domingo, 21 de junho de 2015

  A Arca do tesouro.

 Esta é a minha explicação de como é que apareceram 34 milhões de Euros na conta que um certo senhor tinha na Suíça.
 Esta história é fictícia, por isso não deve ser feita qualquer comparação com a realidade actual.



 A minha história fictícia sobre os 34 milhões de Euros começa assim:

 O tal senhor foi presente ao Juiz para interrogatório, e quando o juiz lhe pede para explicar como é que lhe tinham aparecido aqueles 34 milhões de Euros na conta que tinha na Suíça, o empresário começa a contar a história mais incrível que o Juiz jamais tinha ouvido em toda a sua vida, e o empresário começou assim a história:

 ----Um dia à uns anos atrás, acordei um bocado mal disposto, e como também sou filho de Deus, decidi não ir trabalhar, a empresa que se lixe, não será por faltar um dia que aquilo vai à falência. 

 ----Vai daí e resolvi, hoje vou fazer uma pescaria, peguei nas canas e nos carretos para pesca em alto mar, fui p’rá marina, atestei o barco e lá fui de cabelos ao vento para alto mar, saí para águas internacionais, para fora da zona exclusiva das 200 milhas.




 ----Parei o barco, lancei a âncora, escolhi um carreto com linha d'aço de 3 milímetros, que ali às vezes andam atuns dos grandes, meti o isco e lancei a linha ao mar, depois pousei a cana no suporte do barco e sentei-me.

 ----Acendi um charuto e fiquei a olhar p’rá linha e para aquele Mar imenso, que é das poucas coisas que me faz relaxar. 

 ----Ainda ia a meio do charuto quando senti um esticão na linha, pus o dedo na linha e ela estava tensa, comecei a enrolar o carreto e a cana começou a curvar.

 ----Pensei, devo ter apanhado um peixe grande, continuei sempre a enrolar até que chega o anzol, e qual é o meu espanto tinha apanhado uma corda velha, ainda estive para a cortar mas como ela estava tensa, tirei-a do anzol e comecei a puxa-la à mão, mas ela fazia muita força, devia estar presa a alguma coisa pesada.












 ----Peguei na corda, enrolei-a no tambor do guincho eléctrico do barco e comecei a puxá-la com o guincho, aquilo enrolou, enrolou, nunca mais acabava a corda.

 ----Quando a corda chegou ao fim qual é o meu espanto, na ponta da corda estava muito bem amarrada uma grande Arca de Madeira, com aspecto de ser muito antiga.

 ----Com alguma dificuldade consegui virar a roldana de içar para dentro, e pousei a Arca dentro do barco.




 ----Desamarrei a corda que estava amarrada à volta da Arca, e com um pé de cabra consegui abrir a Arca, e fiquei espantado, a Arca estava cheia de Lingotes de Ouro, com aspecto de serem muito antigos, deviam ter muitas centenas d'anos, devia ter sido alguma Nau do tempo dos descobrimentos que a devia ter deixado cair. 

 ----Sem saber muito bem o que fazer dei a pescaria por terminada, arrumei as canas de pesca, fechei a Arca liguei o motor do barco, e lá vim de volta para a marina.

 ----E coincidência, estava a acabar de amarrar o barco, quando olho para o lado e vejo um velho amigo meu, um empresário africano que já não via à alguns anos, que também estava a atracar o seu veleiro mesmo ao meu lado, começamos a conversar e como estava na hora de almoço, resolvemos almoçar por ali mesmo.

 ---- Fomos a um restaurante da marina, no meio da conversa acabo por saber que o meu amigo está agora a trabalhar no ramo da ourivesaria, e como tenho plena confiança nele acabei por lhe contar tudo o que me tinha acontecido na minha manhã de pescaria, e claro que lhe contei da Arca cheia de Lingotes de Ouro.

 ----Ele como se deve ter apercebido que eu não sabia o que fazer com a Arca nem com os Lingotes de Ouro, prontificou-se a ajudar-me, disse que ia regressar a África ainda nessa tarde e que levava a Arca, avaliava qual o preço dos lingotes, e pagava-me um preço justo pelo meu achado.

 ----Eu concordei logo, fomos ao meu barco, e com bastante esforço lá consegui-mos transportar  a Arca para o veleiro dele.

 ----Fizemos as despedidas e lá fomos cada um à sua vida, passados uns dias o meu amigo liga-me e diz-me quanto é que me pode pagar pelo meu achado, quando ele me disse o valor eu até fiquei sem fala, o que me tinha rendido uma manhã de pescaria, mas havia um problema o meu amigo não sabia como podia fazer-me a transferência do dinheiro, pois transferir um valor tão alto para o nosso Pais seria praticamente impossível.

 ----Então eu lembrei-me que tinha uma pequena conta num banco na Suíça, ele podia transferir o dinheiro para lá, e assim foi, dei-lhe o número da conta e ele lá fez a transferência.

 ----E pronto Sr. Juiz, foi assim que me caíram aqueles 34 milhões na minha conta da Suíça.

 ----Epílogo da história, acho que com uma história destas que não lembra a ninguém, aqueles 34 milhões vão acabar por ser confiscados e doados a alguma instituição de caridade.

 ----Quanto ao empresário a quem aconteceu esta história inacreditável, acho que no dia 10 de Junho do próximo ano ainda vai acabar por ser condecorado, por ter feito uma doação de tantos milhões a uma instituição de caridade.

 ----E pronto como em todas as histórias com final feliz, vamos todos continuar com a nossa vidinha, felizes até que a morte nos leve.

Fernando Almeida

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