quarta-feira, 23 de setembro de 2015

 Os Elevadores das Torres Gémeas do Worl Trade Center. 



 Motores Corrente Continua, Ward Leonard System, da OTIS.



 O Worl Trade Center.



 O Worl Trade Center.



 Cada uma das Torres do Worl Trade Center estava equipada com 95 elevadores e 3 Monta-Cargas.

 As Torres estavam divididas em três zonas, a Zona 1 ia do piso 1 até ao piso 43, a Zona 2 ia do piso 44 até ao piso 77, a Zona 3 ia do piso 78 até ao piso 110.

 Cada uma dessas três zonas estava equipada como se fosse um edifício independente, as duas zonas superiores Z2 e Z3 estavam ligadas ao nível da rua por duas baterias de Elevadores, designadas por R1 e R2.

 A Bateria R1 era composta por 11 Elevadores com capacidade para 60 pessoas, 4500 Kg, com a velocidade de 8 m/s.

 A Bateria R2 era composta por 12 Elevadores com capacidade para 60 pessoas, 4500 Kg, com a velocidade de 8 m/s.

 Faço esta publicação em homenagem às milhares de pessoas que perderam a vida no atentado de 11 de Setembro de 2001 às Torres Gémeas do World Trade Center, em New York, entre eles estavam 5 Portugueses.



 As Torres Gémeas do World Trade Center.

 Sempre que me lembro deste horroroso atentado lembro-me que entre as milhares de vitimas,  muitas delas deviam estar encarceradas dentro das cabinas dos 95 Elevadores e 3 Monta Cargas, que existiam em cada uma das Torres que tinham 110 pisos.



 Muitas das pessoas que terão ficado encarceradas dentro das cabinas dos elevadores, nem se devem ter apercebido do que aconteceu, o impacto dos aviões nas Torres deve ter provocado de imediato um corte geral de energia que deve ter feito parar todos elevadores, é horrível pensar que as pessoas terão ficado a tocar no alarme pois este é alimentado por baterias e mantém-se sempre activo.

 Terão ficado a tocar no alarme à espera de serem resgatados do interior das cabinas pelos Técnicos dos Elevadores.

 Imagino que devem ter sido chamado todos os técnicos da Empresa de Manutenção dos Elevadores, muitos desses técnicos também devem ter sido vitimas quando as Torres Colapsaram. 



 Só para termos a noção da altura das Torres, ponho esta foto tirada de cima para baixo, são mais de 400 metros.

 Anexo a seguir as 4 páginas do folheto da Otis, onde está explicado como teria sido a implantação dos Elevadores se tivesse sido adoptada uma Concepção Tradicional.

 Se tivesse sido adoptada a concepção tradicional, a área horizontal dos pisos ficaria práticamente toda ocupada pelos Elevadores, ficando somente um pequeno espaço junto às  janelas, conforme se pode ver na página 2 do folheto.

 Mas conforme poderemos ver na Página 2 do folheto que ponho a seguir, foi adoptado um projecto completamente inovador apresentado  pela Otis.  





 Na primeira página do folheto da Otis podemos ver a maqueta das Torres Gémeas, e dos Edifícios circundantes do World Trade Center.



 Nesta segunda Página do folheto da Otis podemos ver o plano com a concepção tradicional, e o plano da Otis que foi o adoptado, se tivesse sido adoptada a concepção tradicional a área horizontal livre nos pisos seria práticamente toda ocupada pelos Elevadores.

 A solução apresentada pela Otis foi a adoptada, porque libertou muito mais a área horizontal livre nos pisos.

 Foi a primeira vez na minha vida que vi esta solução aqui apresentada pela Otis, considero-a uma Solução completamente inovadora, nunca a vi aplicada em mais nenhum edifício só lhe encontro um inconveniente que porei mais à frente.



 Na terceira página do folheto podemos o plano proposto pela Otis, que foi o adoptado, onde vemos que o edifício foi dividido em 3 Zonas.

 O plano apresentado pela Otis que acabou por ser adoptado era o seguinte, o Edifício era dividido em Três Zonas, cada uma dessa Zona era servida como se se tratasse de um Edifício Independente, como descrevo a seguir.  

 A Zona 1 ia do piso 1 ao 43, e era servida por 4 Baterias de Elevadores Sextuplex A1, B1, C1 e D1, portanto 24 elevadores com capacidade para 21 pessoas, 1600 kg, estes elevadores tinham velocidades que variavam de 2,50 a 7,00 m/s.

 A Zona 2 começava no piso 44 e ia até ao piso 77, existia uma Bateria de Elevadores expressos designada por R1, com 11 Elevadores com capacidade para 60 pessoas, 4500 kg com velocidade de 8,00 m/s, estes 11 Elevadores eram Expressos, só funcionavam do piso de entrada e levavam as pessoas até ao piso 44.

 Depois no piso 44 as pessoas tinham que sair desses Elevadores expressos e apanhavam os Elevadores das Baterias Sextuplex A2, B2, C2 e D2, portanto 24 elevadores que serviam todos os pisos do 44 ao 77, estes 24 elevadores do 44 ao 77 tinham a capacidade para 21 pessoas, 1600 kg e velocidades variáveis de 2,50 a 7,00 m/s. 


 A Zona 3 começava no piso 78 e ia até ao piso 110, existia uma Bateria de Elevadores designada por R2, com 12 Elevadores com capacidade para 60 pessoas, 4500 kg com velocidade de 8 m/s, estes 12 Elevadores Expressos só funcionavam do piso de entrada, e levavam as pessoas até ao piso 78.

 Depois no piso 78 as pessoas tinham que sair desses Elevadores expressos e apanhavam os Elevadores das Baterias Sextuplex A3, B3, C3 e D3, portanto 24 elevadores que serviam todos os pisos do 78 ao 110, estes 24 elevadores do 78 ao 110 tinham a capacidade para 21 pessoas, 1600 kg e velocidades variáveis de 2,50 a 7,00 m/s. 



 Nesta quarta página do folheto da Otis, podemos ver um gráfico comparativo das alturas de vários edifícios e monumentos de diversas partes do Mundo.

 Quando analisei este plano apresentado pela Otis, que acabou por ser o adoptado, achei-o muito inovador nunca tinha visto nada do género, nem nunca mais vi esta solução aplicada noutro Edifício, o número de elevadores relativamente a uma solução tradicional foi muito reduzido, o tempo de viagem para chegar aos pisos também deve ter sido muito reduzido, relativamente a uma solução tradicional em que os Elevadores iriam a parar piso a piso.


 Como no folheto da Otis em França se utiliza o mesmo termo que em Portugal, a um grupo de Elevadores a trabalhar em conjunto chamam Bateria de Elevadores, vou por aqui esta fotografia de um Lobby com uma Bateria de Elevadores, esta foto não é das Torres Gémeas. 

 O único inconveniente que vejo nesta solução apresentada pela Otis, que acabou por ser a solução adoptada, é que todas as pessoas que trabalhavam do piso 44, até ao 110, tinham obrigatoriamente que apanhar 2 elevadores, apanhavam primeiro um expresso, tinham que sair e depois apanhar um dos elevadores da zona respectiva para irem para o piso pretendido.   



 Outra fotografia de um Lobby com uma Baterias de Elevadores, esta foto também não é das Torres Gémeas.

 Este folheto onde se pode ver o plano proposto pela Otis para as Torres Gémeas do World Trade Center, foi-me dado pelo Manuel Viana que trabalhou comigo primeiro na Efacec Elevadores e depois na Schindler, sempre como Comercial, anteriormente ele trabalhava na Otis na Região de Paris.



 Uma Casa de Máquinas de Elevadores com motores de Corrente Continua, Ward Leonard System, que devia ser a tecnologia dos Elevadores das Torres, esta Casa de Máquinas não é das Torres Gémeas.



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 Em memória das vítimas deste trágico dia 11 de Setembro de 2001, todos os anos nesta data partilharei esta publicação.     

Fernando Almeida