Cada uma das duas Torres do Worl Trade Center estava equipada com 95 elevadores e 3 Monta-Cargas.
Como veremos mais à frente as Torres estavam divididas em três zonas, a Zona 1 - ia do piso 1 até ao piso 43, a Zona 2 - ia do piso 44 até ao piso 77, a Zona 3 - ia do piso 78 até ao piso 110.
Cada uma dessas três zonas, Z1; Z2 e Z3, funcionava como se fosse um edifício independente, as duas zonas superiores Z2 e Z3, estavam ligadas ao nível da rua por duas baterias de Elevadores, designadas por R1 e R2.
A
Bateria R1 era composta por 11 elevadores, com capacidade
para 60 pessoas, ou 4500 Kg, com a velocidade de 8 m/s.
A
Bateria R2 era composta por 12 elevadores, com capacidade
para 60 pessoas, ou 4500 Kg, com a velocidade de 8 m/s.
Sempre
que me lembro deste atentado, imagino que entre as milhares de
vitimas, muitas delas deviam estar encarceradas dentro das cabinas
dos 95 elevadores e 3 monta cargas, que existiam em cada uma das Torres, que tinham 110 pisos.
Muitas das pessoas que terão ficado encarceradas dentro das cabinas dos elevadores, nem se devem ter apercebido do que aconteceu.
O impacto dos aviões nas Torres deve ter provocado de imediato um corte geral de energia, que deve ter feito parar de imediato todos elevadores, é horrível pensar que as pessoas terão ficado a tocar no alarme, pois este é alimentado por baterias, e mantém-se sempre activo.
Imagino que as pessoas que terão ficado encarceradas no interior das cabinas, terão ficado a tocar no alarme, à espera de serem resgatados do interior das cabinas pelos Técnicos dos Elevadores.
Imagino
que devem ter sido chamados todos os técnicos da Empresa
de Manutenção dos Elevadores, imagino que muitos desses técnicos também devem ter
sido vitimas quando as torres colapsaram.
Só para termos a noção da altura das Torres, ponho esta foto tirada de cima para baixo, são mais de 400 metros.
Vou pôr a seguir as 4 páginas do folheto da Otis, onde está explicado como teria sido a implantação dos elevadores se tivesse sido adoptada uma concepção tradicional, e qual foi a concepção que acabou por ser adoptada.
Como veremos a seguir se tivesse sido adoptada a concepção tradicional, a área horizontal dos pisos ficaria práticamente toda ocupada pelos Elevadores, ficando somente um pequeno espaço junto às janelas, conforme se pode ver na página 2 do folheto.
Mas
conforme poderemos ver também na página 2 do folheto que ponho a seguir, foi adoptado
um projecto completamente inovador apresentado pela Otis, que como veremos ocupou muito menos área.
Nesta primeira página do folheto da Otis, podemos ver a maqueta das Torres Gémeas, e dos edifícios circundantes do World Trade Center.
Nesta segunda Página do folheto da Otis, podemos comparar o plano com a concepção tradicional, e o plano da Otis, que acabou por ser o adoptado.
Como podemos constactar se tivesse sido adoptada a concepção tradicional, a área horizontal livre nos pisos seria quase toda ocupada pelos elevadores.
Mas a solução apresentada pela Otis, que foi a adoptada porque libertou muito mais a área horizontal livre nos pisos.
Foi a
primeira vez na minha vida que vi esta solução aqui apresentada pela Otis,
considero-a uma Solução completamente inovadora, nunca a vi aplicada em
mais nenhum edifício, só lhe encontro um inconveniente que porei mais à frente.
Nesta terceira página do folheto vemos o plano proposto pela Otis para os elevadores, que acabou por ser adoptado.
Neste arrojado plano apresentado pela Otis, vemos que o edifício foi dividido em 3 Zonas.
A Zona 1 - que ia do piso 1 ao 43, era servida por 4 Baterias de Elevadores Sextuplex A1, B1, C1 e D1, eram portanto 24 elevadores, cada um com capacidade para 21 pessoas, ou 1600 kg, estes elevadores tinham velocidades que iam de 2,50 a 7,00 m/s.
A Zona 2 - que começava no piso 44 e ia até ao piso 77, tinha uma Bateria de Elevadores expressos designada por R1, com 11 Elevadores com capacidade para 60 pessoas, ou 4500 kg, com velocidade de 8,00 m/s, estes 11 Elevadores eram expressos, só funcionavam entre piso de entrada, e iam directamente até ao piso 44.
Depois no piso 44, as pessoas tinham que sair desses elevadores expressos, e apanhar os elevadores das Baterias Sextuplex, A2, B2, C2 e D2, portanto 24 elevadores que serviam todos os pisos do 44 até ao 77, estes 24 elevadores do 44 ao 77 tinham a capacidade para 21 pessoas, ou 1600 kg, e tinham velocidades variáveis que iam de 2,50 a 7,00 m/s.
A Zona 3 - que começava no piso 78 e ia até ao piso 110, tinha uma Bateria de Elevadores expresso designada por R2, com 12 Elevadores com capacidade para 60 pessoas, ou 4500 kg, com velocidade de 8 m/s, estes 12 Elevadores Expresso, só funcionavam entre piso de entrada, e iam directamente até ao piso 78.
Depois
no piso 78, as pessoas tinham que sair desses Elevadores
expressos, e apanhar os elevadores das Baterias Sextuplex, A3, B3, C3 e
D3, portanto 24 elevadores que serviam todos os pisos do 78 ao 110,
estes 24 elevadores do 78 ao 110 tinham a capacidade para 21
pessoas, ou 1600 kg, e tinham velocidades variáveis que iam de 2,50 a 7,00 m/s.
Nesta quarta página do folheto da Otis, podemos ver um gráfico comparativo das alturas de vários edifícios e monumentos de diversas partes do Mundo.
Quando analisei pormenorizadamente este plano apresentado pela Otis, que acabou por ser adoptado, achei-o muito inovador, nunca tinha visto nada do género, nem nunca mais vi esta solução aplicada noutro Edifício.
O número
de elevadores relativamente desta solução adoptada foi muito reduzido, e o tempo de viagem para chegar aos pisos também deve ter sido muito reduzido,
relativamente a uma solução tradicional, em que os elevadores iriam a parar piso
a piso.
Como neste folheto da Otis se utiliza o mesmo termo que em Portugal, a um grupo de elevadores a trabalhar em conjunto chamam Bateria de Elevadores, vou por aqui algumas fotografias de Lobby's com Baterias de Elevadores, esta foto não é das Torres Gémeas.
O único inconveniente que encontro nesta solução apresentada pela Otis para os elevadores das torres gémeas, que foi adoptada, é que todas as pessoas trabalhavam do piso 44 até ao 110, tinham que apanhar 2 elevadores, primeiro apanhavam um elevador expresso no piso principal, depois iam até ao piso 44 ou 78, conforme a zona para onde fossem, aí tinham que sair e depois apanhar um dos elevadores da zona respectiva para irem para o piso pretendido.
Outra fotografia de um Lobby com uma Bateria de Elevadores, esta foto também não é das torres gémeas.
Este
folheto da Otis, com o plano proposto para os elevadores das torres gémeas do World Trade Center, foi-me dado pelo Manuel Viana que
trabalhou comigo na Efacec Elevadores, e depois na Schindler,ele era Comercial, anteriormente ele tinha trabalhado na Otis, na
Região de Paris.
Em memória das vítimas deste trágico dia 11 de Setembro de 2001, todos os anos nesta data partilharei esta publicação.
Fernando Almeida