Histórias antigas de Vallongo.
Sempre me intrigou de onde é que
teria aparecido o apelido dos Paulinos, que é o apelido da minha família
materna à várias gerações.
Iria continuar para sempre sem saber
qual a origem do Paulino, se não me tivesse acontecido uma grande
coincidência.
Há uns dia atrás fui com o meu
colega Zé Henrique à secretaria da Igreja Matriz de Valongo.
Estava na secretaria da Igreja a
olhar para a estante onde estavam os livros dos baptizados, quando os meus
olhos pararam no livro compreendido entre os anos de 1880 e 1895.
Por curiosidade pedi para consultar
o livro para tentar encontrar o assento de baptismo do meu avô António Ferreira da Rocha, que nasceu no ano de 1885, e era conhecido
em Valongo como o António
Paulino.
Encontrei
logo o assento de baptismo do meu avô, mas o que para mim foi uma enorme
surpresa, foi ver que o
nome próprio do meu trisavô era Paulino, tal coisa nunca me teria passado
pela cabeça, e acho que nem mesmo a minha mãe o saberia.
Afinal sempre existiu um Paulino na
família!
Nesse
instante foi como se tivesse acendido uma luz na minha cabeça, a partir desse
momento entendi a razão sobre o porquê da minha família materna ter o apelido de os Paulinos.
Nesse
momento também entendi porque é que a minha mãe que tinha o nome de Teresa
Ferreira da Rocha, sempre foi conhecida como a Teresa Paulina, era por ser bisneta do Paulino.
Entendi
porque é que o meu avô que tinha o nome de António Ferreira da Rocha, era
conhecido como o António
Paulino, era por ser neto do Paulino.
Também
entendi por que é que a pedreira de Ardósias da Sociedade Louzífera do Outeiro, sempre foi conhecida, e ainda nos dias de
hoje o é, como a pedreira
do Paulino, porque
ela já vem desde o tempo do meu
trisavô Paulino.
Procurei no Arquivo Comercial do
Porto mas não encontrei o registo da formação desta Sociedade Louzífera do Outeiro, o único documento que encontrei foi
este averbamento do ano de 1949.
E foi esta Sociedade Louzífera do Outeiro que acabou por ficar conhecida como a pedreira do Paulino.
Antigo mapa da Região
Ardozífera de Valongo, onde podemos ver a Sociedade Louzífera do Outeiro, que ficou conhecida como a pedreira do Paulino.
A partir do momento em que descobri
que o nome próprio do meu trisavô era Paulino, fiquei curioso em saber como é
que o seu nome se manteve como apelido de família durante 5 gerações, quase 200
anos.
E nesse mesmo dia iniciei uma
pesquisa sobre os meus antepassados maternos, os Paulinos, e consegui chegar até aos meus hexa-avós,
a 7ª geração antes da minha.
Não consegui pesquisar nada anterior
a 1800 porque os registos estão elegíveis.
Gostei tanto desta pesquisa onde
consegui descobrir muitas dezenas de antepassados que nem sabia que tinham
existido, que agora à minha maneira vou escrever o que descobri sobre a origem da família dos Paulinos.
A minha pesquisa começou na 7ª geração antes de mim, nos meus hexa-avós, e termina na geração actual, que é a minha,
e a dos meus primos.
Mas esta minha pesquisa só se concentra na linha dos ascendentes e descendentes do Paulino, por isso peço desde já desculpa a mais de duas centenas de antepassados directos, que não vão constar desta publicação.
Como veremos os ascendentes do Paulino tinham o sobrenome Ferreira, e os descendentes começaram a ter o sobrenome de Ferreira da Rocha, sobrenome que se manteve até aos dias de hoje.
Por informações que retirei do
assento de nascimento do meu tetra-avô, que irei mencionar mais à frente, posso com
alguma certeza afirmar que por
volta do ano de 1760, nasceu
na freguesia de São Martinho do Campo, um menino a que foi dado o
nome de José
Ferreira, que viria a ser o meu hexa-avô materno.
Este jovem José Ferreira terá casado por volta de 1780, com
uma senhora também da freguesia de São Martinho do Campo, de nome Anna Moreira, que viria a ser a minha hexa-avó
materna.
Também por informações retirados do assento de nascimento do meu tetra-avô, posso dizer que por volta de 1780 os meus hexa-avós, José Ferreira e Anna Moreira, tiveram um filho a que deram o nome de João Ferreira, que viria a ser o meu penta-avô.
O meu penta-avô João
Ferreira casou por volta de 1800, com uma senhora de nome Ritta Antónia, também de São
Martinho do Campo, que viria a ser
a minha penta-avó materna.
Este é o assento de nascimento do
António, primeiro filho dos meus penta-avós João Ferreira com Ritta Antónia, ele nasceu no dia vinte e um de Maio de
mil, oito centos e dois.
Não fiz nenhuma pesquisa sobre
o António, que foi o primeiro filho dos meus
penta-avós maternos, porque não está na linha directa da minha descendência.
Este é o assento de nascimento
do meu tetra-avô João Ferreira, que
nasceu no dia 18 de Abril de 1810, no Lugar do
Outeiro, em São Martinho do Campo.
O meu tetra-avô João Ferreira casou por
volta de 1830 com
uma senhora de nome Maria
Pinto da Rocha, que viria a ser a minha tetra-avó materna.
Estes meus tetra-avós
maternos, João Ferreira e Maria Pinto da Rocha, tiveram um filho no dia 15 de Julho
de 1830, a que deram o nome de Paulino, que viria a ser o meu trisavô
materno.
Este é o assento de nascimento
do meu trisavô, o Paulino.
O meu trisavô Paulino Ferreira da Rocha, casou com uma senhora de nome Gertrudes Ferreira, que viria a ser a minha
trisavó.
Os meus trisavós Paulino e Gertrudes
casaram no dia dezoito de Agosto de mil oito centos e cinquenta e quatro, na Igreja Parochial de São Martinho
do Campo.
Este é o assento de
nascimento da minha trisavó Gertrudes
Ferreira, que nasceu no dia 29 de Junho
de 1834.
Este é o assento de nascimento da
Eufrázia, irmã mais
velha da minha trisavó Gertrudes.
Não fiz nenhuma pesquisa sobre a
Eufrázia, porque não está na linha directa da minha descendência.
Os meus tetra-avós João
Gonçalves de Brito e Maria Ferreira, pais
da minha trisavó Gertrudes, casaram no dia 19 de Maio de 1830 na
Igreja Parochial de São Martinho do Campo.
E foi por este assento de casamento
dos meus
tetra-avós, que terão nascido por volta de 1810, que fiquei a saber os nomes dos meus penta-avós, que terão nascido por volta
de 1790, e
dos meus hexa-avós
que terão nascido por volta de 1770.
Mas agora voltando de novo ao assunto
principal desta publicação, que é o Paulino e os seus descendentes.
Este é o assento de casamento dos
meus trisavós
Paulino Ferreira da Rocha com Gertrudes Ferreira, eles casaram no dia 4 de Agosto de 1854.
Os meus trisavós, tal como os
pais também devem ter ficado a habitar no Lugar do Outeiro, em São Martinho do
Campo, onde deviam ser proprietários de uma parcela de terreno.
E terá sido nessa parcela de terreno
no Outeiro, que o meu
trisavô Paulino terá
começado uma exploração de ardózia, que ficou registada com o nome de Sociedade Louzífera do Outeiro, mas que acabou por ficar conhecida
como a pedreira
do Paulino.
Esta pedreira do Paulino manteve-se nas mãos dos
descendentes do Paulino, até 1959.
Uma fotografia do ano de 1954
da pedreira
do Paulino no
Outeiro.
Nesta fotografia vemos um bloco de Ardózia a ser içado do fundo de um dos poços pela lança do guindaste,
esta pedreira tinha 5 poços, nesta altura, em 1954 a pedreira pertencia à tia Maria Paulina, irmã da minha mãe, e ao tio Manuel da Costa, que é o senhor que aparece na
fotografia com chapéu, colete e gravata.
Deduzo que no tempo do
meu trisavô Paulino, deviam trabalhar na pedreira dezenas de trabalhadores, porque
nesse tempo tudo era feito à força de braços.
O meu primo Tone Paulino, que
nasceu no ano de 1943, diz que na infância passava os dias na pedreira, e que
nesse tempo os blocos de ardózia ainda eram içados do fundo dos poços por uma nora, que era puxada por um jugo de bois.
A lança de uma antiga pedreira que foi preservada, e está agora em
exposição na rotunda do Continente.
Ainda fui com o meu primo ao
Outeiro, tentar falar com a senhora que trabalhava com a nora na pedreira do Paulino, mas infelizmente ela já tinha
falecido.
Era essa nora puxada por um jugo de bois, quem enrolava e desenrolava o cabo
da lança do guindaste, que içava os enormes blocos de ardózia do fundo dos
poços da pedreira.
E agora sou eu a deduzir, que,
quando nos cafés ou nas tabernas, que deviam existir na altura em São Martinho,
perguntavam aos trabalhadores da pedreira onde trabalhavam, eles deviam dizer
que trabalhavam na pedreira
do Paulino, e
a pedreira acabou por ficar assim conhecida.
Mais tarde os filhos do Paulino,
terão começado a ser conhecidos como os filhos do Paulino.
Depois os netos também terão começado a
ser conhecidos como os netos Paulinos.
Depois vieram os bisnetos do Paulino, que foi a geração da minha mãe e dos
meus tios, e aí é que mesmo todos eram conhecidos por Paulinos, por exemplo a minha mãe sempre foi
conhecida como a Teresa Paulina.
E assim, o nome do Paulino manteve-se como apelido de família desde
1830, até aos dias de hoje, 2022, já com os trinetos do Paulino.
Mas agora vou continuar com os
descendentes dos meus trisavós Paulino e Gertrudes.
Procurei página a página, nos
assentos de nascimento de São Martinho do Campo, desde o ano de 1846
até 1865, e encontrei 5
Filhos, destes
meus trisavós, o
João, a Anna, a Emília, o Manoel e a Margarida.
Este é o assento de nascimento do
João, que foi o primeiro
filho dos meus trisavós Paulino e Gertrudes, ele nasceu no dia 11 de Julho de
1855.
Não fiz nenhuma pesquisa sobre o João, porque não está na linha directa da minha
descendência.
Este é o assento de nascimento da
Anna, que foi a segunda
filha dos meus trisavós Paulino e Gertrudes, ela nasceu no dia 4 de Novembro de
1856.
Não fiz nenhuma pesquisa sobre a Anna, porque não está na linha directa da minha
descendência.
Este é o assento de nascimento da
Emília, que foi a terceira
filha dos meus trisavós Paulino e Gertrudes, ela nasceu no dia 24 de Maio de
1859.
Não fiz nenhuma pesquisa sobre a Emília, porque não está na linha directa da minha
descendência.
Este é o assento de nascimento do
Manuel, que foi
o quarto filho dos meus trisavós Paulino e Gertrudes, ele nasceu no dia 3
de Março de 1861.
E foi este Manoel nascido no ano de 1861, em São Martinho do
Campo, que anos mais tarde veio como jornaleiro, trabalhar para a Villa de São
Mamede de Vallongo, onde viria a casar no ano de 1884, com uma senhora de
nome Leocádia, e viriam a ser os meus bisavós.
Este é o assento de nascimento da
Margarida, que
foi a quinta e última filha dos meus trisavós Paulino e Gertrudes, ela nasceu
no dia 26 de Outubro de 1863.
Não fiz nenhuma pesquisa sobre
a Margarida, porque não está na linha directa da
minha descendência.
Como já referi atrás, o Manoel Ferreira da Rocha, foi o único filho do meu trisavó Paulino Ferreira da Rocha que migrou de São Martinho do
Campo, e veio trabalhar como jornaleiro para a Villa de São Mamede de Vallongo,
onde mais tarde veio a casar.
O Manoel Ferreira da Rocha casou no dia 24 de Maio de 1884, com uma senhora de nome Leocádia Marques de Carvalho, e viriam a ser os meus bisavós maternos.
A minha bisavó Leocádia Marques de Carvalho faleceu no dia 11 de Junho de
1933, no Lugar da Ilha, na casa dos meus avós, tinha a minha mãe 10
anos.
Hora como em 1933 já existiam
fotografias, pensava eu, que com alguma facilidade iria encontrar as
fotografias, e até mesmo as Sepulturas destes meus bisavós, Manuel Ferreira da Rocha e Leocádia Marques de Carvalho.
Mas enganei-me redondamente tentei
de todas as formas possíveis, mas não consegui encontrar nenhuma
fotografia destes meus bisavós Manoel
e Leocádia.
Também tentei encontrar as
sepulturas destes meus bisavós Manoel
e Leocádia, mas
também não tive sorte, porque também não encontrei nada, e infelizmente já não
anda por cá ninguém a quem perguntar.
Ainda andei com o meu amigo Zé
Henrique durante vários dias a tentar encontrar as sepulturas, procuramos
primeiro no cemitério de Valongo, e depois no de São Martinho de Campo.
Mas não encontramos nada, nem
fotografias, nem as sepulturas dos meus bisavós, e por incrível que
pareça, dos antigos jazigos em ardózia, actualmente já só existem 3 no
cemitério de Vallongo.
Mas agora voltando aos meus
bisavós Manoel
e Leocádia, que casaram na Igreja Parochial de
São Mamede de Vallongo no dia 24 de Maio de 1884.
O primeiro filho foi o Lino nasceu no ano de 1882, depois nasceu o António em
1885, depois a Theresa em 1887, depois a Anna em 1890, depois a Rozalina em 1892, depois
o João em 1894, e depois nasceu a ultima filha que foi a Maria da Conceição Paulina no ano de 1897.
Este é o assento de nascimento
do Lino, que
foi o primeiro filho dos meus bisavós Manoel e Leocádia, ele nasceu
no dia 23 de Julho de 1882, na Rua de Trás, em Vallongo.
Não fiz uma pesquisa muito
aprofundada sobre este meu tio-avô, Lino Marques de Carvalho, porque não está na linha directa da minha
descendência.
Não fiz uma pesquisa muito
aprofundada sobre este meu
tio-avô Lino, mas
posso dizer que ele casou
com uma senhora de nome Maria Barbosa Leal Dias (a tia Baltareja).
Também sei que não tiveram filhos, e sei
que foram proprietários de uma fábrica
de Lousas e Penas Escolares na
Rua Alves Saldanha, e que moravam numa casa de habitação que existia por
cima da fábrica, no primeiro andar.
Também sei que a tia Baltareja foi a madrinha de baptismo da minha
irmã, e que foi uma grande benfeitora da Igreja de Vallongo, a sua fotografia
ainda se encontra na sacristia da Igreja.
Também sei que anos mais tarde por
volta de 1951, a tia
Baltareja deixou
por herança a fábrica de Lousas Escolares, que era na Rua Alves Saldanha aos
meus pais, eu nasci nessa casa da tia Baltareja no ano de 1955.
Mas agora voltando novamente para
os filhos dos meus bisavós Manoel e Leocádia.
Este é o assento de
nascimento do António, que foi o segundo filho
dos meus bisavós Manoel e Leocádia.
E como direi mais à frente,
foi este António, segundo filho dos meus bisavós Manoel e
Leocádia, nascido no ano de 1885 que viria a ser o meu avô materno.
Este é o assento de nascimento da
Theresa, que
foi a terceira filha dos meus bisavós Manoel e Leocádia, ela nasceu no
dia 4 de Setembro de 1887.
Não fiz nenhuma pesquisa sobre a Theresa, porque não está na linha directa da minha
descendência.
Este é o assento de nascimento da Anna,
que da Anna, que
foi a quarta filha dos meus bisavós Manoel e Leocádia, ela nasceu no dia
20 de Março de 1890.
Não fiz mais nenhuma pesquisa
sobre a
Anna, porque
não está na linha directa da minha descendência.
Este é o assento de nascimento da
Rozalina, quinta
filha dos meus bisavós Manoel e Leocádia, ela nasceu no dia 4 de Agosto de
1892.
Não fiz nenhuma pesquisa sobre a Rozalina, porque não está na linha directa da minha
descendência.
Este é a assento de nascimento do João, sexto filho dos meus bisavós Manuel e Leocádia, ele nasceu no
dia 19 de Agosto de 1894.
O meu tio-avô João Ferreira da Rocha, nasceu no dia 1 de Agosto de 1894, e faleceu no dia 22 de Agosto
de 1944, tinha 50 anos.
Não uma pesquisa muito aprofundada
sobre este meu tio-avô João, porque ele não está na linha directa
da minha descendência.
Mas por esta factura que o meu primo
João me deu, posso dizer que este meu tio-avô João Ferreira da Rocha na década de 1930, foi proprietário
de uma fábrica de Lousas Escolares e de todos os outros derivados da Ardózia.
Este meu primo João que me deu esta factura, deve o seu
nome a este nosso tio-avô João
Ferreira da Rocha.
Este é o assento de nascimento da minha tia-avó Maria da
Conceição Paulina, sétima e ultima filha dos meus
bisavós Manoel e Leocádia, ela nasceu no dia 7 de Fevereiro de 1897.
Fotografia da minha
tia-avó Maria
da Conceição Paulina, que nasceu
no dia 7 de Fevereiro de 1897, e faleceu no dia 31 de Janeiro de 1941.
Esta minha tia-avó Maria da Conceição, teve um filho no dia 2 de Novembro
de 1920, a que deu o nome de Joaquim
Silva, o tio Silva.
O casamento dos meus avós António Ferreira da Rocha & Theresa Ferreira, aconteceu no dia 3 de Fevereiro de 1906.
Os meus avós António Ferreira da Rocha e Theresa Ferreira.
Este é assento de nascimento
da minha avó materna Theresa, ela nasceu no dia 13 de Fevereiro de 1881.
Este é o assento de casamento dos meus avós António e Theresa, que casaram no dia 3 de Fevereiro de
1906.
Como se pode ler no assento de
casamento acima, o meu avô António quando casou, no ano de 1906 tinha a profissão de Louseiro, portanto já era proprietário de uma fábrica de Lousas Escolares.
Mas depois, conforme se lê na
sequência dos assentos de nascimento dos filhos, a a profissão do meu avô deixa de ser louseiro, e passa a ser
industrial.
Não sei como, e agora já não tenho
ninguém a quem perguntar, mas foi
o meu avô quem herdou a pedreira do Paulino.
Portanto chego à conclusão de que a pedreira saltou uma geração, passou directamente do meu trisavô Paulino Ferreira da Rocha, para o meu avô António Ferreira da Rocha.
Tanto a fábrica de Lousas
Escolares, que ficava no Lugar da Ilha, como a pedreira do Paulino que
ficava no Lugar do Outeiro, em São Martinho do Campo, manteve-se
propriedade do meu avô até à sua morte.
Morte que veio a acontecer de
forma prematura em 1934, tinha ele 49 anos, devido a uma doença chamada silicose,
ou tuberculose pulmonar, que mais cedo ou mais tarde, acabava por vitimar toda
a gente que trabalhava nas pedreiras de ardózia.
Procurei nos
assentos de Valongo, e encontrei o acento de Óbito do meu avó, António Ferreira da Rocha.
Como se pode ler, o meu avô faleceu de tuberculose pulmonar no dia 16 de Julho de 1934.
Fotografia tirada após a morte do
meu avô no ano de 1934, onde aparecem vestidas de luto a começar da esquerda:
....A minha tia-avó Maria da Conceição
Paulina, irmã
mais nova do meu avô, nasceu no ano de 1897, tinha portanto 36 anos.
....Ao meio está a minha mãe, que nasceu no ano de 1923, tinha
portanto 10 anos.
....No lado direito está a tia Isabel, irmã mais velha da minha mãe, que
nasceu no ano de 1907, tinha portanto 26 anos.
Com a morte prematura do meu
avô no dia 16 de Julho de 1934, a
minha avó então com 53 anos, ficou com um enorme encargo às suas costas,
imagino a aflição com que deve ter ficado.
Tinha 8 filhos, a filha mais nova,
que era a minha mãe tinha 10 anos, e a mais velha que era a tia Isabel tinha
27.
Mas tia Isabel irmã mais velha da
minha mãe, na altura da morte do meu avô em 1934, já tinha uma filha a Maria Cândida, que nasceu em 1926, tinha portanto
nesta altura 8 anos.
Nesta antiga fotografia da década de
1940, estão a começar em cima no lado esquerdo:
......A tia Bina irmã do meu pai,
depois ao meio o tio António que mais tarde veio a casar com a tia Isabel,
depois à direita está a minha mãe.
......Em baixo também a começar pela
esquerda está o tio Domingos, ao
meio está a Maria Cândida, filha da tia Isabel, com quem o tio Domingos viria a
casar, e no lado direito está a Sr. Luísa da agrela.
Mas para além dos 8 filhos ainda
moravam em casa dos meus avós mais 4 familiares.
Que eram os 2 irmãos mais novos do meu
avô, o meu tio avó
João que
tinha 40 anos, e a minha tia avô Maria da Conceição Paulina de 37 anos, com o filho que
era o tio
Silva, que
na altura tinha 14 anos.
A tia Alice, que em 1934
quando da morte do meu avó tinha 25 anos, também morava na casa dos meus avós.
O tio Silva, que era filho da
minha tia-avó Maria da Conceição, e a tia Alice foram criados desde criança como se
fossem filhos dos meus avós, sempre foram tratados como irmãos pela minha mãe,
a minha mãe quando se referia a eles dizia, a nossa Alice, e o nosso Silva.
Segundo a minha mãe depois da morte do meu avô, a minha avó terá fechado a fábrica de Lousas Escolares que era no Lugar da Ilha,
e a pedreira que era no Lugar do Outeiro em São Martinho do Campo.
Nessa altura, a minha mãe, e todas
as irmãs, a tia Isabel, a tia Maria, a tia Margarida, a tia Virgínia e a tia
Luísa que até à morte do meu avô tinham trabalhado na fábrica de Lousas,
tiveram que meter pés ao caminho, e começaram a ir diariamente para o Porto, iam
vender o pão de Valongo, que nessa altura era muito famoso.
Quanto à pedreira do
Paulino depois
da morte do meu avô em 1934, manteve-se parada durante algum tempo, mas depois
de uma reunião de família bastante atribulada, acabou por ser comprada pela tia Maria, que estava casada com
o tio Manuel da Costa.
Nesta fotografia de 1954 vemos a pedreira do Paulino, no Lugar do Outeiro, em São Martinho do
Campo.
A pedreira voltou novamente a
trabalhar, mas agora sendo pertença da tia Maria Paulina e do tio Manuel da Costa, que é o senhor que está de chapéu e
gravata na fotografia, que dela viriam a tirar grandes proventos.
Quanto à fábrica de Lousas do meu avô, voltou a trabalhar algum
tempo depois da sua morte, pelas mãos de um filho, o tio António Paulino.
Quanto à minha mãe e à minha avó, elas continuaram a morar na casa que ficava anexa à fábrica no Lugar da Ilha, digo isto porque na certidão de nascimento da minha irmã, diz que ela nasceu no Lugar da Ilha, no ano de 1951.
A minha avó
Theresa Ferreira, faleceu com 75 anos, no dia 13 de Janeiro de 1957, na Rua Alves Saldanha, faleceu na casa dos meus pais, a
minha avó viveu sempre com a minha mãe.
Os meus avós António e Theresa, tiveram 8 filhos, o primeiro foi a tia Isabel, ela nasceu em
1907, e o último que foi a minha mãe nasceu em 1923.
O assento de nascimento da tia Isabel Ferreira da Rocha, primeira filha dos meus avós António & Theresa nasceu no
dia 25 de Março de 1907, era conhecida em Valongo como a Isabel Paulina.
A tia Isabel casou no dia 7 de Maio de 1940, com o
tio António
de Sousa Pinto.
A tia Isabel, foi a madrinha de baptismo da minha
mãe, ela teve uma única filha a Maria Cândida Ferreira.
A tia Isabel e o tio
António eram
proprietários de uma casa de 2 pisos na Rua de São Mamede, no piso térreo tinham
uma taberna, e moravam na habitação que ficava no piso superior.
Para não fugirem à tradição a tia Isabel e o tio António, sempre estiveram ligados à industria da
ardózia, também
foram proprietários de uma fábrica de Lousas e Penas Escolares, que ficava na rua da ponte da Presa,
actualmente os terrenos onde era essa fábrica ainda são pertença de uma neta da
tia Isabel.
Mas sobre a continuidade do
apelido do Paulino, posso
dizer que nem a filha, nem nenhum dos netos da tia Isabel nunca utilizaram
o apelido do nosso
antepassado Paulino.
O assento de nascimento do tio Arnaldo Ferreira da Rocha, segundo filho dos meus bisavós António
& Theresa, nasceu no dia 25 de Abril de 1909.
O tio Arnaldo tal como todos os
irmãos também trabalhou na fábrica de Lousas Escolares, que era no Lugar da
Ilha, e também deve ter trabalhado na pedreira que era no Lugar do Outeiro, em São Martinho do Campo.
Com muita pena minha não consegui arranjar nenhuma fotografia do tio Arnaldo.
O tio Arnaldo e a tia Isabel foram
os padrinhos de baptismo da minha mãe, não o conheci, ele faleceu muitos anos antes de
eu nascer, faleceu muito novo, com 17 anos, no dia 19 de Abril de 1926.
A minha mãe contava que o
tio Arnaldo era músico na Banda de Música de São Martinho do Campo, e que num determinado dia se encontrava acamado com gripe, mas que mesmo doente foi chamado pelo chefe da banda para ir tocar numa festa,
seria o único a tocar o seu instrumento e por esse motivo faria falta na banda.
E apesar de ser advertido pelos irmãos e pela mãe (minha avó) para não ir, nada o fez desistir da ideia, tendo ido tocar nessa noite, nos dias seguintes a gripe agravou-se e acabou por falecer com apenas 17 anos.
O tio Arnaldo não casou, nem teve descendência.
Este assento de nascimento da tia Maria é
muito mais completo do que todos os outros, porque no dia 18 de Fevereiro de 1911, tinha sido criado o Registo
Civil em Portugal, onde
todos os assentos de nascimento, de casamento e de óbito passaram a ser
feitos, alguns meses mais tarde também foi promulgada uma nova Constituição da República.
Como podemos ler no assento acima, os
padrinhos de baptismo da tia Maria foram o meu tio-avô Lino Marques de Carvalho, irmão mais velho do meu avô, e a sua
esposa Maria Barbosa
Leal Dias, a tia Baltareja.
A tia Maria Ferreira
da Rocha casou com o tio Manuel da Costa, na
conservatória do Registo Civil de Valongo, no dia 25 de Julho de 1929.
Ano de 1953,
fotografia tirada nas traseiras da casa nova da tia Maria, na Rua da
Passagem.
Nesta fotografia podemos ver a tia
Maria, o tio Neca, a Aninhas, a Lena, o Toninho, e a Rozinha.
Era esta a casa da tia Maria e o tio Neca, na Rua da Passagem.
Na minha opinião, a tia Maria e o tio Neca foram o casal mais importante da família dos Paulinos, para além de serem os mais ricos, também eram proprietários da casa que para mim era a melhor, e a mais bonita casa que na altura existia em Valongo.
A tia Maria e o tio Neca também tinham 2
lojas de confecções, uma era em Sobrado e outra em Valongo.
A loja de Valongo ainda existe actualmente,
pertence a um filho o António
Paulino, é a Criações Paulino, e fica na
Rua do Padrão.
A loja Criações Paulino na Rua do Padrão já existe há 64 anos.
Mas, o tio
Manuel da Costa quando em 1929, com 25 anos, casou com a tia Maria de
18, estaria longe de
imaginar em que é que se estava a meter.
É que nesse tempo entrar
para a família dos Paulinos, significava entrar
na Industria da Ardózia.
O tio Manuel da Costa nasceu no ano de 1904, na freguesia
de Baltar, Concelho de Paredes, e ainda novo veio para Valongo trabalhar como
alfaiate, mas depois que casou com a tia Maria em 1929, a sua vida deu uma
volta de 180 graus.
Primeiro para não fugirem à tradição dos
Paulinos, foram proprietários de uma fabrica de
Lousas e Penas Escolares, que
ficava nas traseiras da Estação de Comboios de Valongo, o edifício onde era a
fábrica ainda existe actualmente, mas já não é de ninguém da família.
Como já tinha dito lá atrás, depois da morte
do meu avô em 1934, foram estes meus tios quem ficaram com a pedreira do
Paulino, que era
no Lugar do Outeiro, em São Martinho do Campo.
Fotografia de 1953 - onde vemos a tia Maria Paulina e o tio Manuel da Costa, com os 6 Filhos.
O primeiro filho foi o Arnaldo, a tia Maria deve ter dado o nome de Arnaldo ao
primeiro filho em homenagem ao irmão Arnaldo, que tinha falecido 3 anos antes.
A segunda filha foi a Aninhas, que foi a minha
madrinha de baptismo, depois nasceram o António, a
Lena, o Neca, e a Rozinha.
Três filhos destes meus tios, trinetos do Paulino, foram sempre conhecidos em Valongo pelo nome
seguido pelo apelido, eram o Arnaldo
Paulino, o António Paulino e o Neca Paulino.
O assento de nascimento do tio António Ferreira da Rocha, que foi o quarto filho dos meus avós
António & Theresa, nasceu no dia 24 de Agosto de 1913, e era conhecido em
Valongo como o António Paulino.
O tio António Ferreira da
Rocha casou com a tia Maria Ferreira Melaia, na conservatória do Registo Civil de
Valongo, no dia 8 de Agosto de 1938.
Para não fugir à tradição dos
Paulinos, depois de casar o
tio António Paulino, foi
proprietário de uma fabrica
de Lousas e Penas Escolares, no
Lugar da Ilha, nessa altura ainda moravam na Rua da Passagem, na casa que
mais tarde em 1958, venderam aos meus pais.
Depois em 1957, o tio António Paulino comprou um talhão de terreno no Calvário, e
fez uma nova fabrica
de Lousas e Penas Escolares, com
casa de habitação por cima, tanto a fábrica como a casa ainda existem, mas já
não são de ninguém da família.
O tio António para além da fábrica de Lousas, também
foi proprietário de uma exploração de Ardózias, que ficava para os lados do
Alto Sobrido.
O tio António Paulino e a tia
Maria Melaia, tiveram 7 filhos, a
Isabel, a Luísa, a Rita, a Ana Maria, o mário, o António, e o Fernando.
Três dos filhos destes meus
tios, portanto
trinetos do Paulino, sempre foram conhecidos em Valongo pelo
nome próprio seguido pelo apelido, eram o Mário
Paulino, o António Paulino, e o Fernando Paulino.
O assento de nascimento da tia Margarida Ferreira da Rocha, que foi a quinta filha dos meus
avós António & Theresa, nasceu no dia 17 de Setembro de 1915.
A tia Margarida Ferreira da
Rocha casou com o tio António Moreira Dias, no dia 4 de Fevereiro de 1950, não
consegui a arranjar fotografia da tia Margarida.
A tia Margarida faleceu muito nova
em 1956, tinha 40 anos, teve
2 filhas, a Natália e a Alice.
Mas falando sobre a continuidade
do apelido do Paulino, posso
dizer que nenhuma das 2 filhas, nem nenhum dos netos da tia Margarida
utilizaram o apelido do Paulino.
O assento de nascimento da tia Virgínia Ferreira da Rocha, que foi a sexta filha dos meus avós António & Theresa,
nasceu no dia 5 de Setembro de 1918, que era conhecida em Valongo como a Virgínia Paulina.
A tia Virgínia Ferreira
da Rocha casou com o tio Joaquim Diogo Leite da Silva, (que era conhecido em Valongo
como o tio Vasco), na Conservatória do Registo Civil de Valongo no
dia 8 de Julho de 1945.
A tia Virgínia e o tio Vasco
também não fugiram à tradição dos Paulinos, também estiveram toda a vida ligados
à industria da Ardózia, foram proprietários de uma fabrica de Lousas e Penas
Escolares, que
era na Rua do Ilhar Mourisco, o edifício ainda existe mas já não pertence à
família.
Depois da morte do tio Vasco, 3 dos
filhos, o Lino, o Manel, e o Quim Fernando ainda continuaram com a fábrica a
laborar durante alguns anos.
A tia Virgínia Paulina e
o tio Vasco tiveram 7 filhos, o Bernardo, o Tone
Quim, o Marcelino, o Lino, a Agostinha, o Manel, e o Quim Fernando, mas posso dizer que nenhum dos 7
filhos, nem nenhum dos netos da tia Virgínia utilizaram o apelido
do Paulino.
O assento de nascimento da tia Maria Luísa Ferreira da
Rocha, que foi a sétima filha dos meus avós
António & Theresa, nasceu no dia 19 de Março de 1921, era conhecida em
Valongo como a Luísa Paulina.
A tia Maria Luísa
Ferreira da Rocha casou com o tio Abílio Pinto de Sousa, na Conservatória do Registo Civil de
Valongo no dia 23 de Junho de 1945.
A tia Luísa foi a única filha
que não seguiu a tradição dos Paulinos, tal como todos os irmãos também trabalhou
na fábrica de Lousas, e depois da morte do pai, (meu avô), em 1934,
tal como todas as irmãs também começou a ir vender o pão de Valongo para o
Porto.
Mas depois de casarem no ano de
1945, a
tia Luísa e o tio Abílio, enveredaram
por outra actividade comercial que não tinha nada a ver com a Ardózia.
A tia Luísa
Paulina e o tio Abílio tiveram 5 filhos, a Fernanda, o Neca, a Amélia, o Arnaldo e o
Abílio, mas posso dizer que nenhum dos 5
filhos, nem nenhum dos netos da tia Luísa utilizaram nunca o apelido do
Paulino.
O assento de nascimento
da minha mãe Teresa Ferreira da Rocha, que foi a oitava filha dos meus avós António & Theresa,
nasceu no dia 20 de Novembro de 1923, e era conhecida em Valongo como a Teresa Paulina.
O casamento dos meus pais, Teresa Ferreira da Rocha e Lino de Sousa Almeida, foi na Conservatória do Registo Civil de Valongo, no dia 17
de Setembro de 1949.
Fotografia dos meus pais, tirada no
ano de 1943 na Casa Salvador, que era na rua de Sta. Catarina no
Porto.
Os meus pais também não fugiram à tradição dos
Paulinos, também estiveram toda a vida ligados à
industria da Ardózia, a minha mãe trabalhou desde criança na
fábrica de Lousas Escolares do pai, (meu avô), que era no Lugar da Ilha.
Trabalhou na fábrica até ao
falecimento do meu avô em 1934, depois tal como as irmãs também andou a vender o pão de Valongo na
cidade do Porto, que
nessa altura era muito famoso.
O meu pai fez a escola
primária, e depois mal teve idade, foi trabalhar para a pedreira da
Companhia Nova, onde o pai (meu avô paterno), era encarregado.
Depois quando começou a II Guerra Mundial, e a Companhia Nova fechou, foi
trabalhar para as minas de Volfrâmio do Sr. Baltarejo, eram as minas da
Borralha, em Arouca.
Trabalhou nessas minas de Volfrâmio
até Julho de 1943, altura em foi chamado para a tropa, fez todo o tempo de
tropa no Quartel de Mafra, só passou à disponibilidade no dia 4 Agosto de 1945.
Quando voltou da tropa em
1945, foi
trabalhar para a fábrica de Lousas e Penas Escolares, da tia Baltareja, que era na Rua
Alves Saldanha.
Depois de casarem os meus pais
receberam por herança, essa fábrica de Lousas e Penas Escolares da tia
Baltareja, que era na Rua Alves Saldanha, tiveram essa fábrica de 1951 até
1957.
Eu nasci no ano de 1955, na casa que
havia por cima dessa fábrica de Lousas na Rua Alves Saldanha, e foi nessa casa
que faleceu a minha avó materna, Theresa Ferreira no ano de 1957.
Mas depois em 1957, o meu pai
montou uma fábrica nova de raiz, no Lugar
do Susão.
O telhado da nova fábrica do
meu pai no Susão.
Como se pode ler o meu pai, Lino de Sousa Almeida, conseguiu a
licença para explorar uma oficina de fabrico de
Lousas Escolares, no dia 12 de Março de 1957.
O meu pai teve a fábrica de Lousas
Escolares de 1957 até 1973, a declaração
para efeitos da liquidação da colecta tem a data de 18 de Julho de 1973.
Os meus pais tiveram 3 filhos, a 20
de Outubro de 1946, nasceu a
minha irmã mais velha a Maria da Conceição, que faleceu com 3 anos em 1949, e
infelizmente não temos nenhuma fotografia.
A minha mãe deve ter dado o nome de Maria da Conceição à
primeira filha, em
memória da tia
Maria da Conceição que
tinha falecido há pouco.
Depois em 16 de Fevereiro de 1951,
nasceu a minha irmã a Maria
Madalena, e
em 12 de Maio de 1955, nasci eu o Fernando, que sou conhecido por meia dúzia de
pessoas como Fernando Paulino.
E tenho que confessar que até não
achava grande piada a que me chamassem Paulino, porque não fazia a mais pequena
ideia de onde é que viria tal apelido.
Mas a partir de agora, depois de
saber que o nome próprio do meu trisavô era Paulino, digo que até me vou sentir
muito orgulhoso se alguém me chamar Fernando Paulino.
E posso dizer com toda a
certeza, de que o tempo em que os descendentes do Paulino, eram conhecidos como os Paulinos, vai terminar na minha geração.
Quanto à loja do meu primo António
Paulino, a
Criações Paulino na Rua do Padrão, mais dia, menos dia vai
acabar por fechar.
Mas acho que vai ficar a
funcionar a
loja 2 da Criações Paulino, que
é no Centro Comercial Vallis Longus, e espero que esta loja se
mantenha por muitos anos, para
manter o nome do nosso antepassado o Paulino.
E termino esta extensa publicação
que muito prazer me deu a fazer, pedindo desculpa a muitas dezenas de
antepassados de quem encontrei os assentos de nascimento, de casamento, e de
óbito, que nem sequer são mensionados nesta publicação.
Só para dar uma ideia da quantidade
de antepassados que tiveram culpa por eu andar aqui, posso dizer que de mim até
aos meus hexa-avós existiram 254 antepassados directos, os meus pais, depois 4 avós, 8
bisavós, 16 trisavós, 32 tetra-avós, 64 penta-avós, e 128 hexa-avós.
Se algum dos meus primos descendentes do Paulino, vier a ler esta publicação e tiver
fotografias de alguma das pessoas aqui citadas, se mas fizer chegar eu terei
todo o gosto em as meter nesta publicação.
Eu sou o Fernando da Rocha Almeida, mas como já disse a partir de agora
ficarei muito orgulhoso se alguém me chamar,
Fernando Paulino.