Quando um técnico de elevadores faz
um passeio de barco pelo rio pelo rio Douro, vai sempre com um olho no rio, mas vai com o outro fixo na margem, para ver os edifícios que fui conhecendo ao longo
dos anos por causa dos elevadores.
Nesta
publicação vou fazer um passeio de barco pelo Rio Douro, desde
a marina de Medas em Gondomar, até ao parque da cidade do Porto.
No dia da
viagem cheguei cedo à marina, atestei o caravelle e bora lá, comecei a fazer a
descida do Douro.
Passado algum tempo comecei a ver ao longe a barragem de Crestuma, que me trás muitas recordações por causa dos elevadores.
Já estive mais de uma dezenas de vezes nesta barragem de Crestuma, por causa dos Elevadores.
Conheço esta barragem desde o início da sua construção, ainda me lembro do primeiro desvio no rio, para dar inicio à sua construção.
De origem os
elevadores da barragem eram da Efacec, tinham comandos QCN.
Acompanhei esta
montagem, ainda me lembro dos display's de posição, que indicavam a cota do
piso relativamente ao nível do mar.
Alguns
anos mais tarde o elevador principal por onde descem os mergulhadores, e as
equipas quando algum dos grupos geradores entra em paragem para manutenção, foi
modernizado pela Schindler.
Também
acompanhei esta modernização, o técnico da obra foi o Filipe de Valongo.
Nessa altura foi montado um comando SX - VVVF da Schindler.
Mais
tarde os outros elevadores também foram modernizados, mas nessa
altura já foram montados comandos CPU da Efacec, o técnico
desta modernização foi o Zé Laranjeira.
Conheço
todas as barragens do Rio Douro, e mais algumas noutros rios nacionais, mas
esta é a única barragem que conheço que têm grupos geradores
horizontais.
Uma das
minhas idas à barragem coincidiu com a paragem de um dos grupos geradores para
manutenção periódica, pedi para visitar a câmara do grupo.
Quando
atravessei a enorme porta blindada que dá acesso à câmara do Gerador, fiquei de
boca aberta, nunca tinha visto uma coisa assim, senti-me como se estive-se
dentro de um enorme túmulo.
Túmulo esse que
estava selado por duas comportas gigantes, uma a montante do rio que estava a
suportar milhões de metros cúbicos de água, toda a bacia da barragem, e outra
enorme comporta que vedava o rio a jusante.
É este o desenho de cada uma das três câmaras, dos Grupos Geradores da barragem de Crestuma, esta barragem tem 3 grupos Geradores Horizontais.
Como
se vê no desenho acima, as câmaras dos grupos geradores de Crestuma
parecem túmulos gigantescos onde está encerrado um submarino, que é o grupo
gerador representado a vermelho, que quando as comportas estão abertas passa
toda a sua vida dentro de água.
Continuei a descer o rio, até que
entrei na eclusa
de navegação da barragem.
Esperámos um bocado, até que chegou
um barco de cruzeiro vindo da Régua, e só aí é que foram fechadas as
portas a montante do rio, depois a água começou a descer até atingir o nível do
rio a jusante, e finalmente as portas da frente da eclusa abriram e
lá fomos rio abaixo de cabelos ao vento.
O tabuleiro da barragem de Crestuma visto do lado de Gaia, este tabuleiro está destinado à circulação rodoviária.
A barragem de Crestuma, mas agora visto da estrada marginal do
lado de Gondomar.
Continuei
a descer o rio, e antes de chegar à Marina do Freixo passei pelo edifício da Concórdia, que me trás muitas recordações.
É este o edifício da
Concórdia, já
estive neste edifício dezenas de vezes, sempre por causa dos elevadores.
O edifício
da Concórdia tem
8 elevadores Schindler, modelo Eurolift.
O edifício da Concórdia tráz-me muitas recordações, lembro-me das dezenas de
vezes que subi pelas escadas acima, carregado com a mala da ferramenta numa
mão, e com o computador às costas, até lá acima ao terraço, onde ficam as casa
de máquinas dos elevadores.
Sempre que
passo por este edifício da Concórdia lembro-me do Zé Santos, e do irmão o Manel, que foram quem montou os elevadores.
Aqui
neste local na margem direita do rio, em frente ao edifício da Concórdia
começa um passadiço que gosto muito de percorrer.
O
passadiço junto ao edifício da Concórdia.
Logo a seguir ao edifício da Concórdia ficam as Moagens Harmonia, onde também já fui muitas vezes por causa dos elevadores que são da Efacec.
Continuei a descer o rio, e logo à frente das Moagens Harmonia passamos pelo Palácio do Freixo.
Antiga gravura do Palácio do Freixo e das Moagens Harmonia.
Também já estive várias vezes no Palácio do Freixo, por causa dos elevadores que são da Empresa Kone, modelo monospace, sem casa de máquinas.
O Palácio do
Freixo é agora
a Pousada do
Porto, e
pertence às Pousadas de Portugal.
Fizemos a primeira paragem aqui na Marina do Freixo, para tomar café.
Saímos da
Marina do Freixo, continuamos a descer o rio em direcção à foz, e logo à frente
passamos pela Ponte do Freixo.
A Ponte
do Freixo é a primeira das seis pontes, que fazem a ligação entre a cidade do Porto e Vila Nova de
Gaia.
A Ponte
do Freixo vista
da estrada marginal do Porto, no lado esquerdo vemos a Marina,
o Palácio do Freixo, e o Edifício da Concórdia.
Passando
a ponte do Freixo, e continuando a descer o rio, logo à frente passamos
pela Ponte de São João, que é a segunda das seis pontes que fazem
a ligação entre o Porto e Vila Nova de Gaia.
A Ponte de São João é uma ponte ferroviária, está destinada à passagem de Comboios na ligação Norte-Sul, é por onde passa o Comboio Alfa Pendular.
O tabuleiro da Ponte de São João visto do lado de Gaia, podemos ver a Igreja e o Colégio dos Salesianos, que eram o antigo Real Colégio dos Órfãos do Porto, criado no ano de 1651.
Poucas vezes passei por esta Ponte de São João, no tempo em que ia trabalhar para Lisboa, e foram muitas dezenas de vezes esta ponte ainda não existia, fui sempre pela velhinha Ponte de Dona Maria Pia.
Ainda a Ponte de São João, mas agora vista da estrada marginal do Porto, esta ponte foi projectada pelo Eng. Edgar Cardoso, já assisti a uma entrevista onde disse que a ideia do desenho dos pilares lhe surgiu depois de os ter esculpido numa cenoura.
Continuando a descer o rio no sentido da foz, e agora podemos três pontes seguidas, a Ponte de São João, a Ponte de Dona Maria Pia, e lá mais ao fundo a Ponte do Infante.
Depois de
passar a Ponte de São João aparece-nos a Ponte
de Dona Maria Pia, que é a terceira das seis pontes que fazem a
ligação entre a cidade do Porto e a cidade de Vila Nova de Gaia.
Antes de
existir a Ponte de São João era por esta Ponte de Dona Maria Pia, que
passava todo o trânsito ferroviário Norte-Sul, actualmente está
desactivada.
Passei dezenas de vezes de comboio por esta ponte, ficava sempre com algum receio ao fazer a travessia, a ponte era muito estreita, rangia muito, parecia que em todas as passagens do comboio se soltavam alguns cravos, o comboio passava tão devagar que dava para sair e acompanhá-lo a pé, a maioria das pessoas entrava e saía do comboio na estação de General Torres em Gaia.
Esta ponte está considerada como uma das grandes obras do Eng. Gustave Eiffel, foi inaugurada no dia 4 de Novembro de 1877 pelo Rei D. Luís I acompanhado pela Rainha Dona Maria Pia, e pelos príncipes Dom Carlos e Dom Afonso.
Na
inauguração desta Ponte de Dona Maria Pia estiveram presentes o próprio Eng.
Gustave Eiffel, e todos os Eng. Portugueses que estiveram envolvidos na
construção.
A ponte Maria Pia já concluída vista do lado de
Gaia, lá em cima vemos o Collégio dos Orphãos, que nesta altura estava em ruínas.
A Ponte Maria Pia vista das Fontainhas.
Um grupo de pessoas a apanhar o barco, para fazer a travessia da marginal de Gaia para o lado do Porto, ao fundo vemos a Ponte Maria Pia já concluída.
A ponte Maria Pia vista do lado de Gaia, e lá em cima vemos o Collégio dos Orphãos, que nesta altura estava em ruínas.
A ponte Maria Pia vista do lado de Gaia, e lá em cima vemos o Collégio dos Orphãos, que nesta altura estava em ruínas.
A ponte Maria Pia vista do lado de Gaia.
A Ponte
Maria Pia vista das
Fontainhas.
Um comboio a vapor a atravessar a Ponte Maria Pia no sentido do Porto para Gaia, lá em cima vemos a Igreja e o antigo Collégio dos Orphãos.
Bonita
fotografia onde vemos a Ponte Maria Pia, e o movimento de barcos que nesse tempo existia no Rio
Douro.
A Ponte Maria Pia vista do ramal da Alfândega, da zona das Fontainhas, vemos um comboio a Vapor a atravessar a ponte no sentido de Gaia para o Porto.
A ponte Maria
Pia vista das Fontainhas, vemos um
comboio a vapor a atravessar a ponte no sentido de Gaia para o Porto.
A Ponte Maria Pia vista de Gaia, lá em cima vemos a Igreja e o antigo Collégio dos Orphãos.
Um comboio a
sair do túnel que passa por baixo do antigo Real Collégio dos Orphãos do
Porto.
O tabuleiro da Ponte Maria Pia visto de Gaia, nesta altura o antigo Real Collégio dos Orphãos estava em ruínas, nem telhado tinha.
Um comboio a vapor
a atravessar a Ponte
Maria Pia, no sentido do
Porto para Gaia.
Comboio a vapor
a atravessar a ponte
Maria Pia no sentido de
Gaia para o Porto.
Comboio a vapor
a atravessar a ponte
Maria Pia no sentido de
Gaia para o Porto.
O comboio Foguete a atravessar a Ponte Maria Pia no sentido de Gaia para o Porto.
O comboio
Foguete a atravessar a ponte Maria Pia.
Outro comboio Foguete a atravessar a ponte Maria Pia.
O famoso Comboio Foguete.
Um comboio
puxado por duas máquinas eléctricas a atravessar a Ponte Maria Pia.
O antigo Collégio dos Orphãos criado no ano de 1651, foi restaurado, e agora é o Colégio dos Salesianos.
A Ponte Maria Pia e o Colégio dos Salesianos.
Olhando para o aspecto frágil da Ponte Maria Pia, e vendo a largura do tabuleiro, dá para entender por que é que muita gente preferia ir apanhar o comboio à estação de General Torres em Gaia, e não arriscava fazer a travessia por esta ponte.
A Ponte Maria Pia vista da marginal de Vila Nova de Gaia.
Continuei
a descer o rio, e passando a Ponte Maria Pia, logo à frente fica a Ponte
do Infante, que é a quarta das seis pontes, que fazem a
ligação entre a cidade do Porto, e a cidade de Gaia.
A Ponte do Infante é a mais recente das seis pontes, é uma ponte rodoviária, faz a ligação à cota mais alta entre a cidade do Porto, e a cidade de Gaia.
A Ponte do Infante.
A Ponte
do Infante vista do lado do Porto.
A Ponte do Infante.
Continuei
a descer o rio, e passando a ponte do Infante chegamos à Ponte
Luíz I, que é a quinta das seis pontes que fazem a
ligação entre a cidade do Porto, e a cidade de Gaia.
A Ponte
Luíz I tem
dois tabuleiros.
O
tabuleiro superior da Ponte Luís I visto
do lado de Gaia.
Actualmente
este tabuleiro superior está destinado à passagem do Metro do Porto, na ligação desde o Hospital de São João
até Santo Ovideo em Gaia, e à travessia de peões.
Quando
tenho que ir ao Corte Inglês de Gaia, vou sempre a pé, e faço sempre a
travessia por este tabuleiro superior da Ponte Luiz I.
Uma
composição do Metro do Porto, a atravessar o tabuleiro da ponte no sentido do
Porto para Gaia.
O
tabuleiro superior da Ponte Luíz I, foi inaugurado no dia 1 de Novembro de 1886, no
dia seguinte começou a ser cobrada portagem, nesta fotografia podemos ver as casas da portagem na entrada da
ponte.
O tabuleiro superior da Ponte Luiz I, visto do lado do Porto, vemos as casas da Portagem na entrada da ponte.
A portagem na
Ponte Luiz I custava 20 centavos.
O tabuleiro superior da Ponte Luís I, visto de Gaia para o Porto.
No
lado esquerdo em cima vemos os Edifícios da Sé, no tempo em que esta fotografia
foi tirada já circulavam na ponte os Carros Eléctricos, para
fazer a ligação entre a parte alta do Porto e a de Gaia.
O tabuleiro superior da Ponte Luís I, com vista de Gaia para o Porto, vemos os Edifícios da Sé, a Torre dos Clérigos e a zona da Ribeira.
O tabuleiro superior da Ponte Luís I, visto de Gaia, para o Porto, vemos os Edifícios da Sé, a Torre dos Clérigos, e não se o que terá acontecido, mas neste tempo toda a zona da Ribeira está em ruínas.
O tabuleiro superior da Ponte Luís I, visto do Porto para Gaia, no lado esquerdo vemos o Mosteiro da Serra do Pilar, e ainda conseguimos ver um bocado da Ribeira de Gaia.
O tabuleiro superior
da Ponte Luís I, no tempo da casa da portagem na entrada da ponte, vemos um
eléctrico a atravessar a ponte, vai no sentido do Porto para Santo Ovídeo em
Gaia.
Um Volkswagen Carocha a atravessar o tabuleiro superior
da Ponte Luís I, e vemos muita gente a atravessar a ponte nos dois sentidos.
Quando o tabuleiro superior
da Ponte Luís I foi inaugurado, ainda não estava concluída a Avenida da República em
Gaia.
Nesta
fotografia podemos ver com mais pormenor que quando o tabuleiro superior da Ponte Luís I foi
inaugurado, ainda não estava concluída a Avenida da República em Gaia.
Agora
vou mostrar o tabuleiro inferior da Ponte
Luís I.
O tabuleiro Inferior da Ponte Luís I, visto do lado de Gaia para o Porto, este tabuleiro está destinado à circulação rodoviária, entre a zona ribeirinha do Porto com a de Gaia, e à circulação de peões pelos passeios laterais.
A Ponte Luís I, num final de tarde com a iluminação
ligada.
A entrada no tabuleiro Inferior da Ponte Luís I, visto do lado do Porto, no lado direito vemos os pilares da antiga Ponte Pênsil, que foram deixados para recordação.
A entrada do tabuleiro inferior da Ponte Luís I, no lado direito vemos os pilares da antiga Ponte Pênsil.
O tabuleiro inferior da Ponte Luís I, e os pilares da antiga Ponte Pênsil.
Agora vou pôr algumas fotografias antigas do tabuleiro inferior da Ponte Luíz I, as fotografias são de várias origens que indico.
Nesta
fotografia tirada da margem de Gaia, vemos o arco e o tabuleiro superior da Ponte Luíz I ainda em construção,
nesta altura ainda não tinha sido iniciada a construção do tabuleiro inferior,
e vemos a ponte Pênsil ainda em utilização.
Outra
antiga fotografia onde vemos o arco e o tabuleiro superior da Ponte Luíz I ainda em construção,
nesta altura como podemos ver a ponte Pênsil ainda estava ao serviço.
Outra
antiga fotografia onde vemos o arco e o tabuleiro superior da Ponte Luíz I ainda em construção,
nesta altura como podemos ver a ponte Pênsil ainda estava ao serviço.
Fotografia
tirada na marginal de Gaia, onde vemos os dois tabuleiros da Ponte Luíz I já concluídos, e vemos
que a ponte Pênsil já tinha sido desmontada.
Nesta
fotografia tirada na Ribeira do Porto vemos os dois tabuleiros da Ponte Luíz I já concluídos, e vemos
que a ponte Pênsil já tinha sido desmontada.
Nesta
fotografia também tirada na Ribeira do Porto, vemos os dois
tabuleiros da Ponte Luíz I já concluídos, a Ponte Pênsil já tinha sido
desmontada, mas conforme podemos ver, neste tempo ainda existiam barcos a fazer
o transporte de pessoas entre as duas margens.
Como
era, e como está hoje a entrada do tabuleiro inferior da Ponte Luíz I, vista do lado do
Porto.
Nesta
fotografia tirada na entrada do tabuleiro inferior da Ponte Luíz I, no lado do
Porto, vemos a sair da ponte um carro de bois carregado com uma pipa de
vinho.
Fotografia
tirada na Ribeira do Porto, onde vemos a altura que água atingiu relativamente
ao tabuleiro inferior da Ponte Luíz I, nas cheias de 1909.
Nesta
fotografia vemos a altura que água atingiu na Ribeira do Porto nas cheias de
1909, vemos em cima do
tabuleiro superior da Ponte Luíz I, muita gente a ver as cheias.
Fotografia
tirada da marginal de Gaia, onde vemos a altura que água atingiu relativamente
ao tabuleiro inferior da Ponte Luíz I, nas
cheias de 1909.
Mas a ponte Luíz I, ainda coexistiu com a Ponte
Pênsil.
E no meu entender, a Ponte Pênsil nunca deveria ter
sido desmontada, se ainda existisse hoje, além de ser uma grande atracção
turística, seria de grande utilidade, pois o tabuleiro inferior da Ponte Luiz I
podia ser libertado do trânsito pedonal.
Como
podemos verificar nesta fotografia a ponte Luíz I, ainda coexistiu com a ponte
Pênsil.
No
lado esquerdo vemos o início da construção do arco de sustentação do tabuleiro superior da Ponte
Luíz I, a construção do
tabuleiro inferior ainda não tinha sido iniciada, no lado
direito vemos a Ponte Pênsil ainda em utilização.
A Ponte Pênsil - Dona Maria II ainda em utilização, podemos ver várias pessoas a fazer a travessia do tabuleiro.
Agora vou pôr algumas fotografias e gravuras da antiga Ponte Pênsil, as fotografias são de várias origens que indico.
Gravura da Ponte Pênsil, ponte que se manteve no activo durante 45 anos, entrou ao serviço no ano de 1842, e infelizmente foi desmontada no ano de 1887.
O Porto no tempo da Ponte Pênsil.
O Porto no tempo da Ponte Pênsil.
O Porto no tempo da Ponte Pênsil.
O Porto no tempo da Ponte Pênsil.
O Porto no tempo da Ponte Pênsil.
O Porto no tempo da Ponte Pênsil.
O Porto no tempo da Ponte Pênsil.
O Porto no tempo da Ponte Pênsil.
O Porto no tempo da Ponte Pênsil.
O Porto no tempo da Ponte Pênsil.
O Porto no tempo da Ponte Pênsil.
O Porto no tempo da Ponte Pênsil.
O Porto no tempo da Ponte Pênsil.
O Porto no tempo da Ponte Pênsil.
O Porto no tempo da Ponte Pênsil.
O Porto no tempo da Ponte Pênsil.
Depois da
desmontagem da Ponte Pênsil os pilares começaram a ficar degradados.
Mas
felizmente os pilares da antiga Ponte Pênsil foram
restaurados, e hoje são um ponto de atracção da cidade do Porto.
Mas muito
antes da Ponte Pênsil, também aqui na ribeira existiu uma outra ponte, era
a Ponte das
Barcas.
A Ponte das Barcas foi construída no início do Século XIX, e acabou por ficar celebre devido a uma grande tragédia.
A Ponte das Barcas era constituída por um estrado de
madeira que estava assente em cima de várias dezenas de barcaças, esta ponte
tinha um engenhoso sistema que permitia sua abertura, para dar passagem aos
barcos que subiam o rio.
A tragédia da Ponte das Barcas aconteceu no dia 29 de Março de 1809, durante a segunda Invasão Francesa, que foi comandada pelo General Soult.
A tragédia
da Ponte das Barcas onde
terão morrido mais de quatro mil pessoas afogadas, aconteceu quando a população
do Porto, em pânico, para fugir à fúria das tropas francesas, tentava
atravessar da marginal do Porto para Gaia pela ponte, esta não aguentou com
tamanho peso, e afundou no Rio Douro.
Na Ribeira do
Porto, mesmo em frente ao local onde existiu a Ponte das Barcas, foi erigido um monumento
evocativo à tragédia que aqui aconteceu.
O monumento evocativo à tragédia da Ponte das Barcas, na Ribeira do Porto.
A tela original da tragédia da Ponte das Barcas, encontra-se num altar na Igreja de São José das Taipas, no Jardim do Carregal.
É nesta Igreja
de São José das Taipas no Jardim do Carregal, que se encontra a
tela original evocativa da tragédia da Ponte das Barcas.
O cais da Ribeira, lá em cima vemos a Sé do Porto, e bem destacado a sair do interior dos prédios a estrutura do elevador da Lada, que tantas recordações me trás.
O Cais da Ribeira do Porto visto da marginal de Gaia, lá em cima vemos a Sé do Porto, e a estrutura do elevador da Lada.
A estrutura do elevador da Lada, vemos a Cabina do parada no piso superior, a casa de máquinas e o passadiço do piso superior.
Tenho um grande carinho por este Elevador, foi um projecto da autoria do Eng. Miguel Martins da Efacec.
Este projecto tem uma característica muito especial que nunca vi
em nenhum elevador, é que a cabina tem suspensão directa de 1/1, mas o
contrapeso tem suspensão diferencial de 2/1, as portas são a 180 graus, e o
contrapeso trabalha por baixo da porta do piso superior.
É este o projecto
do elevador panorâmico da Lada na
Ribeira do Porto, é
do ano de 1994.
De origem o elevador tinha uma máquina RXX de engrenagem, com senfim e roda de coroa, da Efacec.
De origem o elevador tinha um comando Multi-Mic, com um regulador de
velocidade Revac, tudo de fabricação Efacec, mas entretanto o comando já foi
substituído.
Eram
estes os esquemas eléctricos do primitivo comando Multi-Mic do elevador
panorâmico da Lada.
Digo que tenho muito carinho por este elevador porque acompanhei
a sua montagem até ao dia da sua inauguração.
Este elevador teve a honra de ser inaugurado pelo então Presidente da Republica, o Dr. Mário Soares, durante uma presidência aberta que fez ao Porto.
Ainda me lembro que no dia anterior à inauguração eu e o Zé
Crespo, ficamos a trabalhar pela noite dentro para que tudo estivesse pronto
para a inauguração, até andamos em cima dos telhados a limpar os vidros da
cabina do elevador que estavam muito sujos e embaciados, devido à proximidade
do Mar.
O Jornal o Comércio do Porto dedicou uma página inteira à presidência
aberta, onde o Dr. Mário Soares acompanhado do presidente da Câmara da
Porto, Dr. Fernando Gomes, inaugurou o elevador da Lada.
Eu tive a honra de acompanhar a inauguração, e até cumprimentei o
Dr. Mário Soares.
Mas
entretanto o
comando deste elevador da Lada foi envelhecendo, e começou a dar muitas
avarias, acabou por ser substituído por um novo comando CPU, com VVVF, também da
Efacec.
Também
acompanhei esta modernização, o técnico da obra foi o Abel de Guimarães.
Mais tarde também a máquina do elevador da Lada foi substituída, e foi montada uma nova máquina planetária de alta eficiência da Schindler.
Quem fez
a substituição desta máquina foi o Miguel Martins das Medas, e foi a
última vez que estive na casa de máquinas deste elevador da Lada.
A estrutura do elevador da Lada tem mais de 40 metros de altura.
Mas agora vou continuar com o meu passeio de barco, porque senão nunca mais chego ao Castelo do Queijo.
Ainda estou a passar na zona da Ribeira do Porto.
Lá em
cima vemos a Igreja e os edifícios da Sé do Porto, e bem destacado a
sair de dentro dos prédios coloridos da ribeira vemos a estrutura do
elevador panorâmico da Lada.
A Ribeira
do Porto à noite.
A seguir vou pôr algumas fotografias antigas da zona da Ribeira do Porto, vista do lado de Gaia.
A Ribeira do Porto, vista da marginal de Gaia.
Podemos ver a azáfama que existia nesta altura no Cais de Gaia, devido ao embarque e desembarque dos barris do Vinho do Porto, que eram trazidos das vinhas do Douro pelos barcos rabelo.
Neste
tempo ainda vinham até aqui enormes barcos à vela fazer cargas e descargas,
nesta fotografia vemos lá em cima a Igreja, e os edifícios envolventes
da Sé do Porto.
Na Praça da Ribeira, temos o Pestana Porto Hotel que também conheço por causa dos elevadores, do tempo em que era o André Vieira que fazia lá a manutenção.
A
parte central da Praça da Ribeira.
Agora vou pôr algumas fotografias antigas, do tempo em
que os carros de bois ainda vinham até aqui ao Cais da Ribeira, fazer
a carga e descarga das mercadorias, que até aqui eram trazidas de barco, para
abastecer a cidade do Porto.
A Praça
da Ribeira no tempo em que os carros de bois vinham até aqui fazer cargas e
descargas.
Actualmente a
Ribeira do Porto também é muito movimentada, mas agora os barcos que aqui param
são outros, são mais para recreio.
Agora
vou pôr algumas fotografias antigas, onde se vê como era a Ribeira do
Porto noutros tempos.
Como
era a Ribeira do Porto noutros tempos.
Gravura
onde vemos como era a Ribeira do Porto noutros tempos.
Outra gravura onde vemos como era a Ribeira do Porto noutros tempos.
Como eram os túneis da Ribeira do Porto noutros tempos.
Agora
vou deixar definitivamente a Ribeira, e vou continuar a minha viagem a descer o Rio Douro, a
caminho do Castelo do Queijo.
A Ribeira do Porto vista do rio.
Logo à frente da Praça da Ribeira aparece a Igreja de São Francisco, por trás da Igreja conseguimos ver a cúpula do Palácio da Bolsa.
A
Igreja de São Francisco com iluminação nocturna.
Gosto muito de visitar a Igreja de São Francisco, e de descer até às Catacumbas.
As catacumbas da Igreja de São Francisco.
As catacumbas
da Igreja de São Francisco.
Agora continuando
a descer pelo rio a caminho do Castelo do Queijo, logo à frente da Igreja de
São Francisco aparece o edifício da
Alfândega do Porto, que
conheço muito bem.
Sempre que vou ao edifício da Alfândega, recordo-me do tempo em que trabalhava como técnico de manutenção de elevadores da Efacec, na década de 1970, nessa altura ia muitas vezes ao edifício da Alfândega fazer manutenção, ou resolver avarias nos elevadores.
E tenho que confessar que na década de 1970, andar pelas caves, e pelos sótãos do edifício da Alfândega metia medo, só se ouviam ruídos fantasmagóricos, estava sempre à espera que me aparecesse algum fantasma.
Actualmente
até dá gosto visitar o edifício da Alfândega do Porto, já não
tem nada a ver com o tempo em que eu ia lá na década de 1970.
No edifício da
Alfândega do Porto ainda existem alguns guindastes, do tempo em
que os barcos vinham até aqui carregar e descarregar mercadorias, para serem
desalfandegadas, actualmente este edifício já não funciona como Alfândega.
A seguir vou
pôr algumas fotografias do tempo que este edifício ainda funcionava como a
Alfândega do Porto.
A alfândega
do Porto, no tempo em que os barcos ainda vinham até aqui.
Neste
tempo todos os produtos que chegavam e saíam do Porto por via Marítima, tinham
que passar por aqui, pela Alfândega para serem desalfandegados.
A alfândega do Porto, no tempo em que os barcos ainda vinham até aqui.
O edifício da Alfândega do
Porto, no tempo em que os
carros de bois ainda vinham até aqui, fazer cargas e descargas.
O edifício da Alfândega do
Porto, no tempo dos carros
de bois.
O edifício da Alfândega do
Porto, no tempo em que os
carros de bois ainda vinham até aqui, fazer cargas e descargas.
O edifício da Alfândega do Porto, no tempo em que os carros de bois ainda vinham até aqui, fazer cargas e descargas.
A Rua Nova da
Alfândega, e o edifício da
Alfândega no tempo dos carros de bois, no lado direito em cima vemos o Palácio
das Sereias.
A Rua Nova da Alfândega num dia de cheia.
As cheias de 1909, na Rua Nova da
Alfândega.
A seguir vou
por algumas fotografias
do início da construção do Edifício da Alfândega, e da Rua Nova da Alfândega.
Foram demolidos alguns edifícios em Miragaia,
para ser construido o Edifício da Alfândega.
O início da
construção do Edifício
da Alfândega.
O início da
construção do Edifício
da Alfândega, em cima no lado
direito vemos o Palácio das Sereias.
O Edifício da
Alfândega em
construção, e o começo da abertura da Rua Nova da Alfândega.
Pouco
tempo depois da inauguração do Edifício da Alfândega do Porto, foi inaugurado
um ramal
ferroviário que ligava a Alfândega à estação de Campanhã, parte
deste ramal é feito em túnel.
No local
onde existia o terminal do ramal ferroviário da Alfândega, foram
deixadas algumas recordações do tempo em que os comboios ainda vinham até
aqui.
O ramal
ferroviário da Alfândega, que ligava a estação de Campanhã à Alfândega, entrou
ao serviço em 1888 e foi encerrada em 1989, esteve ao serviço durante 101 anos,
ainda o conheci em funcionamento durante muitos anos.
A seguir
vou por algumas fotografias antigas, são do tempo em que os Comboios ainda
vinham até aqui, ao terminal ferroviário da Alfândega.
O terminal ferroviário da Alfândega, no tempo em que os comboios ainda vinham até aqui.
O terminal ferroviário da Alfândega, no tempo em que os comboios ainda vinham até aqui.
O terminal ferroviário da Alfândega, no tempo em que os comboios ainda vinham até aqui.
O terminal ferroviário da Alfândega, no tempo em que os comboios ainda vinham até aqui.
O terminal ferroviário da Alfândega, no tempo em que os comboios ainda vinham até aqui.
O terminal ferroviário da Alfândega, no tempo em que os comboios ainda vinham até aqui.
O terminal ferroviário da Alfândega, no tempo em que os comboios ainda vinham até aqui.
O terminal
ferroviário da Alfândega, no
tempo em que os comboios ainda vinham até aqui.
Como já disse, parte deste ramal da
Alfândega é subterrâneo, é feito através de um túnel, que sai daqui da
Alfândega atravessa a baixa do porto, e só volta a ver a luz do dia nas
Fontainhas.
O túnel por onde chegavam os comboios, vindos de Campanhã até aqui à Alfândega.
O túnel do
ramal ferroviário da Alfândega está
a ser requalificado, e dentro em breve vai ser inaugurado um caminho pedonal
desde aqui, até Campanhã.
No local do antigo
terminal ferroviário da Alfândega, existe agora um parque de estacionamento.
O parque de estacionamento da Alfândega.
O parque de estacionamento da Alfândega.
O passeio à beira rio, no parque de estacionamento da Alfândega.
Do antigo
terminal ferroviário da Alfândega, que agora é um parque de estacionamento
foram deixados alguns equipamentos para recordação.
Recordações do terminal ferroviário da Alfândega.
Recordações do terminal ferroviário da Alfândega.
Passando o
parque de estacionamento, chegamos ao edifício da Alfândega, lá
em cima vemos o
Palácio das Sereias que
aparece em muitas fotografias.
O Palácio
das Sereias.
No ano de
1995 decidiram fazer um Museu do Automóvel no Edifício da Alfandega, para o
efeito foram feitas muitas obras de adaptação no Edifício.

Antigo
carro da Presidência da Republica exposto no Museu do
Automóvel no Edifício da Alfandega.
Nas obras
de adaptação do edifício da Alfândega para albergar o museu do automóvel, foi
desmontado um dos antigos monta-cargas, e no seu lugar foi montado
pela Efacec, um elevador com capacidade para transportar automóveis.
Esse
enorme monta-automóveis para além de fazer o transporte de automóveis
entre os vários pisos do Edifício, também servia para levar qualquer outro tipo
de equipamentos, para as salas de exposições que existem no edifício.
Foi este o monta-automóveis montado pela Efacec
no edifício da Alfândega do Porto, quando da criação do Museu do
Automóvel.
Como
se vê, este novo monta-automóveis agora montado ficou muito bem enquadrado com
o estilo já existente no Edifício, que é maioritariamente em construção
metálica.
Os
pisos são suportados por enormes colunas em ferro fundido muitos bem
trabalhadas, no chão ainda podemos ver os carris e as plataformas giratórias,
por onde circulavam os wagons com
as mercadorias, os carris prolongavam-se até ao interior das cabinas dos
elevadores.
No
piso principal, ao fundo vemos as portas do monta-automóveis, no lado
esquerdo vemos as enormes portas metálicas que dão acesso às salas de
exposições do Edifício da Alfândega do
Porto.
Este
monta-automóveis tem 4 pisos, o poço do elevador é em caixa aberta, protegida
em alguns locais pelas antigas paredes de granito, e noutros por rede metálica.
É dos
poucos monta-automóveis que conheço em que a cabina tem 4 guias, a suspensão é
em diferencial de 2 para 1, a casa de máquinas é em cima.
Os pisos são suportados por estas enormes colunas em ferro fundido, muitos bem trabalhadas.
O monta-automóveis do Edifício da
Alfândega do Porto.
O monta-automóveis do Edifício da Alfândega do Porto, podemos ver as 4 guias de cabina, e a suspensão diferencial de 2 para 1.
O
último piso, e a casa de máquinas do monta-automóveis.
A máquina do monta-automóveis é da Efacec, tem duplo sistema de travagem, a potência do motor é de 16 kw, para além da roda de tracção vemos mais duas rodas de desvio, uma é para a Cabina e outra é para o contrapeso, porque a suspensão é diferencial de 2 para 1, o ângulo de aderência é de 270 graus.
Nesta fotografia vemos a cabina parada no piso superior, e podemos ver as 4 prumadas de cabos de suspensão, que vão para as rodas de desvio da cabina, e do contrapeso.
Este
monta-automóveis tem muitas características especiais, por exemplo faz
micro-nivelação à subida e à descida pelo conversor de frequência, por isso foi
decidido que tinha que levar um Comando Multi-Mic.
Sempre que vou ao Edifício da Alfândega olho para este monta-automóveis com muito carinho, por muitas razões, por ter sido montado por duas pessoas por quem tenho muita consideração, o Álvaro Coelho e o Jorge Coelho.
E também
porque fui eu quem fiz a preparação da parte eléctrica, e acompanhei a
montagem, e a posta em marcha.
É
este o Comando Multi-Mic, do monta-automóveis do edifício da
Alfândega do Porto.
Mas agora
continuando a minha viagem de barco pelo rio a caminho do Castelo do Queijo,
passando o Edifício da Alfândega, e antes da Ponte da Arrábida, ainda passamos
pelo Viaduto do Cais das Pedras.
E cá está o Viaduto do Cais das Pedras, lá ao fundo já se vê a Ponte da Arrábida.
Aqui estou eu no antigo Cais das Pedras.
Neste local foi necessário fazer um viaduto sobre o rio, porque como vemos a estrada fica tão estreita que não permite a circulação nos dois sentidos.
Aqui no antigo Cais das Pedras fica uma das Igrejas mais antigas do Porto.
Como era o Cais das Pedras noutros tempos.
O
Viaduto do Cais das Pedras visto do nível do rio.
E cá estamos nós na estrada marginal do Porto, junto à Ponte da Arrábida.
Mesmo
por baixo do arco da Ponte da Arrábida.
Mesmo por baixo do arco da Ponte da Arrábida.
O
arco da Ponte da Arrábida, com
iluminação ligada.
A Ponte da Arrábida foi projectada pelo Engenheiro Edgar Cardoso.
A Ponte da Arrábida tem 4 pilares, 2 estão assentes na estrada marginal do Porto, e outros 2 na estrada marginal de Gaia.
No interior de cada dos 4 pilares tem montado um elevador, esses elevadores serviam para passar da estrada marginal do Porto para a estrada marginal de Gaia, e vice versa.
Mas os elevadores também eram utilizados para subir da estrada marginal ao nível do rio, para a parte alta da cidade do Porto, para a zona do Campo Alegre, e para a parte alta de Gaia, para a zona da Arrábida.
As
cabinas dos elevadores tinham um tamanho suficiente para caberem veículos
motorizados.
Os pilares da Ponte da Arrábida na estrada marginal do Porto.
Os pilares da Ponte da Arrábida vistos da Via Panorâmica.
Mas
infelizmente os 4 elevadores que estão montados no interior de cada um dos
pilares da ponte, foram selados e emparedados à muitos anos, mas eu ainda sou
dos que tive a sorte de ter andado neles.
Frequentei
a Escola Industrial Infante D. Henrique entre 1968 e 1971, esta escola fica relativamente
próximo da Ponte da Arrábida, na Praça da Galiza, e quando não tínhamos aulas
vinha com alguns colegas descíamos a Rua Dom Pedro V, e íamos passear para
junto do Rio Douro.
E quando íamos embora, já não íamos pela Rua D. Pedro V, subíamos pelos elevadores da ponte até cá acima, até ao Campo Alegre, lembro-me que na altura os elevadores tinham ascensorista, e era preciso pagar, mas como éramos estudantes deixavam-nos subir sem pagar.
Se repararmos com atenção, ainda conseguimos distinguir as marcas onde estão montadas as portas dos elevadores, no interior de cada um dos 4 pilares da Ponte da Arrábida.
O tabuleiro da Ponte da Arrábida tem 3 faixas de rodagem em cada sentido com separador central, faz parte da VCI do Porto, na sua ligação Norte-Sul por Auto-Estrada.
Nesta fotografia do CPF, do ano de 1963, vemos o tabuleiro da Ponte da Arrábida, no tempo em que os elevadores ainda estavam a funcionar, podemos ver pessoas a
sair dos elevadores na parte superior da ponte.
E também vemos pessoas a atravessar as faixas de rodagem a pé, e nesta altura ainda não existia o separador central entre as faixas de rodagem.
Outra fotografia do tabuleiro da Ponte da Arrábida, também do tempo em que os elevadores ainda estavam a funcionar, vemos pessoas a circular nos passeios e na faixa de rodagem.
O tabuleiro
da Ponte da Arrábida, no
tempo em que os elevadores ainda estavam a funcionar, vemos pessoas a sair dos
elevadores.
Como não sabia quem tinha montado os elevadores nos pilares da Ponte da Arrábida, perguntei ao Eng. Vasconcelos da Efacec e ele enviou-me uma cópia da revista Ascensores com História, me esclareceu tudo sobre os elevadores da ponte.
Ascensores com História - Os Elevadores da Ponte da Arrábida.
Lendo esta publicação ficamos a saber tudo sobre os elevadores, vou fazer um pequeno resumo do que diz:
......O Eng. Vasconcelos começou a trabalhar na Divisão de Elevadores da Efacec no ano de 1961, e um dos seus primeiros trabalhos foi elaborar uma proposta para o fornecimento e montagem, destes 4 Elevadores para a ponte.
......Na proposta que fez, a Divisão de Elevadores da Efacec propôs montar 4 elevadores com velocidade de 2 metros por segundo, as cabinas teriam capacidade para transportar 25 pessoas, ou 2000 Kg de carga, os elevadores tinham um curso de cerca de 70 metros.
......O accionamento dos elevadores seria com Motores de corrente continua, sistema Ward-Leonard, mas como a Efacec nesse tempo ainda não dominava essa tecnologia.
......Por
isso os motores, os geradores, os reguladores de velocidade, e todos os periféricos seriam da Empresa Belga ACEC, o sistema de
controlo dos elevadores seria por amplificadores magnéticos.
......Nesta
altura esta Empresa Belga ACEC, era o accionista de referência da Efacec.
......Mas não ser a Efacec quem venceu o concurso.
......Quem acabou por ganhar este concurso para o fornecimento dos 4 Elevadores para a ponte foi a Comportel, (Companhia Portuguesa de Elevadores), alguns anos mais tarde em meados dos anos 90, esta Comportel foi integrada na Otis Elevadores.
Antes de chegar ao Farol da Foz, que já se vê lá ao fundo, onde finalmente o Rio Douro
desagua no Atlântico, passa-mos nesta bonita Zona do Passeio Alegre com as suas palmeiras.
Alguém deve ter libertado aqui na Zona do Passeio Alegre alguns papagaios, porque ao passar nas palmeiras já se vêem imensos, está a começar a parecer uma floresta tropical.
E chegamos ao Farol da Foz, onde finalmente o Rio Douro desagua no Oceano Atlântico.
A partir daqui do Farol da Foz, onde o Rio Douro depois de percorrer umas centenas de quilómetros desde a sua nascente em Espanha finalmente desagua, começa o Oceano Atlântico.
O Forte de São João da Foz do Douro fica mesmo ao lado do Farol.
A partir do Farol da Foz do Douro ainda dá para ver ao longe muitos edifícios onde já estive por causa dos elevadores, vejo muito ao longe o Edifício Altis Foz onde montamos 10 elevadores Schindler Eurolift, já estive neste edifício dezenas de vezes, tem 5 torres duas de 16 pisos, e três 10 pisos, subi muitas vezes a pé, já me deu muitas dores de cabeça.
Depois de passar a Avenida Montevideu, chegamos ao fim desta interminável viagem, chegamos ao Forte de São Francisco Xavier, que é mais conhecido como O Castelo do Queijo.
Em primeiro plano vemos o Forte de São Francisco Xavier, que é mais conhecido como O Castelo do Queijo, atrás do castelo temos a Rotunda Gonçalves Zarco, que também é mais conhecida como a Rotunda do Castelo do Queijo.
Por causa dos Elevadores já estive em todos os edifícios que se vêem por trás da rotunda, e também no parque de estacionamento da rotunda que tem um Elevador Schindler Smart.
No lado direito de quem começa a subir a Avenida da Boavista, o primeiro é o Edifício Esplanadas do Castelo, tem Elevadores Schindler SX, continuando a subir a Avenida, os edifícios a seguir já são mais modernos tem Elevadores Schindler 3300.
Como
era noutros tempos toda a zona envolvente da rotunda do Castelo do Queijo.
E
depois desta extenuante viagem, que começou na Marina de Medas, finalmente
cheguei ao Castelo do Queijo.
O
Forte de São Francisco Xavier ou Castelo do Queijo como é mais conhecido.
Daqui do
Castelo do queijo avisto o edifício
transparente, que conheço
muito bem por causa dos elevadores.
Sempre que
passo pelo edifício
transparente lembro-me dos elevadores Smart, que estão sempre com problemas por causa da
humidade que apanham devido à proximidade do mar, lá ao fundo ainda vemos
os prédios da cidade de Matosinhos e a rotunda da Anémona.
O parque da cidade do Porto tem uma área de 83 hectares, e tem mais de 10 km de caminhos.
Caminhos do parque cobertos com vinhas.
No Parque da Cidade do Porto.
E como costumo dizer prontus, finalmente acabei este passeio de barco simulado, que começou na Marina de Medas e acabou no Parque da Cidade do Porto, se por acaso alguém vier a ler este meu passeio peço desculpa pela sua extensão.
Fernando Almeida