões, e depois ter que fazer 1 km à chuva até chegar à Divisão dos Elevadores, enfim coisas antigas mas que para mim foram muito importantes na altura.     

 Em Valongo para além do Museu Municipal e do Arquivo Histórico, também existe o Museu da Lousa, que fica na freguesia de Campo.

 Resolvi fazer esta publicação porque gostei muito desta coincidência em que fiquei a conhecer a Drª Paula Machado, filha do Sr. Jorge Machado, que me fez recordar os tempos em que trabalhava na sala de estudos da fábrica de elevadores da Efacec, na Arroteia.

Fernando Almeida