Vou então contar esta agradável coincidência, que me fez recordar do tempo em que trabalhava na Sala de estudos da Divisão de Elevadores da Efacec, na Arroteia:
Ando há meses a fazer uma pesquisa sobre uma pedreira de Ardósias, tenho essa pesquisa bastante adiantada, mas gostava de conseguir mais algumas informações sobre as datas, e os seus registos.
Primeiro tentei arranjar essas informações, nos Registos Comerciais de Valongo, depois tentei nos Registos Comerciais do Porto, mas tive azar, não encontrei nada em lado nenhum.
Depois fui procurar no Arquivo Distrital no Porto, que fica junto à cadeia da Relação, mas lá só encontrei registos a partir do ano de 1961, todos os registos anteriores já estão arquivados nas catacumbas dos registos centrais.
Depois lembrei-me que em tempos existia em Valongo o Acervo Mineiro, e o Sindicato dos Mineiros.
Era aqui no primeiro andar deste edifício, que estavam instalados o Acervo Mineiro, e o Sindicato dos Mineiros de Valongo.
Mas essas instalações já estão fechadas há muitos anos, andei a fazer umas perguntas, e disseram-me que talvez encontrasse alguma documentação sobre as minas, no Museu e Arquivo Histórico de Valongo.
O Museu e Arquivo Histórico de Valongo, está instalado na mesma rua mesmo ao lado, neste edifício à direita, que era desde há 180 a sede dos Paços do Concelho, na Rua de São Mamede.
Resolvi então ir ao Museu para ver se encontrava alguma documentação sobre as ditas Minas de Ardósia de Valongo, e mais concretamente sobre a pedreira do meu avô.
Cheguei ao Museu, e perguntei à menina que estava na recepção, se o espólio do Acervo Mineiro de Valongo estaria arquivado no Museu, ela não sabia, mas prontificou-se a chamar a Dra. Paula machado, responsável do Museu, que talvez ela me esclarecesse sobre o assunto.
Esta é a placa informativa que está na entrada do Museu e Arquivo Histórico do Município de Valongo.
......Continuando com a história da coincidência no Museu:
......Estou então na portaria do Museu de Valongo, espero um bocado até que chega a Dra. Paula Machado, perguntei-lhe se a dita documentação do Acervo Mineiro estaria arquivada no Museu, mas ela disse-me que o Museu não alberga objectos, todos os documentos estão à guarda do Arquivo Municipal, mas que a responsável do Arquivo não se encontrava ao serviço.
......Continuamos a falar sobre as Minas, quando ela vai buscar algumas fotografias que tinham sido entregues à pouco tempo ao Museu, quando vi as fotos disse-lhe que era exactamente dessa pedreira que eu estava a falar, essa pedreira era do meu avô.
......E só quando o meu avô faleceu em 1934, é que essa pedreira foi comprada pelo meu tio Manuel da Costa, que era quem aparecia nas fotografias que me estava a mostrar.
......Estivemos a conversar mais um bocado, quando aparece um técnico da empresa de elevadores Schmitt Sohn, e diz à Dra. Paula que a avaria do elevador já estava resolvida, ela ainda lhe perguntou se ele tinha conseguido eliminar o ruído que o Elevador fazia, ele diz-lhe que sim.
......Como era um técnico da Schmitt, e como eu ainda tenho o bichinho dos elevadores, por curiosidade perguntei-lhe se ele conhecia o comando MC10, ele disse-me que sim, e perguntou-me se eu trabalhava em Elevadores.
......Eu disse-lhe que agora já estava reformado, mas que tinha trabalhado toda a vida em elevadores, que tinha começado a trabalhar em 1971, no sector de montagem de Elevadores da Efacec.
......Acabei o meu pequeno dialogo com o técnico da Schmitt, e ele lá foi à vidinha dele.
......Continuei com a Dra. Paula Machado, que ouviu o meu diálogo com o técnico da Schmitt.
Depois do técnico de elevadores da Schmitt ir embora, diz-me a Dra. Paula:
......O meu pai também trabalhou na Efacec, na Divisão de Elevadores, se calhar você ainda o conheceu?
Eu fiquei logo com curiosidade, pois acho que conheço toda a gente da antiga Divisão de Elevadores da Efacec, e perguntei-lhe:
......Como é que o seu pai se chama?
......O meu pai é o Manuel Jorge dos Santos Machado, e somos de Ermesinde.
......Quando lhe perguntei se é filha do Sr. Jorge Machado, que trabalhou na sala de estudos da Divisão de Elevadores da Efacec, e ela me diz que sim, até fiquei emocionado, não resisti, pedi para lhe dar um abraço.
Não associei logo o nome porque na Efacec, o pai da Dra. Paula, era conhecido por Sr. Jorge Machado.
Nesta fotografia da década de 1970, tirada na Sala de Estudos da Divisão de Elevadores, reconheço o Júlio Resende, o Valdemiro, o Sr. Jorge Machado, e o Sr. Arlindo Ribeiro que nesta altura devia ser o chefe da sala.
Nesta altura
a Sala de Estudos dos elevadores, ainda era lá em cima no edifício do AE,
funcionava na mesma sala dos Estudos Gerais.
Mas continuando com a história da coincidência no Museu, em que fiquei a conhecer a filha do Sr. Jorge Machado:
......Continuei o diálogo com a filha do Sr. Jorge Machado, a Dra. Paula e disse-lhe:
......Olhe isto é mesmo uma grande coincidência, eu nunca a tinha visto, mas é como se a conhece-se desde sempre, eu conversava muito com o seu pai.
......Sei que você é formada em história, sei que na sua viagem de núpcias foi ao Egipto e foi ver as pirâmides, o seu pai sempre teve o desejo de que você trabalhasse na Câmara de Valongo, e você conseguiu.
......A Dr. Paula disse-me que efectivamente foi o pai, quem viu o pedido de uma museóloga para a Câmara de Valongo, e quem depois a avisou, porque ele sabia que ela não queria continuar a dar aulas por mais tempo, já lá andava há 15 anos, e já tinha feito pós-graduação em museologia.
......Ele sabia que ela gostaria de mudar de profissão, para a área que desde criança a apaixonava, que era trabalhar num Museu, e não tinha que ser em Valongo, o local era indiferente, desde que fosse num Museu.
......Já
no ano 2000 tinha tido a hipótese de ir trabalhar para os Museus de Gaia, mas
tinha recusado, porque no dia em que foi fazer a entrevista demorou 3 horas
para lá chegar.
......Candidatou-se então para o Museu de Valongo, e acabou por ser ela a escolhida para o cargo, tendo no espaço de 1 ano aberto não 1, mas 3 Museus!
Continuamos a conversar e eu disse-lhe:
......Nos finais dos anos 70, eu fui trabalhar para a mesma sala de Estudos dos Elevadores, onde também trabalhava o seu pai, nessa altura o chefe da sala já era o Eng. Mário Ribeiro, já não era o Sr. Arlindo Ribeiro, que a Dra. Paula conhece.
......Pouco tempo depois de eu ter ido trabalhar para a Sala de Estudos, o Eng. José António saiu e foi trabalhar com o Sr. Alberto Moreira, para a sala de projectos de montagem de elevadores, nessa altura eu mudei-me para o lugar do Zé António, e a minha secretária, e o meu estirador ficaram mesmo na frente ao lugar onde estava o seu Pai.
Nesta fotografia também da década de 1970, tirada na Sala de Estudos da Divisão de Elevadores, estão o Júlio Resende, o Valdemiro, o Alberto Duarte, e o Sr. Jorge Machado à esquerda, é o único com óculos, esta sala de estudos estava toda equipada com estiradores de desenho da Molin.
Mas continuando com a história da coincidência no Museu, em que fiquei a conhecer a filha do Sr. Jorge Machado:
......Continuei o meu diálogo com a filha do Sr. Jorge Machado, a Dra. Paula e disse-lhe:
......O
seu Pai só trabalhava em projectos mecânicos relacionados com elevadores, e eu
só tratava da parte eléctrica dos elevadores, mas dava-me muito bem com ele.
......Lembro-me que na altura ele tinha Renault 12, e que gostava muito de passar as férias fora do País, mas antes de partir de férias ele fazia sempre uma revisão geral ao carro, até desmontava os faróis e os farolins, para lubrificar por detrás, por causa da ferrugem.
Nesta fotografia também da década de 1970, está práticamente todo o pessoal da Divisão de Elevadores, trabalhei com quase todos os presentes, mesmo no meio da fotografia, ao fundo encostado ao vidro está o Sr Jorge Neves que era o chefe da Divisão, o Sr. Jorge Machado é o primeiro da esquerda, que está sentado.
Mas continuando com a história da coincidência no Museu, em que fiquei a conhecer a filha do Sr. Jorge Machado:
......Continuei o diálogo com a Dr. paula, filha do Sr. Jorge Machado:
......Sabe, lembro-me de que pelo menos uma vez, fui com o seu pai, e o Eng. Caldeira, fazer uma formação a Lisboa, era sobre Elevadores com Centrais Hidráulicas da Beringer.
......Passamos
uma semana dentro do edifício Sede da Caixa Geral de Depósitos em
Lisboa, ainda
tenho o canivete Suíço da Beringer, que foi dado a todos os
participantes na formação, o seu pai também ainda deve ter o dele.
Foi neste edifício sede da Caixa Geral de Depósitos, que para mim continua a ser o edifício mais bonito de Lisboa, que estivemos a ter formação sobre centrais da Beringer.
......Continuei o diálogo com a Dr. Paula, filha do Sr. Jorge Machado:
......Essa formação em que estive com o seu pai, no edifício da CGD em Lisboa, foi dada por um Eng. Alemão, e como sabe o seu pai falava fluentemente Alemão, e era ele quem fazia de tradutor.
......Quando o Eng. Andrade Ferreira, sucedeu ao Sr. Jorge Neves na direcção da Efacec Elevadores, teve uma secretária que tal como o seu pai também falava várias línguas, entre elas o Alemão, e era um gosto vê-los a falar Alemão.
Continuei a falar com a Dr. Paula, e quando demos por ela os funcionários já tinham fechado as portas do Museu, tinham ido almoçar, e já estavam a regressar quando nos despedimos.
Ficou
combinado eu voltar ao Museu, para ver se encontro os tais arquivos do Acervo
Mineiro ou das Minas de Ardósia de Valongo.
Esta fotografia foi tirada na Sala de Estudos da Divisão de Elevadores da Efacec, na década de 1970, nesta altura eu já trabalhava nesta sala, era o mais novo da sala.
Na fotografia acima estamos a ter uma reunião, à volta do meu estirador, da
Molin, a começar pela esquerda, estou eu, depois encostado ao estirador do Sr. Jorge Machado, está o Eng. José António, depois está o
Fernando Duarte, depois o Francisco Parracho também de barba, depois está o
Eng. Filipe Mello, depois está o chefe da sala o Eng. Mário Ribeiro, e mais à
direita está o Eng Caldeira da Silva.
E agora daqui para a frente, vou contar como foram os meus primeiros anos, depois que fui transferido do sector de montagem de elevadores, que era na rua de Sá da Bandeira, no Porto, para a Sala de Estudos da Divisão de Elevadores na Arroteia.
Estiradores da Molin, iguais aos que existiam na sala de Estudos da Divisão de Elevadores da Efacec, ainda tenho guardadas duas réguas da Molin, com os 4 furos de fixação.
Eram estas as
máquinas dos Estiradores da Molin.
Ainda tenho como recordação estas duas réguas dos estiradores da Molin.
Quando fui trabalhar para a Sala de Estudos dos Elevadores, no final da década de 1970, todos os planos eram desenhados no estirador.
Primeiro os desenhos eram feitos em papel vegetal, para depois ser possível tirar cópias por um processo químico, na altura ainda não existiam fotocopiadoras.
Primeiro desenhava os planos a lápis em papel vegetal, no estirador, depois, todas linhas, cotas, simbologia, e as legendas, eram passados por cima com canetas de tinta nanquim.
Para isso utilizava canetas próprias da Molin, que existiam em todas as espessuras de 0,05 até 2,0
milimetros.
Neste tempo de que falo, ainda não existiam computadores, nem sequer tinha sido inventado o desenho assistido por computador, o Auto-Cad, nem o Ecad, ainda estávamos a muitos anos de distância.
Quando fui
transferido do sector do sector de montagem de elevadores, que era na Rua
de Sá da Bandeira, no Porto, para a sala de estudos da Divisão de Elevadores na
fábrica da Arroteia, a minha categoria profissional mudou, passei de Oficial para Técnico fabril.
Depois fui subindo de categoria, até que ao fim de alguns anos atingi em o topo da categoria, que era técnico fabril mais de 6 anos.
Quando atingi a categoria de técnico fabril mais de 6 anos, ou desenhador mais de 6 anos, como diz no Talão de Pagamento, as promoções deixavam de ser pelo número de anos, deixaram de ser automáticas, a parti daí só existia subida de categoria por mérito.
E por isso no ano de 1988, achei que já era altura de passar para a categoria seguinte, que era projectista.
Perguntei como é que se fazia o pedido para mudança de categoria, disseram-me que tinha que preencher um formulário de reclassificação.
Depois de bem informado, e aconselhado, preenchi então o dito pedido de reclassificação, mas disseram-me que a coisa não era fácil, porque tinha que ser avaliado.
E como me tinham dito, para a minha avaliação, reuni numa pasta algumas dezenas de planos diversos, tudo desenhado por mim, tinha desenhos de placas de circuitos impressos, ou como se diz agora "pcb's".
Tinha esquemas eléctricos
de várias instalações com Comandos QAS, Comandos QCN, Comandos QS, com Comandos QCP, etc....
Até reuni planos de armários, para capsular quadros, enfim juntei uma enorme quantidade de planos, fiquei com uma pasta cheia, tudo para mostrar quando fosse avaliado.
Mas quando mostrei a
pasta com aquela quantidade de documentos ao Eng. Mário Ribeiro, que era o meu
chefe directo, ele trouxe-me de volta à realidade.
Aqui estão alguns dos
muitos Circuitos Impressos, ou como se diz agora "pcb's", projectados e desenhados por mim.
O Eng. Mário Ribeiro que era o chefe da Sala de Estudos, e portanto o meu chefe directo, chamou-me à realidade, e disse-me:
......Que todos os planos que eu tinha reunido na pasta, efectivamente até tinham sido desenhados por mim, e até tinham a minha assinatura na legenda, mas que não eram projectos meus, eram projectos de outros, que tinham sido adaptados, e redesenhados por mim para outras instalações.
......E disse-me que para a minha avaliação, só poderia apresentar projectos mesmo meus, tudo o resto não iria contar, quando ele me disse aquilo fiquei um bocado apreensivo, por ter pedido para ser reclassificado.
Na década de 1970 e 1980,
para fazermos os circuitos impressos, utilizávamos decalcomanias, ainda tenho uma pasta cheia destas decalcomanias, ainda do tempo em que
trabalhava na Sala de Estudos.
O Eng. Mário Ribeiro que era o chefe da Sala de Estudos, chamou-me à realidade:
......Mas depois foi ele quem me auxiliou a fazer a escolha de projectos mesmo meus.
......Aí fiquei com uma pasta com documentação para a avaliação muito reduzida, mas eram tudo de coisas projectadas, e desenvolvidas por mim
......Tinha vários Circuitos Impressos, pcb's, tinha projectos da parte eléctrica de várias instalações, e tinha como projecto principal, digamos que com se costuma dizer era a cereja o Comando QCP Hidráulico.
......Este Comando QCP Hidráulico, contemplava todo o tipo de opções que os elevadores pudessem ter, este comando estava previsto para funcionar com elevadores de patim móvel na cabina, e com portas semí-automáticas no patamar.
......Este Comando QCP Hidráulico, também estava previsto para funcionar em elevadores com portas automáticas, na cabina e no patamar.
......Este Comando QCP Hidráulico, também estava previsto para funcionar tanto com centrais hidráulicas de arranque directo, como com arranque estrela-triângulo, e também podia funcionar com uma central hidráulica, ou com central dupla.
......Acho que este Comando QCP Hidráulico dos anos 80, cobria a grande maioria das opções que os elevadores pudessem ter.
......Ainda hoje tenho em meu poder uma pasta com todos esses planos do Comando QCP Hidraúlico, mas antes deste comando já tinha desenvolvido um outro Comando QAS Hidraúlico.
......Esse outro antigo Comando QAS Hidráulico, embora fosse todo com relés de 3 inversores, e contactores, tal como os QAS, mas eu já lhe tinha introduzido muitas modernices dos anos 80, actualmente ainda existem alguns destes primitivos Comandos QAS Hidráulicos em funcionamento, como na cantina da Efacec na Maia, ou no Lar das Fontainhas, etc.
......Na
pasta que fiz para a minha avaliação, também juntei todos esses planos
do Comando QAS Hidráulico, juntei também planos de várias outra coisas, mas mesmo assim estava um bocado apreensivo
com a avaliação.
Aqui estão alguns dos muitos planos que fazem parte do Comando QCP Hidráulico, que acho deve ter contribuído muito para a minha reclassificação como projectista.
......E finalmente chega o dia da minha avaliação, para possível reclassificação para projectista:
......Tenho que dizer estava muito nervoso com esta minha avaliação, e também já estava cheio de ouvir bocas de alguns colegas de um sector também dos elevadores, da sala ao lado, que por onde tinha que passar para entrar na Sala de Estudos onde trabalhava, sempre que passava ouvia alguém dizer, então também querias ser projectista, eu fazia de conta que não ouvia, mas aquilo já enjoava.
......Confesso que já estava arrependido de ter metido o documento para reclassificação, nunca imaginei que aquilo provocasse tanta inveja,
......Quem me veio fazer a avaliação foi um Eng. do "ID", sector Investigação e Desenvolvimento.
......Para além do Eng. do "ID", também estiveram presentes na avaliação, o meu chefe directo o Eng. Mário Ribeiro, e o Chefe da Divisão de Elevadores o Sr. Jorge Neves.
......A avaliação durou poucos minutos, o avaliador viu a documentação que eu apresentei, fez-me algumas perguntas rápidas, devia estar com pressa, levou com ele a pasta que eu tinha preparado com toda a documentação para analisar, e disse que depois daria a resposta ao pedido.
......E efectivamente passados poucos dias recebi a resposta, o pedido foi deferido, tenho pena mas já procurei, e não encontro o documento, do deferimento do meu pedido para ser reclassificado como projectista.
......Lembro-me perfeitamente do documento, é uma daquelas coisas que nunca mais se esquecem, o deferimento foi dado no mesmo documento que eu tinha preenchido a pedir a reclassificação.
......Era uma folha A4, que vinha dentro de um daqueles envelopes do correio interno da Efacec que circulavam entre as divisões, e era nesse documento que tinha a assinatura do Eng. do "ID" que me fez a avaliação, fico mesmo triste por não encontrar esse documento, e logo eu que guardo tudo.
......Quando
mais tarde frequentei o Curso de Electrónica Básica, e de Electrónica de
Potência, esse Eng. do "ID" que me fez a avaliação, dava uma das disciplina.
Ainda existem muitas dezenas destes Comandos QCP Hidráulico em funcionamento, por exemplo no pavilhão multiusos de Matosinhos ainda existem 4.
......Como se pode ver nos recibos de vencimento da Efacec que pus acima, fui reclassificado como projectista no mês de Abril de 1988, o meu vencimento mensal passou a ser de 72.630$00, mas mais do que o aumento de vencimento, a passagem a projectista encheu-me de orgulho.
......Mas continuo a dizer que esta minha reclassificação para projectista causou muita inveja, não dos meus colegas da sala de estudos, mas de muitos dos colegas de outras salas, que começavam a gozar comigo.
......Por exemplo ao atravessar a sala ao lado cheguei a ouvir várias vezes o comentário, isto agora qualquer merda passa a projectista, o que até me fazia vir as lágrimas aos olhos.
......Mas eu dizia cá para mim, que se alguém se sentisse mal com a categoria que tinha, e pretendesse ser reclassificado, só tinha que preencher o documento com o pedido de reclassificação, como eu tinha feito e esperar pela resposta.
......Fiquei
muito agradecido ao Eng. Mário Ribeiro, por
me ter auxiliado quando me chamou à razão, e e me disse que fazer um desenho, de um
projecto feito por outra pessoa, não nos torna projectistas.
Só para exemplificar o que o Eng. Mário Ribeiro me queria dizer, que fazer um desenho, de um projecto feito por outra pessoa, não nos torna projectistas:
......Vou tomar como exemplo esta placa de funcionamento de grupos de elevadores com energia de emergência, e sobre esta placa que conheço como as palmas das minhas mãos, posso dizer que tudo o que está com ela relacionado.
......Desde o desenho o circuito impresso, pcb, que foi todo feito por mim ainda com decalcomanias, depois também fui eu quem fiz todos os planos da implantação dos materiais, depois fui eu quem fez o esquema eléctrico, e o plano H, com a listagem de todos os materiais, tudo foi feito por mim.
......Depois ainda fui eu quem mandei fazer as placas de circuito impresso, fui eu quem montou todas as placas, e fiz o seu ensaio, e depois também fui eu quem fiz a posta em marcha de todas as instalações, onde essa placa foi utilizada.
......Mas o que posso dizer, é que apesar de ter sido eu que tenha feito tudo o que estava relacionado com esta placa de funcionamento de elevadores com energia de emergência, não a podia apresentar como um projecto meu, porque na realidade quem a tinha projectado em papel tinha sido o Francisco Parracho.
Continuei a trabalhar na Sala de Estudos da Divisão de Elevadores da Efacec, agora como projectista.
......E pouco tempo depois apareceu um programa de desenho de circuitos impressos, "pcb's", chamado "Smart Work Pcb", programa esse que já dava para desenhar os circuitos impressos num computador.
......Mais tarde apareceu o programa "ecad", e foi com ele que o Eng. Teixeira Dias e o Belmiro Madeira, fizeram os "pcb's" das placas para os Comandos "CPU" e para os Comandos "Multi-Mic".
Aqui estão alguns dos circuitos impressos "pcb's", onde já utilizei o programa de desenho assistido por computador, chamado "Smart Work Pcb".
......Mais tarde em Fevereiro de 1990, já o Eng. Andrade Ferreira tinha sucedido ao Sr. Jorge Neves, na direcção da Efacec Elevadores, quando fui novamente reclassificado.
......Desta vez a minha categoria profissional mudou de projectista, para Técnico Industrial, que era o topo da carreira que poderia alcançar, a partir daí teria que voltar para a escola e voltar a estudar, porque a seguir a Técnico Industrial começava a Engenharia.
......Nessa
altura como se vê no recibo que pus lá atrás, o meu vencimento passou a ser de 100.000$00, mas mais do que o aumento de vencimento a
categoria de Técnico Industrial, deu-me direito a um passe que me autorizava a
meter o carro no parque interior, que ficava atrás do edifício da Robótica.
E mesmo para terminar, posso dizer que em Valongo para além do Museu Municipal, e do Arquivo Histórico, também existe o Museu da Lousa, que fica na freguesia de Campo.
E como já disse, resolvi
fazer esta publicação, porque gostei muito desta coincidência que me aconteceu, em que fiquei
a conhecer a Drª Paula Machado, filha do Sr. Jorge
Machado, que
me fez recordar o tempo em que trabalhava na Sala de Estudos, da fábrica de
elevadores da Efacec, na Arroteia.