A Arca do tesouro.
Esta é a minha explicação de como é que apareceram 34 milhões de Euros na conta que um certo senhor tinha na Suíça, como é evidente esta história é fictícia, por isso não deve ser feita qualquer comparação com a realidade actual.
A minha história fictícia sobre os
34 milhões de Euros começa assim:
--O tal senhor foi presente ao Juiz
para interrogatório, e quando o juiz lhe pede para explicar como é que lhe
tinham aparecido aqueles 34 milhões de Euros na conta que tinha na Suíça, o
empresário começa a contar a história mais incrível que o Juiz jamais
tinha ouvido em toda a sua vida, e o empresário começou assim a história:
--Um dia à uns anos atrás, acordei
um bocado mal disposto, e como também sou filho de Deus, decidi não ir
trabalhar, a empresa que se lixe, não será por faltar um dia que
aquilo vai à falência.
--Vai daí e resolvi, hoje vou fazer
uma pescaria, peguei nas canas e nos carretos para pesca em alto mar, fui p’rá
marina, atestei o barco e lá fui de cabelos ao vento para alto mar, saí
para águas internacionais, para fora da zona exclusiva das 200 milhas.
--Parei o barco, lancei a âncora,
escolhi um carreto com linha d'aço de 3 milímetros, que ali às vezes andam
atuns dos grandes, meti o isco e lancei a linha ao mar, depois pousei a
cana no suporte do barco e sentei-me.
--Acendi um charuto e fiquei a olhar
p’rá linha e para aquele Mar imenso, que é das poucas coisas que me faz
relaxar.
--Ainda ia a meio do charuto quando
senti um esticão na linha, pus o dedo na linha e ela estava tensa, comecei a
enrolar o carreto e a cana começou a curvar.
--Pensei, devo ter apanhado um peixe
grande, continuei sempre a enrolar até que chega o anzol, e qual é o meu
espanto tinha apanhado uma corda velha, ainda estive para a cortar mas como ela
estava tensa, tirei-a do anzol e comecei a puxa-la à mão, mas ela fazia
muita força, devia estar presa a alguma coisa pesada.
--Peguei na corda, enrolei-a
no tambor do guincho eléctrico do
barco, e comecei a puxá-la com o guincho, aquilo
enrolou, enrolou, nunca mais acabava a corda.
--Quando a corda chegou ao fim qual
é o meu espanto, na ponta da corda estava muito bem amarrada uma grande Arca de Madeira, com aspecto de ser muito antiga.
--Com alguma dificuldade
consegui virar a roldana de içar para dentro, e pousei a Arca dentro
do barco.
--Desamarrei a corda que estava
amarrada à volta da Arca, e com um pé de cabra consegui abrir a Arca, e
fiquei espantado, a Arca estava cheia de Lingotes de Ouro, com
aspecto de serem muito antigos, deviam ter muitas centenas d'anos, devia ter
sido alguma Nau do tempo dos descobrimentos que a devia ter deixado cair.
--Sem saber muito bem o que fazer
dei a pescaria por terminada, arrumei as canas de pesca, fechei
a Arca liguei o motor do barco, e lá vim de volta para a marina.
--E coincidência, estava a acabar de amarrar o barco, quando olho para o lado e vejo um velho amigo meu, um empresário africano que já não via à alguns anos, que também estava a atracar o seu veleiro mesmo ao meu lado, começamos a conversar e como estava na hora de almoço, resolvemos almoçar por ali mesmo.
--Fomos a um restaurante da
marina, no meio da conversa acabo por saber que o meu amigo está agora a
trabalhar no ramo da ourivesaria, e como tenho plena confiança nele acabei por
lhe contar tudo o que me tinha acontecido na minha manhã de pescaria, e
claro que lhe contei da Arca cheia
de Lingotes de Ouro.
--Ele como se deve ter apercebido
que eu não sabia o
que fazer com a Arca nem com os Lingotes de Ouro, prontificou-se
a ajudar-me, disse que ia regressar a África ainda nessa tarde e que levava
a Arca, avaliava qual o preço dos lingotes, e pagava-me um preço justo
pelo meu achado.
--Eu concordei logo, fomos ao meu
barco, e com bastante esforço lá consegui-mos transportar a Arca para o
veleiro dele.
--Fizemos as despedidas e lá
fomos cada um à sua vida, passados uns dias o meu amigo liga-me e
diz-me quanto é que me pode pagar pelo meu achado, quando ele me disse
o valor eu até fiquei sem fala, o que me tinha rendido uma manhã de
pescaria, mas havia um problema o meu amigo não sabia como podia fazer-me
a transferência do dinheiro, pois transferir um valor tão alto para o
nosso Pais seria praticamente impossível.
--Então lembrei-me que tinha
uma pequena conta num banco Suíço, ele podia transferir o dinheiro para lá, e
assim aconteceu, dei-lhe o número da conta e ele lá fez a transferência.
--E pronto Sr. Juiz, foi assim que
me caíram aqueles 34 milhões na minha conta da Suíça.
--Epílogo da história, como acho que ninguém irá acreditar
numa história destas, que não lembra a ninguém, acho que aqueles 34 milhões vão
acabar por ser confiscados e doados a alguma instituição de caridade.
--Quanto ao empresário a quem
supostamente aconteceu esta história inacreditável, acho que no próximo dia 10
de Junho ainda vai acabar por ser condecorado, por ter feito uma doação de
tantos milhões a uma instituição de caridade.
--E pronto como em todas as histórias com final feliz, vamos todos continuar com a nossa vidinha, felizes até que a morte nos leve.
Fernando Almeida
Sem comentários:
Enviar um comentário