Ano de 2020, por terras de
Trás-os-Montes e Alto Douro, uma visita a Torre de Moncorvo.
Torre de Moncorvo, a que muitas vezes chamamos
simplesmente Moncorvo fica no Distrito de Bragança, na Província de
Trás-os-Montes e Alto Douro.
No
site da Câmara da Municipal de Torre de Moncorvo está
publicada a lenda sobre a origem do nome desta Vila Transmontana, que
no ano de 1062 esteve para ser chamada de Terra da Joana.
--A
lenda sobre a origem do nome de Torre de Moncorvo diz
o seguinte:
"Numa
altaneira torre da Vilariça, já em terras do actual concelho de Torre de
Moncorvo, vivia um jovem fidalgo chamado Mem Corvo.
Era
o ano de 1062 e Fernando I, o Magno, rei de Leão, atacava os Mouros na
Estremadura. A chamada reconquista Cristã começava a dar um novo desenho às
nações peninsulares e tardaria meio século até à formação de Portugal como
Estado independente.
Assim,
à torre maior da Vilariça chegou afogueada uma jovem moura pedindo protecção a
Mem Corvo. Este recebeu-a e ficou a saber que Pêro Antunes, um castelão das
vizinhanças, a perseguia tenazmente. Acabou por dar protecção à bela Zaida,
porém com a condição de ela se cristianizar e baptizar-se com o nome de Joana.
Comprometia-se
o fidalgo a catequizá-la. Obviamente que tamanha aproximação entre os jovens
suscitou uma paixão mútua, e, baptizando-se Zaida em Joana, eles combinaram o
casamento.
Porém,
nas vésperas da boda, uma doença grave atacou a noiva, a doença dos linhos, que
grassava em parte da população.
O
médico alvitrou que Joana se salvaria, no entanto, uma conversa entre os noivos
abalou as convicções de Joana.
Quis
ela saber porque Mem Corvo insistia no nome que lhe pusera, tendo ele
confessado que amara uma sua prima assim chamada, só que a morte a levara ainda
com 13 anos de idade.
Tentou
ele ainda afastar este temor da cabeça da noiva, mas ela deu em cismar que não
passava da memória de um antigo amor de Mem Corvo.
Este
disse-lhe que para lhe melhorar os ares, mandara erguer uma torre para moradia
de ambos nuns terrenos não habitados retirados dali e que com eles iriam várias
famílias.
Chamaria
a esse sítio Terra de Joana.
Porém,
Joana estava demasiado cismática, pelo que, agravando-se o seu estado de saúde
acabou por morrer.
É assim que nasce Torre de Moncorvo, esta
Vila Transmontana, tal como hoje a temos.
E
pensar que esteve a ponto de se chamar Terra de
Joana..."
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A
Nossa visita a Torre de Moncorvo foi no mês de Outubro de 2020.
Para chegar a Torre de Moncorvo passamos primeiro por Macedo de
Cavaleiros onde fizemos a nossa primeira paragem, depois no final do dia
ficamos alojados num hotel que fica mesmo no topo da Serra de Bornes, no
caminho que leva até Alfandega da Fé.
Logo que
surgiram os primeiros raios de sol partimos rumo a Torre de Moncorvo.
E lá vamos nós
a caminho de Torre de Moncorvo.
Andamos
alguns quilómetros até que chegamos à saída para Torre de Moncorvo.
Chegamos
cedo a Torre de Moncorvo, andamos toda a manhã a passear e aproveitei para
tirar algumas fotografias.
Torre de
Moncorvo tem uma Praça central onde se
situa o edifício dos Paços do Concelho, o edifício do Tribunal, e mesmo no
centro da praça tem este imponente fontanário.
Torre de Moncorvo.
Torre de Moncorvo.
Lá em cima,
subindo aquelas escadas por trás do fontanário fica o edifício dos Paços do
Concelho.
Subimos para o
patamar superior desta praça onde fica o Edifício dos Paços do Concelho e daqui
já conseguimos ver a imponente torre da Igreja, e como podemos ver Torre
de Moncorvo está rodeada de Montanhas.
Torre de Moncorvo.
Torre de
Moncorvo está rodeada de Montanhas.
Torre de Moncorvo.
Agora estou
sentado mesmo na frente do edifício dos Paços do Concelho de Torre de Moncorvo.
Na frente
do edifício dos Paços do Concelho de Torre de Moncorvo.
Agora
vamos dar uma volta pelas ruas de Torre de Moncorvo.
A passear pelas ruas de Torre de Moncorvo.
A passear pelas ruas de Torre de Moncorvo.
A passear pelas ruas de Torre de Moncorvo.
A passear pelas ruas de Torre de Moncorvo.
A passear pelas ruas de Torre de Moncorvo.
A passear pelas ruas de Torre de Moncorvo.
A passear pelas ruas de Torre de Moncorvo.
Torre de
Moncorvo tem umas placas indicativas muito originais, agora vamos para a
direita e vamos à Igreja da Misericórdia.
Na frente da Igreja
da Misericórdia.
Fomos almoçar a
este Snak-Bar "O Búzio", porque o nosso carro estava estacionado
mesmo ao lado.
E para não
variar como estávamos em Trás os Montes, o almoço foi uma alheira de Mirandela,
mas servida de uma forma "gourmet".
Da parte de
tarde ainda andamos a dar mais umas voltas, depois paramos neste jardim para
descansar um bocado.
A descansar num
jardim em Torre de Moncorvo.
A descansar num jardim em Torre de Moncorvo.
Saímos
deste jardim e fomos visitar a Igreja Matriz de Torre de Moncorvo.
Torre de
Moncorvo tem uma enorme e lindíssima Igreja, é das maiores senão mesmo a maior de Trás os
Montes.
A torre da Igreja Matriz de Torre de
Moncorvo tem mais de 30 metros de altura.
Agora estamos
na rua mesmo em
frente à Igreja Matriz de Torre de Moncorvo, a igreja é tão bonita que até é uma pena não estar num lugar mais
desafogado, porque assim não nos apercebemos bem da sua grandeza.
Na frente da
Igreja Matriz de Torre de Moncorvo.
Deduzo que esta
bonita casa que fica mesmo ao lado da Igreja devia ser a residência paroquial.
Na frente desta
bonita casa que deduzo devia ser a residência paroquial.
A Igreja Matriz de Torre de Moncorvo.
Na frente da Igreja Matriz de Torre de Moncorvo.
Na frente da Igreja Matriz de Torre de Moncorvo.
Na frente da Igreja Matriz de Torre de Moncorvo.
A porta de
entrada da Igreja.
Por cima da
porta de entrada da Igreja existem 3 nichos com estátuas religiosas, tudo
esculpido em granito.
A frontaria da
Igreja Matriz de Torre de Moncorvo é toda em cantaria, com estas colunas e
estes nichos com estátuas de Arte Sacra esculpidas também em granito, fizeram-me
lembrar uma igreja da antiga cidade de Petra na Jordânia.
A frontaria da
Igreja Matriz de Torre de Moncorvo, e a igreja da cidade de Petra na
Jordânia.
A Igreja Matriz de Torre de Moncorvo.
Na entrada da
Igreja existe esta placa em ferro onde está escrita toda a história desta
Igreja, cuja construção começou no Século XVI e se prolongou até meados do
Século XVII, esta Igreja foi classificada como Monumento Nacional no ano de
1910.
Na Igreja Matriz de Torre de Moncorvo.
Na Igreja Matriz de Torre de Moncorvo.
Na Igreja Matriz de Torre de Moncorvo.
Na parede do
lado esquerdo do Hall de entrada tem gravado uma promessa feita a 30 de
Maio de 1622, onde alguém ficaria com a obrigação de rezar 30 Missas nesta
Igreja.
A promessa feita a 30 de Maio de 1622.
Quando
entramos na Igreja é que ficamos sem fôlego, porque ela é lindíssima.
As abobadas da Igreja
estão apoiadas nestas enormes colunas em granito.
As enormes
colunas em granito que suportam as abobadas da Igreja.
As enormes colunas em granito que suportam as abobadas da Igreja.
O órgão da
Igreja fica por cima do hall de entrada.
As abobadas.
As colunas são
mesmo enormes, as bases têm mais de 1 metro de diâmetro.
O altar
principal da Igreja.
A abóbada do
altar principal da Igreja.
A pintura dos
painéis laterais do altar principal estão um bocado estragados, no painel do
lado esquerdo ainda se percebe que a pintura representa a ultima ceia, mas na
do lado direito já não se vê nada, está mesmo tudo apagado.
Nas laterais do
altar principal cadeiras onde antigamente se deviam sentar os nobres de Torre
de Moncorvo, quando iam assisti à Missa.
Saímos da
Igreja e antes de irmos embora ainda paramos neste miradouro, e como vemos
Torre de Moncorvo está rodeado por Montanhas.
Num miradouro
em Torre de Moncorvo.
Num miradouro
em Torre de Moncorvo.
Num miradouro
em Torre de Moncorvo.
Num miradouro
em Torre de Moncorvo.
Num miradouro
em Torre de Moncorvo.
E terminamos a nossa visita a Torre de
Moncorvo, mas o nosso passeio por terras de
Trás-os-Montes e Alto-Douro ainda não vai terminar por aqui.
Amanhã é um novo dia e ainda temos muito caminho para
percorrer, ainda vamos até Vila Nova de Foz Côa, vamos visitar o Museu do Côa, e pelo caminho vamos passar na Estação de Caminhos de Ferro do Pocinho, pela Praia do Azivo, e vamos sempre pelas
margens do Rio Douro, para apreciar as bonitas paisagens que o Rio nos
proporciona.
Em Vila
Nova de Foz Côa vamos visitar o Museu do Côa.
E
como costumo dizer prontus terminei esta publicação sobre a nossa
visita a Torre de Moncorvo, se alguém a vier a ler espero que tenha
ficado com vontade de fazer um passeio por estas bonitas terras de Trás os
Montes e Alto Douro.
Fernando
Almeida